Pastoral


“Nossa atitude para com nossso Pai Celestial”, Mt 7:7-11


Nesta passagem queridos, Jesus ativamente nos incentiva a orar, dando-nos algumas grandes promessas de sua graça cuja principal é a convicção plena de que seremos ouvidos.
Jesus procura imprimir suas promessas em nossa mente e memória através dos golpes do martelo da repetição. (1) Suas promessas vêm ligadas a ordens diretas: Pedi, buscai, batei, (v. 7). Talvez tenham sido deliberadamente colocadas em escala ascendente de insistência. Richard Glover sugere que uma criança, estando a sua mãe perto e visível, pede; caso contrário, ela busca; enquanto que, se a mãe estiver inacessível no seu quarto, ela bate. Seja como for, todos os três verbos estão no presente do imperativo e indicam a persistência com a qual devemos fazer nossos pedidos conhecidos a Deus.
Em (2) lugar, as promessas foram expressas em declarações universais: Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-Ihe-á (v. 8).
(3) Jesus exemplifica suas promessas através de uma singela parábola (vs. 9-11). Ele imagina uma situação com a qual todos os seus ouvintes devem estar familiarizados, isto é, uma criança achegando-se a seu pai com um pedido.
Se a criança pede alguma coisa sadia para comer (pão ou peixe), receberia alguma coisa prejudicial, que não pode ser comida (uma pedra) ou perniciosa (uma cobra venenosa)? Claro que não! Os pais, ainda que sejam maus, ou, egoístas por natureza, amam os seus filhos e lhes dão boas dádivas. Observe que Jesus aqui admite, e até mesmo declara, ser o pecado inerente à natureza humana. Ao mesmo tempo, ele não nega que os homens maus sejam capazes de fazer o bem. Pelo contrário, pais maus dão boas dádivas a seus filhos, pois "Deus derrama em seus corações uma porção de sua bondade.
A força da parábola jaz mais no contraste do que na comparação entre Deus e os homens. É um outro argumento a fortiori ou "com tanto mais razão": se os pais humanos, embora sendo maus, sabem dar boas dádivas a seus filhos, quanto mais o nosso Pai celeste, que não é mau, mas totalmente bom, dará boas cousas aos que lhe pedirem? (v. 11). "Pois o que poderia ele deixar de dar agora aos filhos quando pedem, uma vez que já lhes garantiu exatamente isto, a saber, que podem ser seus filhos?".398 Não há dúvida de que as nossas orações são transformadas quando nos lembramos de que o Deus de quem nos aproximamos é "Abba, Pai", e infinitamente bom e gentil.




“Nossa atitude para com os ‘cães’ e os ‘porcos’, Mt 7:6


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,).
À primeira vista, parece uma linguagem chocante nos lábios de Jesus, especialmente no Sermão do Monte, logo após o seu apelo ao comportamento fraternal construtivo. Mas Jesus sempre chamou o boi pelo nome! Sua franqueza levou-o a chamar Herodes Antipas de "a raposa" e os escribas e fariseus hipócritas de "sepulcros caiados" e "raça de víboras".379 Aqui ele afirma que há certos seres humanos que agem como animais e podem, portanto, ser acertadamente chamados de "cães" e de "porcos".
Quem são, pois, estes "cães" e "porcos"? Dando-lhes tais nomes Jesus está indicando que, além de serem mais animais que humanos, são também animais com hábitos de sujeira. Os cães que ele tinha em mente não eram os bem comportados cachorrinhos de colo de uma casa elegante, mas os cães párias selvagens, vagabundos e vira-latas, que fuçavam no lixo da cidade. Os porcos eram animais imundos para os judeus, para não mencionar a inclinação que têm de viver na lama. O apóstolo Pedro referir-se-ia a eles mais tarde, reunindo dois provérbios em um só: "O cão voltou ao seu próprio vômito" e "a porca lavada voltou a' revolver-se no lamaçal", 1P 2:22.
Sua ordem é: não deis aos cães o que é santo e nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas. A figura é clara. Um judeu jamais daria alimento "santo" (talvez alimento que fora antes oferecido como sacrifício) a cães imundos. Nem jamais sonharia em jogar pérolas aos porcos. Estes não só eram animais impuros, mas também provavelmente confundiriam as pérolas com nozes ou ervilhas e tentariam comê-las e, então, descobrindo que não eram comestíveis, pisá-las-iam e até mesmo atacariam o doador.
O que é a coisa "santa" e o que são as "pérolas"?"É preciso entender", escreveu Calvino com sabedoria, "que cães e porcos são nomes que foram dados, não a toda espécie de homens debochados, ou àqueles que são destituídos do temor de Deus e da verdadeira piedade, mas àqueles que, através de evidências claras, manifestaram um desrespeito obstinado para com Deus, de modo que sua condição parece ser incurável".
O fato é que persistir em oferecer o Evangelho a essas pessoas, além de um determinado ponto, é provocar sua rejeição com desprezo e até mesmo com blasfêmias. Ler Mt 10:14; Lc 10:10,11.
Nosso testemunho cristão e pregação evangelística não devem, portanto, ser totalmente indiscriminados. Se as pessoas tiveram muita oportunidade de ouvir a verdade mas não a aceitaram, se elas obstinadamente voltam suas costas a Cristo, se (em outras palavras) elas se colocam na categoria de "cães" e "porcos", não devemos continuar pregando-lhes indefinidamente, pois assim estaremos amesquinhando o evangelho de Deus e permitindo que ele seja espezinhado.




Uma questão sobre ambição (IV)”, Mt 6:25-34 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,) (Continuação do Artigo anterior).
3. A preocupação é incompatível com o bom senso (v. 34). Jesus menciona o hoje e o amanhã. Toda a preocupação é sobre o amanhã, quer seja relacionada com a roupa ou o alimento ou qualquer outra coisa; mas toda a preocupação é experimentada hoje. Sempre que ficamos ansiosos, ficamos preocupados no momento presente sobre alguma coisa que vai acontecer no futuro. A preocupação é uma perda de tempo, de pensamentos e de energia nervosa. Precisamos aprender a viver um dia de cada vez. Devemos, naturalmente, planejar o futuro, mas não nos preocupar com ele. "Vivam um dia de cada vez", ou "Bastam a cada dia suas próprias dificuldades".
Ambição verdadeira ou cristã: o reino e a justiça de Deus. Os gentios é que procuram todas estas cousas. Isto mostra que, no vocabulário de Jesus, "procurar" e "ficar ansioso" são intercambiáveis. Ele não está falando tanto de ansiedade, mas de ambição. A ambição dos pagãos está focalizada nas necessidades materiais. Mas isto não pode acontecer com os cristãos, em parte porque vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas. Contra tudo isso, duas indicações de Jesus em Mt 6:33,34
1. Buscar primeiro o reino de Deus. O reino de Deus é Jesus Cristo governando o seu povo, com exigências e bênçãos, que desconhecem meios-termos. "Buscar primeiro" este reino é desejar, como coisa de primordial importância, a propagação do reino de Jesus Cristo.
2. Buscar primeiro a justiça de Deus. O reino de Deus existe apenas onde Jesus Cristo é conscientemente reconhecido. Estar no seu reino é sinônimo de desfrutar da sua salvação. Apenas os que nasceram de novo viram e entraram no seu reino. E buscá-lo em primeiro lugar é propagar as boas novas da salvação em Cristo.
A fim de buscar primeiro o reino de Deus temos de evangelizar, uma vez que o reino só se propaga quando o evangelho de Cristo é pregado, ouvido, crido e obedecido.
A fim de buscar primeiro a justiça de Deus, temos também de evangelizar (pois a justiça interior do coração torna-se impossível de outro modo), mas também temos de nos envolver em atividades e empreendimentos sociais para propagar por toda a comunidade aqueles padrões mais elevados de justiça que são agradáveis a Deus.
Qual é, então, a nossa ambição cristã? Todos nós somos ambiciosos de ser ou fazer alguma coisa. As ambições voltadas para o ego podem ser bastante modestas (o suficiente para comer, beber e vestir, como no Sermão) ou podem ser grandiosas (uma casa maior» um carro mais possante, um salário melhor, uma reputação mais influente, mais poder). Mas, modestas ou não, são ambições dirigidas a mim mesmo: meu conforto, minha riqueza, meu status, meu poder.
As ambições voltadas para Deus, entretanto, para serem dignas dele, nunca devem ser modestas. Há algo inerentemente impróprio em se ter pequenas ambições para Deus. Como poderíamos nos contentar em que ele adquira só mais um pouquinho de honra no mundo? Não. Quando percebemos que Deus é Rei, então desejamos vê-lo coroado de glória e honra, no lugar a que tem direito, que é o lugar supremo. Então tornamo-nos ambiciosos pela propagação do seu reino e da sua justiça por toda parte.




“Uma questão sobre ambição (III)”, Mt 6:25-34 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,) (Continuação da Pastoral anterior).
1. A preocupação é incompatível com a fé cristã (vs. 25-30). No v. 30 Jesus atinge aqueles que ficam ansiosos por causa de roupa e de comida, chamando-os de "homens de pequena fé". Nossa experiência humana é a seguinte: Deus criou e agora sustenta a nossa vida; ele também criou e continua sustentando o nosso corpo. Este é um fato da experiência diária. Nós não nos fizemos, nem nos mantemos vivos. A nossa "vida" (pela qual Deus é o responsável) é obviamente mais importante do que o alimento e a bebida que nos nutrem. Ele usa as aves como ilustração do cuidado divino em alimentar (v. 26) e as flores para ilustrar o seu cuidado no vestir (vs. 28-30). Em ambos os casos, ele nos manda "olhar" ou "considerar", isto é, pensar sobre os fatos do cuidado providencial de Deus nesses dois casos.
2. Problemas relacionados com a fé cristã. (a) Os crentes não estão isentos de ganhar a sua própria vida. Não podemos ficar sentados numa poltrona, girando os polegares, murmurando "meu Pai celestial provera", sem fazer nada. Temos de trabalhar. Como Paulo disse mais tarde: "Se alguém não quer trabalhar, também não coma.” (2Ts 3:10). Deus supre, mas nós temos nossa responsabilidade de cooperar.
(b) os crentes não estão isentos da responsabilidade para com os outros. Deus forneceu recursos amplos na terra e no mar. A terra produz plantas que dão sementes e árvores que dão frutos. Os animais, as aves e os peixes que ele criou são frutíferos e multiplicam-se. Mas o homem açambarca, desperdiça ou estraga esses recursos, e não os distribui, por isso há fome no mundo. O fato de Deus alimentar e vestir os seus filhos não nos isenta da responsabilidade de sermos seus agentes para isso; (c) os crentes hão estão isentos das dificuldades. É verdade que Jesus proíbe que o seu povo se preocupe. Mas estar livre de preocupações e estar livre de dificuldades não é a mesma coisa. Cristo nos manda deixar de lado a ansiedade, mas não promete que seremos imunes a todos os infortúnios.
O motivo por que Jesus diz que não devemos ficar inquietos com o dia de amanhã é o seguinte: basta ao dia o seu próprio mal (v. 34). Portanto, haverá "cuidados" (kakia, "males"). A libertação que um cristão tem da ansiedade não se deve a alguma garantia de ausência de cuidados, mas por ser a preocupação (que examinaremos mais tarde) uma insensatez, e especialmente pela confiança que temos de que Deus é nosso Pai, que até mesmo a permissão para o sofrimento está dentro da órbita do seu cuidado, (Jó 2:10) e que "todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8:28). os filhos de Deus não têm a promessa de que ficarão livres do trabalho, nem da responsabilidade, nem das dificuldades, mas apenas da preocupação. Esta, sim, nos é proibida: é incompatível com a fé cristã. (Prossegue na próxima Pastoral)




“Uma questão sobre ambição (II)”, Mt 6:25-34 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
Quais são os problemas tratados por Jesus aqui, concernentes a ambição?
a. Ambição falsa ou secular: nossa própria segurança material A maior parte deste parágrafo é negativa. Três vezes Jesus repete a sua proibição Não andeis ansiosos (vs. 25, 31, 34). E a preocupação que ele nos proíbe é quanto ao alimento, quanto à bebida e quanto à roupa: Que comeremos? Que beberemos? Que vestiremos? (v. 31). Mas esta é precisamente "a trindade dos cuidados do mundo", porque os gentios é que procuram todas estas cousas (v. 32).
Entendamos: Jesus não negou e nem desprezou as necessidades do corpo. Para se dizer a verdade, foi Ele que o criou, e dele Ele cuida, tanto que nos ensinou a orar: "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje". O que, então, Ele está a dizer? Enfatiza que ficar absorto pelo conforto material é uma falsa preocupação.
De um lado, não é produtivo (exceto pelas úlceras e pelas preocupações novas que surgem); por outro, não é necessário (porque "vosso Pai celeste sabe que necessitais", vs. 8, 32); mas especialmente porque não vale a pena. Indica uma falsa visão dos seres humanos (como se fossem apenas corpos precisando de alimento, água, roupas e casa) e da vida humana (como se fosse apenas um mecanismo fisiológico precisando de proteção, lubrificação e combustível).
Se vivêssemos apenas para viver, então, sim, o sustento do nosso corpo seria a nossa principal preocupação. Os gentios é que procuram todas estas comas. Que procurem! Mas, quanto a vocês, meus discípulos, Jesus dá a entender, essas coisas são um alvo absolutamente sem valor, pois não constituem o "Supremo Bem" da vida.
Então, o que Jesus proíbe aqui, e que motivos Ele dá para essa proibição. (1) Não está proibindo o pensamento. Pelo contrário, está estimulando-o quando prossegue ordenando-nos a olhar para as aves e flores e "considerar" como Deus cuida delas; (2) Não está proibindo a previdência (lembram da formiga, Pv 6:6-11?)
O que Jesus proíbe não é o raciocínio nem a previdência, mas a preocupação ansiosa. Este ê o significado da ordem më merimnate. É a palavra que foi usada em relação a Marta, que estava "distraída" com o serviço da casa (Lc 10:40); e também em relação à boa semente lançada entre os espinhos, abafada pelos "cuidados" da vida (Lc 8:14); e ainda foi usada por Paulo na injunção: "Não andeis ansiosos de cousa alguma" (Fp 4:6). Por que Jesus assim se posiciona? (prossegue na próx Pastoral)




“Uma questão sobre ambição (I)”, Mt 6:25-34 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
É uma grande perda e uma enorme pena que, nas igrejas, esta passagem seja frequentemente lida isoladamente, fora do seu contexto. E, assim, o significado do Por isso vos digo perde-se completamente. Então, comecemos relacionando este "por isso", com o ensinamento que levou Jesus a esta conclusão.
Antes de nos convocar a agir, Jesus nos convoca a pensar. Convida-nos a examinar clara e friamente as alternativas que foram expostas, pesando-as cuidadosamente.
Queremos acumular tesouros? Então, qual das duas possibilidades é mais durável? Queremos ser livres e objetivos em nossas atividades? Queremos servir ao melhor dos senhores? Então devemos considerar qual é o mais digno da nossa devoção. Apenas depois que tivermos assimilado em nossas mentes a durabilidade comparativa dos dois tesouros (o corruptível e o incorruptível) e o valor comparativo dos dois senhores (Deus e Mamom), estaremos prontos a fazer a escolha. E só depois que tivermos feito a nossa escolha — o tesouro celeste, a luz, Deus — estaremos preparados para ouvir as palavras que seguem: Por isso vos digo como deveis vos comportar: Não andeis ansiosos pela vossa vida. . . nem pelo vosso corpo. . . buscai, pois, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça (vs. 25, 33).
Noutras palavras, nossa escolha básica quanto a qual dos dois mestres desejamos servir afetará radicalmente nossa atitude para com ambos. Não ficaremos ansiosos sobre um deles, já que o rejeitamos, mas nos concentraremos, mente e energia, no outro, a quem escolhemos. E, ao invés de nos perdermos em nossas próprias preocupações, buscaremos em primeiro lugar aquilo que interessa a Deus.
A linguagem de Cristo sobre a busca (contrastando os gentios no que os seus discípulos devem buscar em primeiro lugar; vs. 32, 33) introduz-nos à questão da ambição.
Jesus considerou que todos os seres humanos "buscam" alguma coisa. Não é natural que as pessoas fiquem à deriva, sem alvo na vida, como um plâncton. Precisamos de alguma coisa pela qual viver, algo que dê significado à nossa existência, alguma coisa para "buscar", alguma coisa sobre a qual colocar o nosso coração e a nossa mente.
Embora poucos hoje em dia usem a linguagem dos antigos filósofos gregos, o que nós buscamos, de fato, é aquilo que eles chamavam de "o Bem Supremo", para lhe dedicarmos as nossas vidas. Provavelmente, "ambição" é o termo equivalente moderno.
É verdade que, no dicionário, esta palavra significa "um forte desejo de alcançar o sucesso" e, portanto, de um modo geral, a sua imagem é ruim, pois tem um sabor egoísta. É neste sentido que Shakespeare, em sua peça "Henrique VIII", faz este apelo a Thomas Cromwell: "Cromwell, eu te desafio, põe de lado a ambição. Por causa desse pecado caíram anjos . . ." Mas a "ambição" pode igualmente referir-se a fortes desejos, altruístas em lugar de egoístas, piedosos ao invés de mundanos.
Resumindo, é possível ter "ambições para Deus". A ambição refere-se aos alvos de nossa vida e ao incentivo que temos de atingi-los. A ambição de uma pessoa é aquilo que a impele: revela a mola principal de suas ações, suas mais secretas motivações. Isto, então, é o que Jesus estava dizendo ao definir, na contracultura cristã, o que devemos buscar "em primeiro lugar". (Continua na próx Pastoral)




Série "Crises na Vida": DEPRESSÃO: 1Pe 5:7-


Um dos maiores profetas retratados na bíblia, Elias, apresentava sinais de depressão. Em 1 Rs 19:1-18, vemos que ele passou a dormir mais do que o habitual, perdeu o apetite, sentiu-se culpado, se isolou das pessoas, estava descuidado com aparência física e pedia para morrer, numa total desvalorização da vida.
Mas Deus o visita e muda toda a sua situação, manda que ele se alimente e volte à vida! (Não deixe de ler o texto completo!)
À luz dessa experiência, podemos aprender alguns passos rumo à saída da depressão:
1) Evite ficar sozinho: um dos maiores causadores da depressão é a solidão. Aquela sensação de ser deixado de lado, de ser rejeitado, abandonado, indesejado, mal amado.. é aquele sentimento de vazio, de inutilidade. A solidão gera sofrimento e nos impede de perceber os outros ao nosso redor, muitas vezes até de perceber Deus próximo de nós. Não se isole, lute contra isso.
2) Não se considere pior ou melhor do que o resto das pessoas: normalmente o deprimido ou se considera o pior, o mais prejudicado, o mais infeliz ou o mais importante. Elias por exemplo se achava muito zeloso, o único que servia ao Senhor, mas Deus o exortou que havia mais pessoas como ele.
3) Ouça a voz de Deus e o deixe te conduzir à Sua vontade: ao sair da caverna, Elis ouviu a voz de Deus, que não estava no terremoto ou no vento forte, mas no cicio tranquilo. Elias O ouviu falar, obedeceu e venceu!
Não deixe Deus de lado na hora da sua aflição, pelo contrário, saiba que Ele está com vc em todos os passos do caminho!
Texto por Rev. Ricardo Bresciani.




"O Espírito Santo" (III). Jo 14:26


“Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco.” Jo 14:26
O Consolador prometido por Jesus não é outro senão o Espírito Santo.
O termo Consolador vem do grego “Parakletos” sendo que Para (ao lado de)e Kletos (encorajador/quem dá força).
Muitas vezes não entendemos como em certos momentos da vida passamos por terríveis problemas, como mortes, doenças, dificuldades financeiras que podem nos trazer desde ansiedade até períodos de desespero.
Não podemos controlar todas as circunstâncias da vida ou escapar ilesos de todas elas, porque o próprio Jesus afirmou que neste mundo passaríamos por aflições, entretanto temos conforto e paz em saber que temos conosco o Espírito Santo que nos conforta, consola e encoraja.
Essa talvez seja a grande diferença que se pode notar no dia-a-dia dos que são de Jesus e os que ainda não são. Existe sim lágrimas, sentimos dor, ausência, mas há ainda em maior medida o consolo que vem Daquele que nos ama por meio de seu Espírito Santo!
Venha conhecer mais sobre o Espírito Santo e sua atuação entre nós, nos acompanhando aqui!
*texto por Rev. Ricardo Bresciani.




"O Espírito Santo" (II). Jo 14:16,17


Mesmo com tantas especulações sobre quem é o Espírito Santo, a bíblia nos ensina quem Ele verdadeiramente é e sua natureza.
Somos ensinados que Ele é uma pessoa! A terceira pessoa da Trindade. Ele possui atributos que o identificam como uma pessoa: Ele pode ser entristecido (Ef 4:30), tem vontade própria (At 15:28/1Co 12:11), Ele se pronuncia (At 13:2), nos convence de pecados (Jo 16:8).
O Espírito Santo é, à luz das afirmações e ensinos da bíblia, um ser vivo, atuante, dinâmico e eterno (Hb 9:14).
Isso tudo nos faz perceber, que da mesma maneira que em relação ao Pai e ao Filho, o Espírito Santo é Deus e quer se relacionar conosco e cuidar de nós de maneira pessoal e próxima. Não precisamos ter medo de nos aproximar porque em Lc 11:13 Jesus afirma que o Pai dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem!
Conheça mais a respeito do amor de Deus em suas três pessoas nos acompanhando aqui!
*texto Rev. Ricardo Bresciani.




"O Espírito Santo" (I). Jo 14:16,17


Muito se tem falado sobre o Espírito Santo. Alguns dizem que ele é uma força sobrenatural, um poder tremendo, uma luz intensa, força cósmica…
Alguns o confundem com símbolos, como uma pomba, ou óleo.
Sabemos pela bíblia que Ele é a terceira pessoa da Trindade e sua atuação não se resume aos dias de hoje. Ele é presente desde antes da criação do mundo, e estava lá quando tudo foi criado, incluindo o homem “…façamos o homem à NOSSA imagem e à NOSSA semelhança..” Gn 1:26).
Ele nos foi enviado como Consolador depois que Jesus Cristo voltou aos céus e também intercede por nós junto ao Pai com gemidos inexprimíveis (Rm8:26).
O Espírito Santo é a promessa a todos aqueles que pertencem a Jesus como filhos de Deus! Conheça mais sobre nosso maravilhoso Deus nos acompanhando por aqui!
*texto por Rev. Ricardo Bresciani.




"Deus se importa". Cl 1:13


Será que Deus tem tempo pra se preocupar e se ocupar com o ser humano? A resposta é: SIM!
Deus se preocupa com o ser humano e seu sofrimento. Ele tomou a forma humana, e em Jesus, detalhes que parecem pequenos e particulares são atendidos. A cura das nossas doenças físicas ou emocionais e nossas aflições são uma expressão e extensão do Reino de Deus.
Elas são a marca da compaixão, do amor e do cuidado de Deus para com seus filhos. Deus cuida do universo imenso, mas tem e sempre terá tempo para vir ao encontro do aflito e do necessitado.
O Salmo 40:1 diz que Ele se inclinou para mim e ouviu quando clamei por socorro! Você pode imaginar o Rei de todo o universo se inclinando só para te ouvir? Percebe a grandeza desse amor e do Seu cuidado? Lembre-se de que Ele disse a Isaías (49:16) que nos tem gravados na palma de suas mãos, e por isso nunca se esquece de nós!
Entregue, confie e agradeça por este tão grande amor!
*texto por Rev. Ricardo Bresciani.




"Deus e os nosso Problemas". Mt 11:28


Quem vive sem problemas? Ninguém! Há os que enfrentam “pequenos” problemas e outros que enfrentam “grandes” e até “terríveis” problemas. Embora seja verdade que o que é grande para uns, é pequeno para outros e vice-versa, porque tudo depende da ótica de quem passa por uma crise, e nenhum problema é encarado de maneira igualitária por diferentes pessoas.
O certo é que, neste mundo em que vivemos, não podemos escapar de enfrentar problemas, e isto irá nos atingir cedo ou tarde. Por isso é tão bom saber que Deus nos conhece de maneira pessoal e individual, e conhece todas as nossas aflições.
Lá em I Pedro 5:7 diz que devemos lançar sobre Ele TODA a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós! E pensando nisso podemos ter a certeza de que não importa o tamanho dos nossos problemas, que nos causam tanto stress e ansiedade, mas sim o tamanho do nosso Deus que cuida de nós como pai amoroso! Deixar a nossa “carga” aos pés da cruz de Cristo é promessa de alívio e descanso assegurada pelo próprio Jesus (Mt 11:28), e assim podemos ter a certeza de que Ele estará ao nosso lado, nos ajudando a continuar, apesar das contingências desta vida!
Descanse o seu coração aflito nos braços de Jesus e sinta a paz de Deus, que excede todo o entendimento, te preencher e te dar fôlego pra continuar!
*texto por Rev. Ricardo Bresciani.




Deus me Abandonou? Sl 145:18,19


Diante de tantas injustiças, mentiras e dificuldades somos levados a pensar: será que Deus me abandonou? Se Deus realmente se importa com seus filhos, porque tanto sofrimento é permitido?
O problema é que só pensamos em Deus como um pai cheio de amor, e que como tal, deveria sempre proteger seus filhos e lhes dar tudo o que pedem sem exigir nada em troca.
Mas talvez devamos nos perguntar se foi Deus quem nos abandonou ou se fomos nós que o abandonamos e nos esquecemos dEle.
Na parábola do filho pródigo, Jesus nos conta a história do filho que abandonou seu pai em troco da liberdade e de gozar a vida como bem entendesse, e só mais tarde quando havia perdido tudo é que se deu conta de que tinha tudo ao lado de seu pai, e desejou ardentemente voltar, mesmo que fosse para ser tratado como um servo, porque sabia que até mesmo os servos de seu pai viviam muito melhor do que ele.
Fez a viagem de volta envergonhado, e com medo de ser rejeitado, mas para sua surpresa, foi recebido pelo pai com beijos, abraços e muita festa!
Em lugar de dizer: Deus me abandonou, quem sabe não seja a hora de voltar para Ele e restaurar a comunhão perdida?
Dentro da vontade e do amor de Deus, é possível celebrar a reconstrução da sua vida ao lado dEle!
E se você quiser saber mais a respeito desse Pai amoroso e que este sempre à sua espera, nos acompanhe por aqui!
*texto Rev. Ricardo Bresciani




"Deus tudo Sabe". Sl 139


Deus sabe todas as coisas e de todas as coisas. Sendo o único em soberania e onisciência, Ele sabe o nosso nome, onde estamos e até o número de cabelos da nossa cabeça.
Mais do que isso, Ele nos distingue como seus, mesmo dentre os mais de 8 bilhões de pessoas que povoam a terra.
Ele nos conhece por dentro, sabe das nossas reais necessidades, mesmo as mais profundas. Sabe todos os problemas, preocupações e conhece os segredos mais íntimos que guardamos à sete chaves dentro dos nossos corações.
Não podemos nos esconder de Deus, aliás, não existe esconderijo à prova de Deus. Como diz o salmista no Salmo 139, Ele conhece nossas intenções, desejos e frustrações.
Mas não precisamos nos esconder, porque é Nele que encontramos o único lugar seguro, onde podemos nos sentir tranquilos, protegidos, consolados e principalmente amados!
“ O Senhor… é a rocha em que encontro refúgio “ Sl 94:22
Se você quer conhecer mais a respeito desse maravilhoso Deus, nos acompanhe por aqui!
*texto Rev. Ricardo Bresciani.




“Uma questão de escolher a quem servir”, Mt 6: 24 (Ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
Fato: além da escolha entre dois tesouros (onde ajuntá-los) e entre duas visões (onde fixamos os nossos olhos) agora, Jesus nos apresenta uma escolha ainda mais básica: escolher servir, se relacionar entre dois senhores.
É uma escolha entre Deus e Mamom: "Não podeis servir a Deus e a Mamom" (ERC); isto é, entre o próprio Criador vivo e qualquer objeto de nossa própria criação que chamamos de "dinheiro" ("Mamom" é uma transliteração da palavra aramaica para riqueza). Não podemos servir aos dois. Nunca. Em Hipótese alguma.
Algumas pessoas discordam destas palavras de Jesus recusando-se a serem confrontadas com uma escolha tão rígida e direta, e não veem a necessidade dela.
Asseguram-nos que é perfeitamente possível sim servir a dois senhores simultaneamente, por “conseguirem fazer isso muito bem”. Diversos arranjos e ajustes possíveis parecem-lhes atraentes. Ou eles servem a Deus aos domingos e a Mamom nos dias úteis, ou a Deus com os lábios e a Mamom com o coração, ou a Deus na aparência e a Mamom na realidade, ou a Deus com metade de suas vidas e a Mamom com a outra.
Pois é esta solução popular de comprometimento que Jesus declara ser impossível: Ninguém pode servir a dois senhores . . . Não podeis servir a Deus e às riquezas (observe o "pode" e o "não podeis").
Os pretensos conciliadores interpretam mal este ensinamento, pois se esquecem da figura de escravo e dono de escravo que se encontra por trás destas palavras. Como McNeile disse: "Pode-se trabalhar para dois empregadores, mas nenhum escravo pode ser propriedade de dois senhores", pois "ter um só dono e prestar serviço de tempo integral são da essência da escravidão".
Portanto, qualquer pessoa que divide sua devoção entre Deus e Mamom já a concedeu a Mamom, uma vez que Deus só pode ser servido com devoção total e exclusiva. Isto simplesmente porque ele é Deus: "Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem." (Is 42:8; 48:11 ) Tentar dividir a nossa lealdade é optar pela idolatria.
E quando percebemos a profundidade da escolha entre o Criador e a criatura, entre o Deus pessoal glorioso e essa coisinha miserável chamada dinheiro, entre a adoração e a idolatria, parece inconcebível que alguém faça a escolha errada, pois agora ê uma questão não apenas de durabilidade e benefício comparativos, mas sim de valor comparativo: o valor intrínseco de um e a intrínseca falta de valor do outro.




“Uma questão sobre para o quê olhar”, Mt 6:24 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
O contraste agora é entre uma pessoa cega e uma pessoa que tem visão, e, consequentemente, entre as trevas e a luz em que elas respectivamente vivem. São os olhos a lâmpada do corpo. Não é literal, naturalmente, como se fossem uma espécie de janela deixando a luz entrar no corpo; mas é uma figura de linguagem facilmente inteligível. Quase tudo que o corpo faz depende de nossa capacidade de ver. Precisamos ver para correr, para pular, para dirigir um carro, para atravessar uma rua, para cozinhar, para bordar, para pintar.
O olho, pelo que é, "ilumina" o que o corpo faz com as mãos e os pés (É verdade que os cegos conseguem enfrentar sua situação maravilhosamente bem, aprendendo a fazer uma porção de coisas sem os olhos, e desenvolvendo suas demais faculdades para compensar a falta de visão), mas o princípio continua: quem vê anda na luz, enquanto que o cego permanece nas trevas.
E a grande diferença entre a luz e as trevas do corpo deve-se a esse pequenino mas complicado órgão, o olho. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Na cegueira total, as trevas são completas.
Tudo isto é uma descrição de fatos. Mas também é uma metáfora. Com bastante frequência, o "olho" nas Escrituras é equivalente ao "coração". Isto é, "colocar o coração" e "fixar os olhos" em alguma coisa são sinônimos. Um exemplo será suficiente, no Sl 119:10 lê-se: "De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos" e, no v. 18: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei."
A argumentação parece ser esta: exatamente como nossos olhos afetam todo o nosso corpo, a nossa ambição (onde fixamos nossos olhos e nosso coração) afeta toda a nossa vida. Exatamente como o olho que vê dá luz ao corpo, uma ambição nobre e sincera de servir a Deus e aos homens aumenta o significado da vida e lança luz sobre tudo que fazemos. Então, exatamente como a cegueira leva às trevas, uma ambição ignóbil e egoísta (por exemplo, ajuntar tesouros para nós mesmos sobre a terra) faz-nos mergulhar nas trevas morais. Ficamos intolerantes, desumanos, grosseiros, despojando a vida de seu principal significado.
Tudo é uma questão de visão. Se temos visão física, podemos ver o que estamos fazendo e para onde vamos. Da mesma forma, se temos visão espiritual, se nossa perspectiva espiritual está devidamente ajustada, então nossa vida fica cheia de propósito e de incentivo. Mas se a nossa visão se torna anuviada pelos falsos deuses e pelo materialismo, e nós perdemos nosso senso de valores, então toda a nossa vida fica em trevas e não podemos ver para onde vamos. Assim, de acordo com o conceito bíblico, um "olho mau" é um espírito sovina, avarento, e um "olho bom" é o generoso.




“A Questão do Tesouro (II)”, Mt 6:19-21 (ler)


(Ainda retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott, e concluindo a Pastoral anterior).
O "tesouro na terra", por nós cobiçado, Jesus nos lembra: "A traça e a ferrugem destroem, e ... os ladrões o arrombam e roubam" (BLH). A palavra grega brasis, "ferrugem", significa "comer"; pode referir-se à corrosão causada pela ferrugem, mas também a qualquer peste ou parasita devoradora. Naquele tempo, as traças entravam facilmente nas roupas das pessoas, os ratos comiam os cereais armazenados, pestes atacavam o que estivesse debaixo da terra, e os ladrões entravam nos lares e levavam o que fosse possível. Mesmo que uma parte permaneça através desta vida, nada podemos levar conosco para a outra. Jó estava certo: "Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei”, Jó 1:21
Mas o "tesouro no céu" é incorruptível. Que tesouro é esse? Jesus não explica. Mas podemos dizer com toda certeza que "ajuntar tesouros no céu" é fazer na terra alguma coisa cujos efeitos durem pela eternidade. Jesus não estava, certamente, ensinando uma doutrina de méritos ou um "tesouro de méritos" (como a Igreja Católica medieval ensinava), como se pudéssemos acumular no céu, através de boas obras praticadas na terra, uma espécie de crédito bancário do qual nós e outros pudéssemos sacar, pois tal noção grotesca contradiz o Evangelho da graça que Jesus e seus apóstolos ensinaram coerentemente. E, de qualquer modo, Jesus estava falando a discípulos que já tinham recebido a salvação de Deus.
Parece, antes, referir-se a coisas tais como: o desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo (uma vez que todos nós podemos levá-lo conosco para o céu); o aumento da fé, da esperança e da caridade, pois todas elas, segundo Paulo, "permanecem"; o crescimento no conhecimento de Cristo, o qual um dia veremos face a face; a tarefa ativa, por meio da oração e do testemunho, de apresentar outros a Cristo, para que também possam herdar a vida eterna; e o uso de nosso dinheiro nas causas cristãs, que é o único investimento financeiro cujos dividendos são eternos. Todas estas atividades são temporais com consequências eternas. Este seria, então, "o tesouro no céu". Nenhum ladrão pode roubá-lo, e nenhuma praga pode destruí-lo, pois não há traças, nem ratos, nem assaltantes no céu.




“A Questão do Tesouro (I)”, Mt 6:19-21 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
Aqui, o ponto para onde Jesus dirige nossa atenção é a durabilidade comparativa dos dois tesouros. Deveria ser fácil decidir qual dos dois ajuntar, ele dá a entender, porque tesouros sobre a terra são corruptíveis e, portanto, inseguros, enquanto que tesouros no céu são incorruptíveis e, consequentemente, seguros. Afinal, se nosso objetivo é ajuntar tesouros, presumivelmente nós nos concentraremos na espécie que vai durar mais e que pode ser armazenada sem depreciação ou deterioração.
E importante enfrentar franca e honestamente a questão: o que Jesus estava proibindo, quando nos disse para não ajuntarmos tesouros para nós mesmos na terra? Talvez seja melhor começarmos com uma lista do que ele não estava (e não está) proibindo. (1) Não há maldição alguma quanto às propriedades em si; as Escrituras não proíbem, em parte alguma, as propriedades particulares; (2) "Economizar para dias piores" nunca foi proibido aos cristãos, nem fazer um “seguro de vida”, que é apenas uma espécie de economia compulsória auto-imposta. Pelo contrário, as Escrituras louvam a formiga que armazena no verão o alimento de que vai precisar no inverno, e declara que o crente que não faz provisão para a sua família é pior do que um incrédulo. (3) Não devemos desprezar mas, antes, desfrutar as boas coisas que o nosso Criador nos concedeu abundantemente. Portanto, nem as propriedades, nem a provisão para o futuro, nem o desfrutar dos dons de um Criador bondoso estão incluídos na proibição dos tesouros acumulados na terra.
O que está, então? O que Jesus proíbe a seus discípulos é a acumulação egoísta de bens ("Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra"); uma vida extravagante e luxuosa, a dureza de coração que não deixa perceber as necessidades colossais das pessoas menos privilegiadas neste mundo; a fantasia tola de que a vida de uma pessoa consiste na abundância de suas propriedades;346 e o materialismo que acorrenta nossos corações à terra.
Resumindo, "acumular tesouros sobre a terra" não significa ser previdente (fazer ajuizadas provisões para o futuro), mas ganancioso (como o sovina que acumula e os materialistas que sempre querem mais). Esta é a armadilha contra a qual Jesus nos adverte aqui. (Continua na próx Pastoral )




“A Oração do Crente: Não mecânica, mas refletida (3)”, Mt 6:7-15 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
A oração cristã contrasta com as alternativas não-cristãs. (1) Ela é uma oração que deve ser teocêntrica (preocupada com a glória de Deus), em contraste com o egocentrismo dos fariseus (preocupados com a Sua própria glória); e (2) ela é uma oração que deve ser inteligente (expressão de uma dependência racional), em contraste com as recitações mecânicas dos pagãos.
Portanto, quando nos aproximamos de Deus para orar, não o fazemos hipocritamente como os atores de teatro, que buscam o aplauso dos homens, nem mecanicamente como os pagãos tagarelas, cujo pensamento não acompanha os seus balbucios; devemos fazê-lo de forma racional, humilde e confiante, como criancinhas diante de seu pai.
Veremos que a diferença fundamental entre os diversos tipos de oração está nas imagens fundamentalmente diferentes de Deus que há por trás deles.
O erro trágico dos fariseus e dos pagãos, dos hipócritas e dos que não conhecem a Deus está na falsa imagem que têm de Deus. Na verdade, nenhum deles pensa realmente em Deus, pois o hipócrita pensa apenas em si mesmo, enquanto que o pagão pensa em outras coisas.
Que tipo de Deus Seria este que poderia interessar-se por tais orações egoístas ou Sem sentido? Será Deus um utensílio que podemos usar para fomentar o nosso próprio status, ou um computador que podemos alimentar mecanicamente com as nossas próprias palavras?
Voltemo-nos destas noções desonrosas, com alívio, para o ensinamento de Jesus, que disse ser Deus o nosso Pai que está no céu. Precisamos nos lembrar de que ele ama seus filhos com a mais terna afeição, que ele vê os seus filhos até no lugar secreto, que ele conhece os seus filhos e todas as suas necessidades antes que eles lhas apresentem, e que ele age em benefício dos seus filhos com o seu poder celestial e real.
Se permitirmos que as Escrituras formem assim nossa imagem de Deus, se nos lembrarmos do seu caráter e cultivarmos sua presença, jamais oraremos com hipocrisia mas sempre com integridade, nunca mecanicamente mas sempre racionalmente, como filhos de Deus que somos.




“A Oração do Crente: Não mecânica, mas refletida (2)”, Mt 6:7-15 (ler)


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,). Os três pedidos que Jesus coloca em nossos lábios são magnificamente completos. Incluem, em princípio, todas as nossas necessidades humanas: materiais (o pão de cada dia), espirituais (perdão de pecados) e morais (livramento do mal). O que fazemos, sempre que proferimos esta oração, é expressar nossa dependência de Deus em cada setor da vida humana. Além disso, um cristão trinitário é levado a perceber nestes três pedidos uma alusão velada à Trindade, uma vez que é através da criação do Pai e da sua providência que recebemos o nosso pão de cada dia, e é através da morte expiatória do Filho que recebemos o perdão, e através do poder do Espírito que habita em nós que somos livrados do maligno. Não nos causa admiração que alguns manuscritos antigos (embora não os melhores) terminem com a doxologia, atribuindo a este Deus triúno "o reino e o poder e a glória", os quais somente a ele pertencem.
Ao que tudo indica, Jesus deu a Oração do Pai-Nosso como modelo da verdadeira oração, da oração cristã, diferenciando-a das orações dos fariseus e dos pagãos. Na verdade, qualquer pessoa poderia recitar o Pai-Nosso hipócrita ou mecanicamente, ou de ambas as formas. Mas, se pensamos no que dizemos, então a oração do Pai-Nosso é a alternativa divina para essas outras duas formas da falsa oração: hipócrita e mecânica.
O erro dos hipócritas é o egoísmo. Até mesmo em suas orações estão obcecados com a sua própria imagem e com o efeito que ela produzirá naqueles que os observam. A verdadeira oração cristã sempre consiste numa preocupação com Deus e sua glória. Portanto, é exatamente o oposto do exibicionismo dos hipócritas, que usam a oração como veículo de sua própria glória.
O erro do pagão é a irracionalidade. Ele simplesmente prossegue tagarelando suas palavras litúrgicas sem significado. Ele hão pensa no que está dizendo, pois sua preocupação ê com o Volume, não com o conteúdo. Mas Deus não se deixa impressionar com verborragia. Em oposição a esse disparate, Jesus nos convida a levarmos ao conhecimento de nosso Pai celeste, com ponderação humilde, todas as nossas necessidades, expressando, assim, nossa dependência diária dele.




Espiritualidade conjugal - Ct 4:9,10 – ‘DIÁLOGO CONJUGAL”


Na “vibe” de tratar de assuntos conjugais e/ou familiares neste mês de Maio, um aspecto fundamental para o estabelecimento de uma espiritualidade conjugal/familiar integral e saudável é o DIÁLOGO que deve ter o esforço, o empenho e a dedicação de sempre ser: franco, aberto e respeitoso.
O diálogo serve para aprofundar o conhecimento da alma, da psique, dos sentimentos do outro. O diálogo deve ser frequente e abundante.
A internet com suas mais variadas ferramentas: Facebook, Instagran, etc, e a TV não podem, de maneira alguma, empobrecer ou usurpar o lugar do diálogo entre a família.
O diálogo é terapêutico, é curativo; nele é possível expor as feridas da alma, os arranhões e as machucaduras obtidas durante a passagem por caminhos mais difíceis e mais escuros da viagem da vida que os cônjuges e/ou a família se propõe a seguir.
Em Ef 4:29, Paulo nos exorta a falar apenas palavras que edifiquem e que sejam úteis para o benefício do ouvinte. Isso é especialmente importante entre os cônjuges/família, onde as palavras podem ferir ou curar, unir ou dividir.
O diálogo é a base da comunicação na relação conjugal/familiar saudável, prazerosa.
O diálogo permite que o casal/família compartilhe seus sentimentos, necessidades, preocupações e sonhos uns com os outros. Quando há um diálogo aberto, honesto e objetivo, contudo, muito carinhoso e respeitoso, as pessoas se sentem ouvidas e valorizadas, o que fortalece o vínculo relacional, contudo, o contrário é verdade na mesma proporção.
No entanto, o diálogo (casal/família) não deve ser apenas sobre a fala. Também é importante ouvir atentamente o que o/a outro/a diz. Isso significa prestar atenção não apenas às palavras, ao tom de voz, à linguagem corporal e às emoções que são expressas. Ouvir atentamente mostra ao seu íntimo que você se importa com o que ele/a diz e tem a dizer.
Também é importante lembrar que o diálogo (cônjuges/família) não deve ser apenas sobre questões práticas, como finanças e logística. É igualmente importante discutir questões emocionais e espirituais. Compartilhar seus medos, suas alegrias e suas preocupações pode ajudar a se conhecerem melhor e crescerem juntos como cônjuges e família.
No entanto, sabemos que o diálogo nem sempre é fácil. Às vezes, podemos ficar irritados ou frustrados com o que o/a outro/a diz, ou podemos ter dificuldade em expressar nossos próprios sentimentos. Nessas situações, é importante lembrar de 1Co 13:4,5 “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas” (BLH). Devemos buscar ouvir e falar com amor e respeito, mesmo quando é difícil.




Espiritualidade conjugal - Ct 4:9,10 – ‘AMIZADE CONJUGAL”


Uma das realidades mais importantes a serem resgatadas no âmbito da família é o que uma parte da teologia denomina de “espiritualidade conjugal/familiar” que se entende pela dinâmica do casal na relação entre si, diante de Deus e principalmente na relação com Deus.
Homem e mulher trazem em si, de igual maneira, as mesmas consequências da queda: afastamento de Deus e por fim a morte pelo pecado, mas também, a imagem e semelhança com Deus e igualmente em Cristo e por Cristo, são herdeiros das mesmas bênçãos: salvação e consequente vida eterna.
Contudo, a despeito disso, eles não são iguais, porque possuem funções e missões diferentes, não excludentes, mas complementares entre si.
E é exatamente aqui ou nesse quesito de diferenciação e complementariedade que se dá a dinâmica da “espiritualidade conjugal”.
Um casal se constitui de duas companhias numa mesma viagem. Estão juntos na travessia deste mundo rumo à pátria definitiva. Enquato peregrinam neste mundo como estrangeiros, ambos se escolheram para tornarem esta jornada um pouco mais leve, feliz, mais proveitosa, prazerosa, realizadora e complementadora a ambos.
Logo, é preciso que haja harmonia, concordância, divisão de tarefas e ajuda mútua. É preciso que juntos tracem planos, estratégias, metas e objetivos que estabeleçam a rota desta viagem e um aspecto fundamental nisso tudo é a AMIZADE que deve existir na relação conjugal.
Amizade é “definida” como uma “relação de afinidade, reciprocidade, ajuda mútua, respeito e confiança criada entre duas ou mais pessoas”. Segundo Winnicott (07/Abr./1896-25/Jan./1971. Pediatra e Psicanalista inglês), a amizade remete às noções de intimidade, espaço potencial, reconhecimento da alteridade e no ato de conceder e fazer concessão.
No livro “As quatro faces do amor”, o teólogo e bispo anglicano, Miguel Uchôa destaca que amizade é o ato de compartilhar a mesma visão, de caminhar lado a lado com o outro, e nasce da experiência de estar junto no dia a dia.
Uma sólida espiritualidade conjugal reclama uma amizade preferencial entre si. Não é possível que homem e mulher possuam amizades mais íntimas, amizades mais confidentes, mais frequentes do que entre si, como cônjuges. Claro, esta amizade preferencial não é excludente. Não deve isolar o casal da vida social e da interação com o mundo. Pelo menos TRÊS coisas são fundamentais nessa Amizade Conjugal:
1º Amizade Conjugal é um aspecto fundamental para o estabelecimento de uma espiritualidade conjugal integral e saudável. Essa amizade é algo q deve ser cultivado por movimentos de lazer e prazer vividos juntos, por troca de gentilezas e elogios.
2º Amizade Conjugal deve ser uma decisão conjugal. No contexto do casamento, a amizade aproxima os cônjuges, especialmente em momentos de dificuldade, desgaste e aflição, e possibilita, com esforço, empenho e dedicação um ambiente harmonioso, saudável e seguro para a convivência do casal e em família.
3º Ter Amizade Conjugal traz como benefícios: um ambiente seguro; aproxima o casal e contribui para a durabilidade do companheirismo, da realização e da completude na relação; o amor, a paixão, a fidelidade, a cumplicidade, o afeto e o carinho são alguns dos ingredientes mais importantes para a união duradoura e prazerosa do cônjuges.




“A Oração do Crente: Não mecânica, mas refletida (1) ”, Mt 6:7-15 (ler)


Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
A hipocrisia não é o único pecado a ser evitado na oração; as "vãs repetições", ou a falta de significado, a oração mecânica é o outro. O primeiro é a tolice dos fariseus, o último, a dos gentios ou pagãos (v. 7). A hipocrisia ê um abuso do propósito da oração, desviando-a da glória de Deus para a glória do ego; a verbosidade é um abuso da própria natureza da oração, rebaixando-a de um real e pessoal acesso a Deus a uma mera recitação de palavras.
Na prática da oração em particular, Jesus contrasta neste trecho do Sermão do Monte, o modo pagão da característica sem significado com a maneira cristã, a comunhão significativa com Deus.
Não useis de vãs repetições, como os gentios, diz ele (v. 7). Battalogeõ (vâ repetições) no grego pode ser traduzido "Não fiquem tagarelando como os pagãos e ai, Jesus condena a verbosidade, especialmente daqueles que "falam sem pensar".331 Isto quer dizer: "não amontoem palavras vazias". A palavra descreve toda e qualquer oração que só contenha palavras e nenhum significado, que só venha dos lábios e não do pensamento ou do coração.
Por falar em oração, parece que a condenação de nosso Senhor certamente inclui a reza com o rosário, com o qual nada acontece além do manejar das contas e do recitar de palavras, sendo que o rosário antes distrai do que faz a pessoa se concentrar na oração.
Além disso, quando nos tivermos dado ao trabalho de ‘investir’ algum tempo orientando-nos na direção de Deus, lembrando-nos do que Deus é: nosso Pai pessoal, amoroso e poderoso; então o conteúdo de nossas orações será radicalmente afetado de duas formas. (1) os interesses de Deus terão prioridade ("teu nome . . ., teu reino . . ., tua vontade"); (2) nossas próprias necessidades, embora colocadas em segundo plano, serão totalmente entregues a ele ("Dá-nos . . ., perdoa-nos . . ., livra-nos . . .").




"Esquivando-se à concupiscência"!. Mt 5:27-30.


Neste recorte de Mateus, Jesus volta-se para o 7º mandamento: a proibição do adultério. Os rabinos limitavam, convenientemente, o alcance do mandamento ao ato adultério propriamente dito.
Mas Jesus ensinou diferente. Ele estendeu as implicações da proibição divina incluíndo o olhar concupiscente e a imaginação. Pode-se adulterar nos corações ou mentes. Na verdade, (v. 28) qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela. O ensinamento de Jesus aqui referem-se ao sexo ilegal fora do casamento, praticado por pessoas casadas ou solteiras. Ele não proíbe olhar para uma mulher, mas, sim, de fazê-lo concupiscentemente. Todos sabemos a diferença que há entre o olhar e o cobiçar.
Então, olhar concupiscentemente é cometer adultério no coração, pois é o resultado do adultério dos olhos (os olhos do coração sendo estimulados pelos olhos da carne), então a única maneira de tratar do problema é no início, isto é, no nosso olhar, ou, vs 29 e 30: Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti. . . E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti. . . Literalmente? Será mesmo?
Superficialmente parece um mandamento assustador: arrancar um olho transgressor, cortar uma mão ou um pé infrator. Alguns cristãos, cujo zelo excedia grandemente a sua sabedoria, tomaram as palavras de Jesus ao pé da letra e se mutilaram. Talvez o mais conhecido exemplo seja o do mestre Orígenes de Alexandria, do terceiro século. Ele foi aos extremos do ascetismo, renunciando propriedades, alimento e até mesmo sono e, numa interpretação supra literal desta passagem e de Mateus 19:12, tornou-se realmente um eunuco. Algum tempo depois, em 325 d.C, o Concilio de Nicéia acertadamente proibiu esta prática bárbara.
A ordem de desfazer-se dos olhos, das mãos e dos pés que causam problemas é um exemplo do uso dramático que o nosso Senhor fazia das figuras de linguagem. O que ele pretendia não era uma automutilação literal física, mas uma abnegação moral sem concessões. Não mutilação, mas mortificação, é o caminho da santidade que ele ensinou; e "mortificação" ou "tomar a cruz" para seguir a Cristo significa rejeitar as práticas do pecado com tal resolução que ou morremos para elas ou as condenamos à morte.
"Se o seu olho o faz pecar porque a tentação o assola através dos seus olhos (os objetos que você vê), então arranque os seus olhos. Isto é, não olhe! Comporte-se como se você realmente tivesse arrancado os seus olhos e os tivesse jogado fora, e estivesse agora cego e sem poder ver os objetos que anteriormente o levavam a pecar. Repito, se a sua mão ou o seu pé o fazem pecar, porque a tentação o assola através de suas mãos (coisas que você faz) ou de seus pés (lugares que você visita), então corte-os fora. Isto é: não faça! Não vá! Comporte-se como se na realidade você tivesse cortado e jogado fora seus pés e suas mãos, e estivesse agora aleijado e sem poder fazer as coisas ou visitar os lugares que anteriormente o levavam a pecar." Este é o significado de "mortificação".




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (X). Mt 5:1-12”


(Retomando e concluindo a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,). “Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os perseguidos por causa da justiça”, v.10-12 (II).
A popularidade universal está para os falsos profetas, assim como a perseguição para os verdadeiros.
A perseguição é um sinal de genuinidade, um certificado da autenticidade cristã, pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós (v. 12b). Se somos perseguidos hoje, pertencemos a uma nobre sucessão. Mas o motivo principal pelo qual deveríamos nos regozijar é porque estamos sofrendo, disse ele, por minha causa (v.) 11), por causa de nossa lealdade para com ele e para com os seus padrões de verdade e de justiça.
As bem-aventuranças pintam um retrato compreensivo do discípulo cristão. Primeiro, vemo-lo de joelhos diante de Deus, reconhecendo sua pobreza espiritual e chorando por causa dela. Isto o torna manso ou gentil em todos os seus relacionamentos, considerando que a honestidade o compele a permitir que os outros pensem dele aquilo que, diante de Deus, já confessou. Mas longe dele aquiescer em seu pecado, pois ele tem fome e sede de justiça; anseia crescer na graça e na bondade.
Certamente os apóstolos aprenderam esta lição muito bem, pois, tendo sido açoitados pelo Sinédrio, "eles se retiraram . . . regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome" (At 5:41). Eles sabiam, assim como nós devemos saber, que "ferimentos e contusões são medalhas de honra”, diz Calvino.
O mundo considera bem-aventurados os ricos, não os pobres, tanto na esfera material como na espiritual; os despreocupados e folgazões, não aqueles que consideram o mal com tanta seriedade que choram por causa dele; os fortes e impetuosos, não os mansos e gentis; os saciados, não os famintos; aqueles que cuidam de sua própria vida, não aqueles que se envolvem nos assuntos dos outros e se ocupam em fazer o bem, "demonstrando misericórdia" e "fazendo a paz"; aqueles que alcançam seus propósitos, mesmo apelando para meios escusos, e não os limpos de coração, que se recusam a comprometer sua integridade; aqueles que são confiantes e populares e que vivem sossegados, não aqueles que têm de sofrer perseguição.




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (IX). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,). “Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os perseguidos por causa da justiça”, v.10-12 (I). Nem todas as tentativas de reconciliação têm sucesso. Na verdade, alguns tomam a iniciativa de opor-se a nós e, particularmente, de nos injuriar e perseguir. Não por causa de nossas fraquezas ou idiossincrasias, mas "por causa da justiça" (v. 10) e "por minha causa" (v. 11), isto é, porque não gostam da justiça, da qual sentimos fome e sede (v. 6), e porque rejeitaram o Cristo que procuramos seguir.
A perseguição é simplesmente o conflito entre dois sistemas de valores irreconciliáveis. Como Jesus esperava que os seus discípulos reagissem diante da perseguição? O v. 12 diz: Regozijai-vos e exultai! Não devemos nos vingar como o incrédulo, nem ficar de mau humor como uma criança, nem lamber nossas feridas em autopiedade como um cão, nem simplesmente sorrir e suportar tudo como um estoico, e muito menos fazer de conta que gostamos disso como um masoquista. Então, como agir? Devemos nos regozijar como um cristão, e até mesmo "pular de alegria" (Lc 6:23) Por quê? Em parte porque, Jesus acrescentou, é grande o vosso galardão nos céus (12a). Podemos perder tudo aqui na terra, mas herdaremos tudo nos céus, não como uma recompensa meritória, mas porque "a promessa da recompensa é gratuita" (Lc 6:23).
É importante notar que esta referência à perseguição é uma bem-aventurança como as demais. Na verdade, tem o privilégio de ser uma bem-aventurança dupla, pois Jesus primeiro declarou-a na terceira pessoa como as outras sete (Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, v. 10) e, então, repetiu-a na oração direta da segunda pessoa (Bem-aventurados sois quando.... vos injuriarem e vos perseguirem... v. 11).
Considerando que todas as bem-aventuranças descrevem o que cada discípulo cristão deve ser, concluímos que a condição de ser desprezado e rejeitado, injuriado e perseguido, é um sinal do discipulado cristão, da mesma forma que um coração puro ou misericordioso. Cada cristão deve ser um pacificador, e cada cristão deve esperar oposição. O sofrimento é, pois, a característica dos seguidores de Cristo. O discípulo não está acima do seu mestre. O discipulado é "passio passiva", e, o sofrimento é obrigatório.
(Conclui no próx)




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (VIII). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,). “Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os pacificadores”, v.9
Cada cristão, de acordo com esta bem-aventurança, tem de ser um pacificador, tanto na igreja como na sociedade. É mais do que explícito, através dos ensinamentos de Jesus a seus apóstolos, que jamais deveríamos nós mesmos procurar o conflito ou ser responsáveis por ele. Pelo contrário, somos chamados para pacificar, devemos ativamente "buscar" a paz, "seguir a paz com todos" e, até onde depender de nós, "ter paz com todos os homens" (1 Co 7:15; Pe 3:11; Hb 12:14; Rm 12:18).
A pacificação é uma obra divina, pois paz significa reconciliação, e Deus é o autor da paz e da reconciliação. Na verdade, exatamente o mesmo verbo que foi usado nesta bem-aventurança o apóstolo Paulo aplicou ao que Deus fez através de Cristo. Através de Cristo, Deus se agradou em "reconciliar consigo mesmo todas as cousas", "havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz". E o propósito de Cristo foi "que dos dois (sc. judeu e gentio) criasse em si mesmo novo homem, fazendo a paz". (Cl 1:20; Ef 2:15).
Portanto, quase não nos surpreende que a bênção particularmente associada aos pacificadores é que eles "serão chamados filhos de Deus", pois estão procurando fazer o que seu Pai fez, amando as pessoas com o amor dele, como Jesus logo tornaria explícito. (Mt 5:44,45). O diabo é que é agitador; Deus ama a reconciliação e, através dos seus filhos, tal como fez antes através do seu Filho unigênito, está inclinado a fazer a paz.
Jesus orou pela união do seu povo. Ele também orou que fossem guardados do mal e na verdade. Não temos nenhuma ordem de Cristo para buscarmos a união sem a pureza, pureza de doutrina e de conduta. Havendo uma coisa tal como a "união barata", também há a "evangelização barata", isto ê, a proclamação do evangelho sem o custo do discipulado, a exigência da fé sem o arrependimento. São atalhos proibidos. Transformam o evangelista em um fraudulento. Degradam o evangelho e prejudicam a causa de Cristo.
(Prossegue no próx.)




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (VII). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
“Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os limpos de coração”, v.8
Fica imediatamente óbvio que as palavras "de coração" indicam a que espécie de pureza Jesus se refere, assim como as palavras "de espírito" indicam o tipo de humildade que ele tinha em mente. Os "humildes de espírito" são os espiritualmente pobres, que diferem daqueles cuja pobreza é apenas material.
A interpretação popular considera a pureza de coração como uma expressão de pureza interior, a qualidade daqueles que foram purificados da imundície moral, em oposição à imundície cerimonial. E temos bons antecedentes bíblicos acerca disso, especialmente nos Salmos. Sabe-se que ninguém podia subir ao monte do Senhor ou ficar no seu santo lugar se não fosse "limpo de mãos e puro de coração". Por isso Davi, consciente de que o seu Senhor desejava "a verdade no íntimo", orou: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável" (Sl 24:3,4; 51:6,10; cf. Sl 73:1; At 15:9; 1 Tm 1:5. ).
Jesus adotou este tema na sua controvérsia com os fariseus e queixou-se da obsessão deles pelo exterior e pela pureza cerimonial: "Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade." Eles eram como "sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de hipocrisia e de iniquidade" (Lc 11:39; Mt 23:25-28.).
Lutero deu a esta diferença entre a pureza interior e a exterior uma interpretação caracteristicamente natural, contrastando a pureza de coração não só com a contaminação cerimonial, mas também com a simples sujeira física. "Cristo . . . quer um coração limpo, embora exteriormente a pessoa possa estar confinada à cozinha encardida e cheia de fuligem, fazendo toda espécie de trabalho sujo."
Esta ênfase dada ao interior e à moral, quando comparado com o exterior e cerimonial, ou com o exterior e físico. Não obstante, no contexto das outras bem-aventuranças, "pureza de coração" parece referir-se, num certo sentido, aos nossos relacionamentos.
O Professor Randolph Tasker (Profº na universidade pública de pesquisa em Londres, Reino Unido) define os limpos de coração como "os íntegros, livres da tirania e um 'eu' dividido". Neste caso, o coração limpo é o coração sincero. No Sl 24, nos versículos que citamos, a pessoa "limpa de mãos e pura de coração" é aquela "que não entrega a sua alma à falsidade (sc. um ídolo), nem jura dolosamente" (v. 4). Isto é, em seu relacionamento com Deus e com o homem, está livre de falsidade.
Portanto, os limpos de coração são os inteiramente sinceros. Toda a sua vida, pública e particular, é transparente diante de Deus e dos homens. O íntimo do seu coração, incluindo pensamentos e motivações, é puro, sem mistura de nada que seja desonesto, dissimulado ou desprezível. A hipocrisia e a fraude lhes são repugnantes, e não têm malícia. Só os limpos de coração verão a Deus (prossegue no próx.)




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (VI). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,). “Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os misericordiosos”, v.7
"Misericórdia" é compaixão pelas pessoas que passam necessidade. Aqui, Jesus não especifica as categorias de pessoas que tinha em mente e a quem os seus discípulos deveriam demonstrar misericórdia. Não indica se está pensando principalmente naqueles que foram derrotados pela desgraça, corno o viajante que ia de Jerusalém a Jericó e foi assaltado e a quem o bom samaritano "demonstrou misericórdia"; ou se pensa nos famintos, nos doentes e nos rejeitados pela sociedade, dos quais ele mesmo costumava apiedar-se; ou ainda naqueles que nos fazem mal, de modo que a Justiça clama por castigo, mas a misericórdia concede perdão.
Não havia necessidade de Jesus desenvolver o assunto. Nosso Deus é um Deus misericordioso e dá provas de misericórdia continuamente; os cidadãos do seu reino também devem demonstrar misericórdia.
O mundo prefere isolar-se da dor e da calamidade dos homens. Acha que a vingança é deliciosa e que o perdão é sem graça quando comparado a ela.
Não que possamos merecer a misericórdia através da misericórdia, ou o perdão através do perdão, mas porque não podemos receber a misericórdia e o perdão de Deus se não nos arrependermos, e não podemos proclamar que nos arrependemos de nossos pecados se não formos misericordiosos para com os pecados dos outros. Nada nos impulsiona mais ao perdão do que o maravilhoso conhecimento de que nós mesmos fomos perdoados. Nada prova mais claramente que fomos perdoados do que a nossa própria prontidão em perdoar. Perdoar e ser perdoado, demonstrar misericórdia e receber misericórdia andam indissoluvelmente juntos, como Jesus ilustrou em sua parábola do credor incompassivo.107 Ou, interpretando no contexto das bem-aventuranças, "o manso" também é "o misericordioso". Pois ser manso é reconhecer diante dos outros que nós somos pecadores; ser misericordioso é ter compaixão pelos outros, pois eles também são pecadores. (Prossegue no próx.)




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (V). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
“Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os que tem forme e sede de justiça”, v.6
Os famintos e os sedentos que Deus satisfaz são aqueles que "têm fome e sede de justiça". Tal fome espiritual é uma característica do povo de Deus, cuja ambição suprema não é material, mas espiritual. Os cristãos não são como os pagãos, que vivem absorvidos pela busca dos bens materiais; eles se determinaram a "buscar primeiro" o reino de Deus e a sua justiça, Mt 6:33.
A justiça na Bíblia tem pelo menos três aspectos: o legal, o moral e o social. 1) A justiça legal é A justiça legal é a justificação, um relacionamento certo com Deus. Os judeus "buscavam a lei da justiça", escreveu Paulo mais tarde, mas não a alcançaram porque a buscaram pelo modo errado. Procuraram "estabelecer a sua própria" justiça e "não se sujeitaram à que vem de Deus", que é o próprio Cristo. Alguns comentaristas acham que Jesus se refere a isso, mas é provável que não, pois Jesus está se dirigindo àqueles que já lhe pertencem.
2) A justiça moral é aquela justiça de caráter e de conduta que agrada a Deus. Jesus prossegue, depois das bem-aventuranças, contrastando essa justiça cristã com a do fariseu. Esta última era uma conformidade exterior às regras; a primeira é uma justiça interior, do coração, da mente e das motivações. É desta que devemos sentir fome e sede.
É um erro, entretanto, supor que a palavra bíblica "justiça" significa apenas um relacionamento correto com Deus, de um lado, e uma justiça moral de caráter e conduta, do outro. Pois a justiça bíblica é mais do que um assunto particular e pessoal; inclui também a justiça social.
3) E a justiça social, conforme aprendemos na lei e nos profetas, refere-se à busca pela libertação do homem da opressão, junto com a promoção dos direitos civis, da justiça nos tribunais, da integridade nos negócios e da honra no lar e nos relacionamentos familiares. Assim, os cristãos estão empenhados em sentir fome de justiça em toda a comunidade humana para agradar a um Deus justo.
Deus prometeu um dia de juízo, em que a justiça triunfará e a injustiça será derrotada, e após o qual haverá "novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (2Pe3:13). Por esta vindicação final da justiça também aspiramos e não seremos desapontados. (Prossegue na próxima Pastoral )




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (IV). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
“Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os mansos”, v.5
O adjetivo grego praüs significa "gentil", "humilde", "atencioso", "cortês" e, portanto, o que exerce autocontrole, sem o qual estas qualidades seriam impossíveis. Embora imediatamente recuemos ante a imagem de nosso Senhor quando intitulado "Jesus, suave e meigo", porque evoca uma figura fraca e efeminada, ele mesmo descreveu-se como "manso (praüs) e humilde de coração"; e Paulo falou de sua "mansidão e benignidade". (Mt 11:29; 2Co 10:1; cf Zc9:9)
Portanto, linguisticamente falando, podemos parafrasear esta bem-aventurança dizendo: "aqueles que têm um espírito gentil".
Mas que espécie de gentileza é esta, para que seus possuidores sejam declarados bem-aventurados? O Dr. Lloyd-Jones resume isso admiravelmente: "A mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na conduta para com os outros . . . O homem verdadeiramente manso é aquele que fica realmente pasmo ante o fato de Deus e os homens poderem pensar dele tão bem quanto pensam, e de que o tratem tão bem. Isto o torna gentil, humilde, sensível, paciente em todos os seus relacionamentos com os outros.
Essas pessoas "mansas", Jesus acrescentou, "herdarão a terra". Era de se esperar o contrário. Achamos que as pessoas "mansas" nada conseguem porque são ignoradas por todos, ou, então, tratadas com descortesia ou desprezo. São os valentões, os arrogantes, que vencem na luta pela existência; os covardes são derrotados. Até mesmo os filhos de Israel tiveram de lutar por sua herança, embora o Senhor seu Deus lhes desse a terra prometida. Mas a condição pela qual tomamos posse de nossa herança espiritual em Cristo não é a força, mas a mansidão, pois, conforme já vimos, tudo é nosso se somos de Cristo.
Era esta a confiança dos homens de Deus, santos e humildes, no VT, quando os perversos pareciam triunfar.
Neste Natal, reunidos em família estendida (pais, tios, avós, primos, etc) ou nuclear (pais e filhos) essa talvez seja a característica que precisamos aprender a desenvolver: a mansidão, ou a humildade, a gentileza, a atenção, a cortesia e isso no nosso jeitão de falar, agir e se comportar. (prossegue nos próximos boletins)
Feliz, próspero e bem-sucedido Natal a um novo ano a todos e que Deus nos abençoe, rica, graciosa e poderosamente.




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (III). Mt 5:1-12”


(Retomando a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
“Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os que choram”, v.4
Quase que se poderia traduzir esta segunda bem-aventurança por "Felizes os infelizes", a fim de chamar a atenção para o surpreendente paradoxo que contém. Que espécie de tristeza é essa que pode produzir a alegria da bênção de Cristo naqueles que a sentem? Está claro no contexto que aqueles que receberam a promessa do consolo não são, em primeiro lugar, os que choram a perda de uma pessoa querida, mas aqueles que choram a perda de sua inocência, de sua justiça, de seu respeito próprio. Cristo não se refere à tristeza do luto, mas à tristeza do arrependimento.
Este é o segundo estágio da bênção espiritual. Uma coisa é ser espiritualmente pobre e reconhecê-lo; outra é entristecer-se e chorar por causa disto. Ou, numa linguagem mais teológica, confissão é uma coisa, contrição é outra.
Precisamos, então, notar que a vida cristã, de acordo com Jesus, não é só alegria e risos. A verdade é que existem lágrimas cristãs e são poucos os que as vertem.
Jesus chorou pelos pecados de outros, pelas amargas conseqüências que trariam no juízo e na morte, e pela cidade impenitente que não o receberia. Nós também deveríamos chorar mais pela maldade do mundo, como os homens piedosos dos tempos bíblicos.
Não são apenas os pecados dos outros que deveriam nos levar às lágrimas, pois temos os nossos próprios pecados para chorar. Ou será que eles nunca nos entristeceram? Será que Thomas Cranmer exagerou quando, num culto comemorando a Ceia do Senhor, em 1662, colocou nos lábios das pessoas da igreja as palavras: "Reconhecemos e lamentamos nossos múltiplos pecados e maldades"? Será que Esdras errou quando orava fazendo confissão, "chorando prostrado diante da casa de Deus"? *Ed 10:1) Será que Paulo errou ao gemer: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" e quando escreveu à pecadora igreja de Corinto: "Não chegastes a lamentar?" (Rm 7:24; 1 Co5:2; cf. 2 Co 12:21.)
Não existe suficiente tristeza por causa do pecado entre nós. "O maior de todos os consolos é a absolvição enunciada sobre cada pecador contrito que chora." "Consolação" de acordo com os profetas do Velho Testamento, seria uma das missões do Messias. Ele seria "o Consolador" que curaria "os quebrantados de coração", (Is 61:1; cf. 40:1). Por isso, homens piedosos como Simeão esperavam ansiosos "a consolação de Israel", (Lc 2:25).
E Cristo derrama óleo sobre nossas feridas e concede paz às nossas consciências magoadas e marcadas. Mas ainda choramos pela devastação do sofrimento e da morte que o pecado alastra pelo mundo inteiro! Só no estado final de glória o consolo de Cristo será completo, pois só então o pecado não existirá mais e "Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima", (Ap 7:17). (Prossegue na próxima Pastoral)




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (II). Mt 5:1-12”


(Continuação da Pastoral anterior sobre a leitura do livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott,)
“Bem-aventurados (prósperos, bem-sucedidos, felizes) os humildes de espírito”, v.3
O VT fornece os antecedentes necessários para a interpretação desta bem-aventurança. No princípio, ser "pobre" significava passar necessidades literalmente materiais. Mas, gradualmente, porque os necessitados não tinham outro refúgio a não ser Deus, a "pobreza" recebeu nuances espirituais e passou a ser identificada como uma humilde dependência de Deus. Por isso o salmista intitulou-se "este aflito" que clamou a Deus em sua necessidade, "e o Senhor o ouviu, e o livrou de todas as suas tribulações".
O "aflito" (homem pobre) no VT é aquele que sofre e não tem capacidade de salvar-se por si mesmo e que, por isso, busca a salvação de Deus, reconhecendo que não tem direito à mesma. Esta espécie de pobreza espiritual foi especialmente elogiada em Is 41:17,18 (ler). São "os aflitos e necessitados", que "buscam águas, e não as há", cuja "língua se seca de sede", aos quais Deus promete abrir "rios nos altos desnudos, fontes no meio dos vales" e tornar "o deserto em açudes de águas, e a terra seca em mananciais".
O "pobre" também foi descrito como "o contrito e abatido de espírito", para quem Deus olha (embora seja "o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo"), e com quem se deleita em habitar, Is57:15; 66:l,2
É para esse que o ungido do Senhor proclamaria as boas novas da salvação, uma profecia que Jesus conscientemente cumpriu na sinagoga de Nazaré: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas-novas aos quebrantados", Is 61:1; Lc 4:18; cf. Mt 11:5.
Mais ainda, os ricos inclinavam-se a transigir com o paganismo que os rodeava; eram os pobres que permaneciam fiéis a Deus. Por isso, a riqueza e o mundanismo, bem como a pobreza e a piedade, andavam juntas.
Assim, ser "humilde (pobre) de espírito" é reconhecer nossa pobreza espiritual ou, falando claramente, a nossa falência espiritual diante de Deus, pois somos pecadores, sob a santa ira de Deus, e nada merecemos além do juízo de Deus. Nada temos a oferecer, nada a reivindicar, nada com que comprar o favor dos céus.
Nosso lugar é ao lado do publicano da parábola de Jesus, clamando com os olhos baixos: "Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" Como Calvino escreveu: "Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito." Esses, e tão somente esses, recebem o reino de Deus. Pois o reino de Deus que produz salvação é um dom tão absolutamente de graça quanto imerecido.
Jesus contradisse todos os juízos humanos e todas as expectativas nacionalistas do reino de Deus. O reino é concedido ao pobre, não ao rico; ao frágil, não ao poderoso; às criancinhas bastante humildes para aceitá-lo, não aos soldados que se vangloriam de poder obtê-lo através de sua própria bravura. (prossegue na próxima Pastoral)




“Pensando um pouco sobre o Sermão do Monte (I). Mt 5:1-12”


Lendo o livro “Contracultura Cristã” de John. R. W. Stott, deparei-me com algumas ideias desenvolvidos sobre o Sermão do Monte que entendi serem oportunas adaptá-las para o presente boletim.
As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do povo cristão. Não existem oito grupos separados e distintos de discípulos, alguns dos quais são mansos, enquanto outros são misericordiosos e outros, ainda, chamados para suportarem perseguições. São, antes, oito qualidades do mesmo grupo de pessoas que, ao mesmo tempo, são mansas e misericordiosas, humildes de espírito e limpas de coração, choram e têm fome, são pacificadoras e perseguidas.
Além disso, o grupo que exibe estes sinais não é um conjunto elitista, uma pequena aristocracia espiritual distante da maioria dos cristãos. Pelo contrário, as bem-aventuranças são especificações dadas pelo próprio Cristo quanto ao que cada cristão deveria ser. Todas estas qualidades devem caracterizar todos os seus discípulos.
A pobreza e a fome a que Jesus se refere nas bem-aventuranças são condições espirituais. São "os humildes (pobres) de espírito" e aqueles que "têm fome e sede de justiça" que ele declara bem-aventurados. E podemos certamente deduzir disso que as outras qualidades por ele mencionadas também são espirituais.
Exatamente como as oito qualidades descrevem cada cristão (pelo menos em ideal), da mesma forma as oito bênçãos são concedidas a cada cristão. É verdade que a bênção específica prometida em cada caso é apropriada à qualidade particularmente mencionada. Ao mesmo tempo, é totalmente impossível herdar o reino dos céus sem herdar a terra, ser consolado sem ser satisfeito ou ver a Deus sem alcançar sua misericórdia e ser chamado seu filho. As oito qualidades juntas constituem as responsabilidades; e as oito bênçãos, os privilégios, a condição de cidadão do reino de Deus.
Estas bênçãos são para o presente ou para o futuro? Podemos alcançar misericórdia e consolo agora, podemos nos tornar filhos de Deus agora e podemos, nesta vida, ter a nossa fome satisfeita e a nossa sede mitigada. Jesus prometeu todas estas bênçãos a seus discípulos aqui e agora. A promessa de que "verão a Deus" pode parecer uma referência à "visão beatífica" final, e sem dúvida a inclui.
Mas nós já começamos a ver Deus nesta vida, na pessoa do seu Cristo e com a visão espiritual. Já começamos a "herdar a terra" nesta vida, considerando que, se somos de Cristo, todas as coisas já são nossas, "seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as cousas presentes, sejam as futuras".
Portanto, as promessas de Jesus nas bem-aventuranças têm cumprimento presente e futuro. Desfrutamos agora das primícias; a colheita propriamente dita ainda está por vir.
(continua na próxima Pastoral).




“(3) O ACASO VAI ME.... x Isaias 41:10”


(Conclusão das Pastorais anteriores). Como os autores bíblicos concebiam o mundo, a História e os acontecimentos?
Os discípulos de Jesus, autores do NT, tinham exatamente a noção de que nada ocorre por acaso: O local do nascimento de Jesus (Mt 2:5-6), a fuga para o Egito (v. 15), a mudança para Nazaré (v. 23), os milagres (Mt 8:16-17), a traição (Jo 17:12), o sofrimento e a morte na cruz (At 3:18), incluindo-se os detalhes da crueldade com que o trataram, como a ingestão de vinagre (Jo 19:28-29), a destruição da túnica (v. 24) e a perfuração do corpo por uma lança (v. 34-37). E mais: cerca de 600 anos antes de sua ocorrência, esses fatos foram revelados por Deus aos profetas de Israel.
Além dos fatos ocorridos com Jesus, também aqueles que cercaram o nascimento da Igreja cristã foram estabelecidos por Deus: A substituição de Judas (At 1:16-26), o dia de Pentecostes (2:14-17), a rejeição de Israel (13:40-46), a inclusão dos gentios na Igreja (15:15-20): tudo fora determinado por Deus e previsto nas Escrituras pelos profetas. Veja a quantidade de vezes que Atos dos Apóstolos informa que a história de Cristo e da Igreja havia sido designada por Deus e anunciada pelos profetas: 3:18,21-25; 10:43; 13:27,40; 18:28; 26:22.
Nas cartas que escreveram às igrejas, os autores do NT jamais ensinaram aos crentes que as coisas acontecem por acaso. Ao contrário, eles instruíram que a própria conversão era resultado da vontade divina. Os cristãos foram predestinados (Rm 8:29-30; Ef 1:5,11), escolhidos antes da fundação do mundo (Ef 1:4). Somos orientados a buscar a vontade de Deus, submeter-nos a ela e entender que os desígnios divinos controlam a História (Rm 12:2; Ef 6:6; Cl 4:12; 1Ts 5:18; Hb 10:36). Até mesmo o sofrimento por causa do evangelho é visto como propósito do Pai (1Pe 3:17; 4:19). Os primeiros cristãos foram ensinados a reconhecer uma santa
conspiração divina em tudo que lhes acontece (Rm 8:28), a ponto de serem exortados a dar graças em tudo (1Ts 5:18). Foram aconselhados a dizer sempre: “Se o Senhor quiser, [...] faremos isto ou aquilo” (Tg 4:15). Paulo afirmava que, se fosse intenção divina, ele visitaria este ou aquele local (Rm 1:10; 15:32), e começava suas cartas declarando que fora chamado para ser apóstolo pela vontade de Deus (1Co 1:1; Ef 1:1; Cl 1:1; 2Tm 1:1).
Os cristãos são encorajados a enfrentar firmes as provações e tentações, pois Deus não permitirá que sejam provados além de suas forças (1Co 10:13). Eles devem sofrer com paciência, em plena confiança de que o Deus que está no controle de todas as coisas lhes dá a vida eterna e que ninguém poderá arrancá-los das mãos do Pai. Os crentes são consolados com a certeza de que Deus haverá de cumprir todas as suas promessas, e que há um final feliz para todos os que confiam no Pai e creem em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador. O acaso vai? Não, não vai.




“(2) O ACASO VAI ME.... x Isaias 41:10”


(continuação do Artigo anterior). Como os autores bíblicos concebiam o mundo, a História e os acontecimentos?
Nenhum conhecedor da Bíblia terá dúvidas quanto à resposta. Os judeus, ao contrário de seus vizinhos pagãos, não acreditavam em sorte, azar, acaso, acidente ou contingências. Eram os filisteus, e não os israelitas, que afirmavam que as coisas podiam acontecer ao acaso (1Sm 6.9). Para os judeus, Deus traçara planos para os homens e as nações, e o cumprimento desses planos era inevitável. Os propósitos divinos não poderiam ser frustrados por homem nenhum (Jó 42:2; Pv 19:21; Is 14:27; 43:13; 46:10-11), e os acontecimentos estavam tão inexoravelmente determinados que Deus dava conhecimento deles de antemão, por intermédio dos profetas.
Os autores do AT sempre descrevem eventos aparentemente fortuitos como meios pelos quais Deus realizou seu propósito: O amalequita que vagueava por acaso nos montes de Gilboa foi o que encontrou e matou o agonizante Saul, cumprindo, assim, a determinação do Senhor de castigar o rei por ter consultado a pitonisa (2Sm 1:6-10; 1Cr 10:13). O arqueiro que atirou sua flecha ao acaso durante uma batalha acabou atingindo o rei de Israel e, dessa forma, cumpriu-se a predição sobre a morte do monarca (2Cr 18:33). A tempestade que atingiu o navio em que Jonas fugia para Társis não foi mera contingência, mas resultado da ação divina para que o profeta chegasse a Nínive (Jn 1:4). Dezenas de outras passagens ilustram que, para os autores do AT, nada acontecia por acaso, nem mesmo as pequenas coisas.
A análise bíblica permite concluir que a hipótese de um mundo onde as coisas acontecem ao acaso, acidentalmente, sem propósito, é completamente estranha à cosmovisão judaica.
Para Jesus, até mesmo os aspectos mais insignificantes da vida, como o número de cabelos da nossa cabeça (Mt 10:30), e corriqueiras, como a morte de pardais (v. 29), estão sob o controle da vontade de Deus.
Jesus se referiu à vontade e ao plano divinos inúmeras vezes, como fez ao ensinar aos discípulos que tinha vindo ao mundo para morrer na cruz e depois ressuscitaria (Mt 17:22-23). (Conclui no próximo Artigo).




“(1) O ACASO VAI ME.... x Isaias 41:10”


Certa parte da música “Epitáfio” dos Titãs (2002) diz “O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído, o acaso vai me proteger enquanto eu andar”. Isso dá a entender que o acaso ou um fato, um acontecimento casual, incerto ou imprevisível; a casualidade ou a eventualidade me protegerá, cuidará de mim, me preservará. Isso contrasta radicalmente com Is 41:10 “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”
Lendo um Artigo escrito pelo Rev. Augusto Nicodemos Lopes, deparei-me com algumas ideias que, por julgá-las oportunas, decide adaptá-las para este boletim e também para os dois próximos.
Será que tudo que nos acontece é por acaso? As circunstâncias pelas quais passamos, sejam elas boas ou ruins, ocorrem acidentalmente, de maneira aleatória, sem que haja uma finalidade? O acaso de fato node nos protegar?
Quem pensa assim acha que Deus não determinou, não decretou nem planejou absolutamente nada com relação aos seres humanos. Não há previsões para a humanidade: nem quanto ao seu futuro histórico ou eterno, nem, e muito menos, quanto aos acontecimentos diários. Nada foi estabelecido por Deus, e isso vale também para eventos naturais como terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, acidentes, quedas de avião... Enfim, tudo é imprevisível; não se sabe o que há de vir, não se pode prever absolutamente nada quanto ao fim da História.
De acordo com essa linha de pensamento, Deus constrói o futuro em parceria com os seres morais que criou. O porvir é aberto, indeterminado e incognoscível.
Ou será que as coisas que nos acontecem, incluídas as de menor importância e as causadoras de terrível sofrimento, têm um propósito, ainda que na maior parte das vezes o ignoremos?
Quem pensa assim entende que Deus criou o mundo conforme um plano, uma finalidade, um projeto elaborado de acordo com sua sabedoria, justiça, santidade, misericórdia e poder. Nenhum acontecimento, nem mesmo o mais irrelevante, é aleatório e casual, mas foi previsto pelo sábio plano divino. As decisões humanas são legitimadas pelo livre-arbítrio, mas, de uma forma que não entendemos, elas acabam contribuindo para a concretização do propósito divino, sem prejuízo do fato de que Deus jamais promove o pecado. Tudo o que ocorre, bom ou ruim, é coerente com o intento concebido antes da fundação do mundo. (Continua nas próximas Pastorais)




O preço de se Relacionar com Deus – Sl 132:3-5


“Não entrarei pela porta de minha casa, nem subirei sobre o leito de minha cama; não darei sonho a meus olhos, nem a minhas pálpebras adormecerão, até encontrar lugar para Jeová, e morada para o Forte de Jacó”
Engana-se tremendamente quem pensa que, pelo fato de Jesus, na cruz, ter pago com sua vida nosso resgate do pecado e com isso e por isso nos ter remido tornando-nos filhos de Deus por adoção (Jo 1:12) e que, conforme Hb 10:14 “Assim, com um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre aqueles que estão sendo purificados” não há nenhum preço nosso a ser pago
No Salmo destacado, fica muito claro que SIM, há um preço, e pessoal, a ser pago para que a pessoa se relacione com Deus. No texto, Davi “fala sobre seu comprometimento e compromisso” de não descansar enquanto não proporcionar um “uma morada, uma habitação” para Deus.
Pensemos à luz de 1Co 3:16 que somos o “templo” do Senhor na pessoa de seu Espírito Santo e exatamente por isso, responsáveis por manter esse templo do Espírito, ou a nós mesmos, sempre limpos (santificados) afinal, Deus não habita em templo sujo, imundo. Assim, a santificação é o 1º preço,
Pensemos também em Lc 9:23 “Jesus dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Dois fatos aqui de acordo com o comentário bíblico de Warren: (1) dizer "não" a si mesmo quando a negação vai além de recusar prazeres e posses, incluindo o ser interior e (2) é preciso tomar a cruz e seguir a Cristo diariamente Isso significa identificar-se com ele em sua entrega, sofrimento e sacrifício. É impossível crucificar a si mesmo; só o que podemos fazer é entregar o corpo (Rm 12:1, 2) e deixar Deus cuidar do resto. Então: negar-se a si mesmo e tomar a cruz são outros dois preços a serem pagos para uma pessoa se relacionar com Deus.
Pensemos ainda em Tg 4:4 “Gente infiel! Vocês não sabem que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus” o mundo aqui representa o sistema de vida carnal, descomprometido com os valores de Deus expostos em sua Palavra.
Assim Não amar a menos ainda, Não viver de acordo com o sistema deste mundo é um outro preço a ser pago pela pessoa que quer se relacionar com Deus. Ser templo limpo, negar-se a si mesmo, tomar a cruz e não andar e nem viver de acordo com os valores deste mundo são preço a serem pagos por pessoas que querem se relacionar com Deus.




O perigo de se ter o Espírito Santo sem a morte na Cruz (II): Êx 30:32



(Ainda sobre a leitura feita do livro “Reconsiderando o Odre” de Frank A. Viola).
O movimento liderado por Igrejas que promovem a experiência do Espírito antes da experiência com a Cruz, de certa forma, tem lá as suas várias e marcantes contribuições bíblicas úteis. As de maior significado são aquelas que fomentaram uma genuína fome pela presença de Deus, uma receptividade ao mesmo, uma sã combinação de teologia evangélica e carismática, e uma vasta coleção de música de adoração e de louvor.
No entanto, seu defeito básico está em super-enfatizar a experiência mística, sua tendência em colocar no trono os dons de poder bem mais do que a Jesus Cristo o Doador, e seu zeloso respaldo ao moderno sistema clerical.
Com toda franqueza, o pastor é rei nesse tipo de igreja. Conseqüentemente, os congregantes que foram verdadeiramente renovados com o vinho novo do Espírito, encontram muito pouca liberdade para funcionar plenamente em seus dons durante um típico serviço eclesial.
O ‘guruismo cristão’ é epidêmico nessas igrejas. Nesses movimentos abundam mestres, profetas e apóstolos ‘muito poderosos’ e altamente dotados, que são reverenciados como “ícones espirituais”, quase “semideuses” que se jactam em sua posição conspícua no meio de seus seguidores no clube de fanáticos.
Numa analogia, uma típica cruzada de renovação não é diferente de um concerto de ‘rock’, onde a bem anunciada celebridade efetua uma atuação espetacular e recebe os aplausos frente ao público cristão. Por exemplo é bastante comum que os membros dessas igrejas cheguem várias horas antes da função, a fim de garantir seus assentos na primeira fila para escutar o mestre itinerante em voga e que acaba de chegar ao bairro ou à cidade.
Crentes desses movimento evangélicos modernos de busca insana às vezes pelas místicas experiências, abraçaram de todo coração um fenômeno peculiar que tem pouca ou nenhuma garantia e menos ainda, base bíblica, enquanto desprezam o modelo de vida eclesial que tem abundante mérito na santa e bendita Palavra de Deus. Sole Scriptura.




O perigo de se ter o Espírito Santo sem a morte na Cruz (I): Êx 30:32



Lendo o livro “Reconsiderando o Odre” de Frank A. Viola, deparei-me com alguns dizeres que os julguei interessantíssimos e decidi adaptá-los para esta Pastoral.
Biblicamente falando, a cruz é o exclusivo fundamento do poder do Espírito Santo. Assim como o Calvário precedeu a Pentecostes, o batismo de nosso Senhor no Jordão precedeu a descida da pomba celestial, o altar do
sacrifício precedeu o fogo celestial e a rocha golpeada precedeu o fluir das águas em Horeb, da mesma maneira o poder do Espírito Santo acha seu lugar de repouso sobre o altar de uma vida crucificada.
Recordemos o mandamento do Senhor a Israel de não derramar o azeite sagrado sobre nenhuma carne (Exodo 30:32). Este mandamento é uma figura idônea que ilustra como a cruz deve suprimir a velha criação, a fim de que o Espírito vingue e opere. Ou seja, o Espírito Santo não pode tomar por conduto a carne não crucificada.
São numerosos os perigos de começar com o Espírito Santo em vez de começar com a cruz. Entre outras coisas, isso pode facilmente levar uma pessoa a uma danosa busca de poder sem caráter mudado, transformado, a uma mística experiência sem santidade, a uma desenfreada excitação psico-sensorial sem um são discernimento, e a falsificações demoníacas sem nenhuma realidade espiritual.
A este respeito, não poucos cristãos hoje em dia procuram uma renovação individual, mas desesperadamente desejando serem “tocados por Deus, muitos acabam sendo levados por novos ventos de doutrinas ou experiências fenomenológicas que sopram através das portas da igreja, sem levar em conta se isso tem ou não algum mérito bíblico ou base bíblica (Efésios 4:14).
Muito cristãos ou que se dizem cristãos, desenvolveram uma doentia dependência de experiências fenomenológicas, uma dependência que, como a de um viciado, leva-os a viajar por todas partes para obter sua próxima dose espiritual. Semelhante dependência não apenas obscurece a função das
Escrituras como também a fonte principal do sustento espiritual individual, do discernimento espiritual e da comunhão pessoal com Jesus, mas que ao mesmo tempo fomenta uma danosa (e as vezes patológica) instabilidade espiritual.




“Considerando o poder que precisamos para a obediência”


(Continuação da Pastoral anterior ainda sobre a leitura do livro “Uma vida voltada para Deus” de John Piper. Somos ordenados em termos explícitos a sermos agradecidos)
3º, focalizar a gratidão como um elemento que capacita a obediência tende a menosprezar a importância crucial da graça futura. A gratidão olha para trás, contempla a graça recebida e sente-se grata. A fé olha adiante, vê a graça prometida para o futuro e sente esperança. “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). A fé na graça futura é o poder para a obediência que preserva a agradável qualidade da obediência humana.
A obediência não consiste em recompensar a Deus e, assim, tornar a graça em comércio. A obediência resulta da confiança de que Deus nos dará mais graça — graça futura — e esta confiança magnifica os infinitos recursos do amor e do poder de Deus. “Trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co 15.10).
A graça que capacitou Paulo a trabalhar muito, em uma vida de obediência, consistia na chegada diária de novos suprimentos de graça. É nisto que a fé confia — a contínua chegada de graça. A fé contempla promessas como: “O SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Js 1.9) e, nessa confiança, a fé se aventura, em obediência, a tomar a promessa. O papel bíblico da graça passada — especialmente a cruz — é garantir a certeza de graça futura: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou [graça passada], porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas [graça futura]?” (Rm 8.32)
Confiar na graça futura é a força que capacita a obediência. Quanto mais confiamos na graça futura, tanto mais damos a Deus a oportunidade de mostrar, em nossa vida, a glória de sua inesgotável graça. Portanto, aproprie-se da promessa de graça futura e, com base nessa promessa, pratique um ato de obediência radical. Deus será poderosamente honrado.




“Considerando o poder que precisamos para a obediência”


(Ainda sobre a leitura do livro “Uma vida voltada para Deus” de John Piper). A gratidão é uma emoção saudável para a adoração, mas é um motivo perigoso para a obediência. Somos ordenados em termos explícitos a sermos agradecidos: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração... e sede agradecidos” (Cl 3:15). “Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5:18). Como podemos não ser agradecidos quando devemos tudo a Deus? Mas, no que concerne à obediência, a gratidão é um motivo perigoso. Tende a se expressar em termos de dívida — ou no que às vezes chamo de ética de devedor. Por exemplo: “Veja o quanto Deus tem feito por você. Motivado por gratidão, você não deveria fazer muito por Ele?” Ou: “Devemos a Deus tudo o que temos e somos. O que temos feito por Ele, em retribuição?” Encontro, pelo menos, três problemas nesse tipo de motivação.
1º É impossível pagarmos a Deus por toda a graça que Ele nos tem dado. Não podemos nem mesmo começar a pagar-Lhe, visto que Rm 11:35-36 afirma: “Quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? [Resposta: ninguém.] Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente”. Não podemos restituir a Deus porque Ele já possui tudo o que temos para lhe dar.
2º Ainda que fôssemos bem-sucedidos em compensar a Deus por todas as suas graças para conosco, seríamos bem-sucedidos apenas em tornar a graça uma transação comercial. Se pudéssemos pagar-Lhe, a graça não seria graça. “Ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida” (Rm 4.4). Se tentássemos negociar com Deus, anularíamos a graça. Se os amigos tentam mostrar-lhe um favor especial, de amor, convidando-o para jantar, e, ao fim da noite você diz que os recompensará, recebendo-os na próxima semana, você anula a graça de seus amigos e a transforma em comércio. Deus não gosta de ter sua graça anulada. Ele gosta de têla glorificada (Ef 1.6, 12, 14).
(continua na próxima Pastoral, n.º 85)




“Pensamentos sobre como conhecer a vontade de Deus”


(Continuação da Pastoral anterior, n.º 82, ainda sobre o livro “Uma vida voltada para Deus” de John Piper - “quatro métodos que Deus usa para guiar o Seu povo em Sua vontade” e os apresenta, a todos, com palavras iniciadas com a letra “D).
4º Declaração. Este é o menos comum dos métodos de Deus em guiar-nos. Ele simplesmente declara o que devemos fazer. Por exemplo, de acordo com Atos 8.26, “um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza”. E, de acordo com At 8.29, “disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o”. Observemos três implicações:
1) devemos confiar nos decretos de Deus, pois eles sempre serão bons para nós, se amamos a Deus e fomos chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). Isto remove a preocupação de nossa vida e nos coloca em paz, quando buscamos ser guiados pela direção, discernimento e declaração do Senhor.
2) existe a implicação de que o guiar de Deus por decreto pode realizar atos contrários ao seu guiar por direção, discernimento ou declaração. Em outras palavras, Ele direciona: “Não matarás”, mas, específica e objetivamente, decreta o sacrifício de seu próprio Filho (At 4.28). Não é um paradoxo, mas, um mistério, pois abrange um realizar do Plano maior de Deus para a salvação do perdido pecador
3) Finalmente, a nossa confiança de que estamos seguindo, com exatidão, os passos de Deus, em cada um destes métodos de guiar, aumenta quando nos movemos do início ao fim desta lista. Dentre todos os métodos pelos quais Deus nos guia, as declarações de Deus percebidas subjetivamente são as menos comuns e as mais facilmente abusadas. A nossa confiança de que temos conhecido a vontade de Deus neste método não será tão grande quanto nos outros que se relacionam diretamente com a Palavra escrita de Deus. Discernir o que fazer com base em um princípio bíblico, quando não temos um mandamento específico para tomarmos a decisão exata, produzirá menos confiança do que quando temos uma direção explícita na Bíblia. E a verdade de que Deus é soberano e controla todas as coisas é a confiança que serve de alicerce para todos os outros métodos. E confiança em Deus é um bom lugar para descansarmos.




“Pensamentos sobre como conhecer a vontade de Deus”


Lendo o livro “Uma vida voltada para Deus” de John Piper, deparei-me com um trecho cujos dizeres chamaram-me a atenção e decide adaptá-los para esta Pastoral. Piper diz que vê pelo menos “quatro métodos que Deus usa para guiar o Seu povo em Sua vontade” e os apresenta, a todos, com palavras iniciadas com a letra “D”:
1º Decreto. Deus decreta e planeja soberanamente circunstâncias que nos levam aonde Ele deseja que estejamos, ainda que não tenhamos parte consciente em chegarmos lá. Ex.: Silas e Paulo estiveram na cadeia, e o resultado foi a salvação do carcereiro e de sua família (At 16.24-34). Este era o plano de Deus, não o de Paulo. Deus faz isso constantemente, ou, nos coloca em lugares nos quais não planejamos nem decidimos ir ou estar. É assim que o decreto divino nos guia. O decreto de Deus é único acima dos outros métodos, porque os inclui (visto que Deus decreta a inclusão de todas as nossas resoluções) e porque o decreto sempre se cumpre (pois nenhum dos planos de Deus “pode ser frustrado” — Jó 42.2).
2º Direção. Isto é apenas o que Deus faz por nós ao dar-nos os mandamentos e ensinos da Bíblia. Estes mandamentos e ensinos da Bíblia nos direcionam especificamente quanto ao que fazer e não fazer. Os Dez Mandamentos são um exemplo. “Não roubarás. Não matarás. Não mentirás. O Sermão da Montanha é outro exemplo: amai os vossos inimigos”. As epístolas são outro exemplo: “enchei-vos do Espírito; revesti-vos de humildade”. É assim que esse método nos guia. Deus revela direções na Bíblia, Sua Santa e Bendita Palavra.
3º Discernimento. A maioria das decisões que fazemos não são descritas especificamente na Bíblia. O discernimento é a maneira como seguimos a direção de Deus através do processo de aplicação espiritualmente sensível da verdade bíblica aos aspectos específicos de nossa situação. Rm 12:2 descreve isto: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Neste caso, Deus não declara uma palavra específica sobre o que fazermos, mas o Espírito Santo molda a mente e o coração, por meio da Palavra e da oração, para que tenhamos inclinações para aquilo que mais glorificaria a Deus e ajudaria os outros. (continua na próxima Pastoral)




Por que Deus Criou as Famílias 2? Considerando a revelação de Deu


(Continuação e "conclusão" da Pastoral anterior, nº 80 - 6 razões bíblicas que explicam por que Deus fez as coisas à sua maneira.)
4. Deus criou famílias com pais e bebês que têm de crescer para que os pais e todos nós pudéssemos aprender que a fé é semelhante a tornar-se uma criança. “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mt 18.3-4). As famílias revelam não somente como Deus se relaciona conosco na amável provisão, autoridade, força e orientação dos pais, mas também como devemos nos relacionar com Ele na dependência feliz e completa que uma criancinha demonstra para com seus pais.
5. Deus estabeleceu as famílias para que estas transmitam a verdade dEle e a nossa fé, de uma geração para outra. “Vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4). “Ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança” (Sl 78.5-7). 6. Deus criou as famílias para revelar a maneira como os membros da igreja devem se relacionar uns com os outros, ou seja, como uma família de irmãos, irmãs, mães e pais. “Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza” (1 Tm 5.1-2). Paulo chamava constantemente os outros crentes de “irmãos” e “irmãs”. No reino vindouro, não haverá casamentos ou geração de filhos. “Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu” (Mt 22.30). A família, como a conhecemos agora, pode até ser mudada, mas no tempo presente, ela existe para revelar Deus ao mundo e elucidar relacionamentos no corpo de Cristo que permanecerão para sempre.




Por que Deus Criou as Famílias 1? Considerando a revelação de Deus (1)


Por que Deus criou as famílias? Uma resposta óbvia para esta pergunta é que as famílias existem para cumprir o propósito de multiplicarem as pessoas e encherem a terra. Foi isso que Deus ordenou a Adão e Eva, no princípio: “Multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1.28). Mas essa não é uma resposta suficiente, porque Deus poderia ter criado os seres humanos com a capacidade de se reproduzirem como os vermes da terra. Ele poderia ter pulado a infância e ter evitado toda a ideia de um casamento que dura pelo resto da vida, bem como os anos de infância e de criação dos filhos. Então, por que Deus criou e ordenou que homem e mulher se casassem, para terem filhos pequenos e frágeis e passarem anos e anos criando esses filhos em relacionamentos familiares? Oferecemos 6 razões bíblicas que explicam por que Deus fez as coisas à sua maneira.
1º Deus criou o homem e a mulher de modo que a felicidade deles chegasse à plenitude por compartilharem o dom da vida juntos, no casamento e não por viverem isolados. “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18).
2. Deus criou o casamento como um anúncio do relacionamento entre Cristo e a igreja. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne... Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Gn 2.24; Ef 5.32).
3. Deus criou a paternidade para revelar aos filhos e a todos nós a paternidade dEle mesmo, bem como o seu poderoso e amável cuidado. “É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hb 12.7). Deus “tenciona” ressaltar sua autoridade e poder orientador, protetor e supridor na família. Numa família que tem pai e mãe, Deus chama os pais a cumprirem esta responsabilidade especial. As mães equilibram e complementam esta responsabilidade, de muitas maneiras, em especial com o calor, ternura e cuidado exclusivos das mulheres, os quais constituem seu próprio vigor. Famílias existem para revelar Deus aos filhos.
(continua na próxima Pastoral, nº 81)




“Provai e Vede”


Uma Súplica por Nossa Igreja pedindo a Deus que levante certo tipo de homem e mulher: “Ó Senhor, por meio da verdade de tua Palavra, pelo poder de teu Espírito e pelo ministério de teu corpo, levanta homens e mulheres em nossa igreja que: não amam o mundo mais do que a Ti, não se afadigam somente para ganhar muito dinheiro, não se inquietam se não possuem uma casa, não se amofinam se não têm um carro novo ou dois carros, não precisam seguir estilos de vida mundanos, não se perturbam se não são famosos, não sentem falta de comidas finas ou banquetes, não esperam que a vida seja confortável e sossegada, não alimentam sua mente com TV todas as noites, não medem a verdade com as tendências do momento, não ficam paralisados ante a desaprovação dos outros, não retribuem o mal com o mal, não guardam rancores, não fazem fofocas, não torcem a verdade, não se orgulham nem se vangloriam, Uma Súplica por Nossa Igreja: não choramingam, nem usam linguagem corporal para serem vistos com piedade, não criticam mais do que elogiam, não se prendem a grupos fechados, não comem muito ou se exercitam pouco, Mas, em vez disso, são entusiasmados por Deus, são completamente inundados com Deus, são cheios do Espírito Santo, se esforçam para conhecer a largura e a profundidade do amor de Cristo, estão crucificados para o mundo e mortos para o pecado, são purificados pela Palavra e norteados por retidão, são poderosos em memorizar e usar as Escrituras, guardam o dia do Senhor como um dia santo e restaurador, são contristados pela consciência de pecado, são comovidos pela maravilha da graça gratuita, são pasmados, ao ponto de silêncio, pelas riquezas da glória de Deus, perseveram constantemente em oração, são implacáveis em negarem-se a si mesmos, são destemidos no testemunho público do senhorio de Cristo, são capazes de desmascarar o erro e dissipar o nevoeiro doutrinário, são resolutos em permanecer firmes ao lado da verdade, são gentis em tocar o coração das pessoas, têm paixão por alcançar as pessoas de fora da igreja, são a favor da vida, por amor aos bebês, às mães, aos pais e à glória de Deus, cumprem todas as suas promessas, incluindo os votos de casamento, contentam-se com o que têm e confiam nas promessas de Deus, são pacientes, amáveis e mansos, quando a vida é árdua.” (Adaptado de “Provai e Vede”, de John Piper)




“MANUMISSÃO MAGNIFICENTE”, Meditação sobre Rm 6.17-18


“Manumissão” significa: alforria legal de um escravo. Manumit: “dar liberdade a um escravo”, do latim manus “mão” + mittere “soltar, enviar etc.” Somos escravos ou do pecado ou de Deus. Não há uma 3ª alternativa. Você pode dar-lhe nomes diferentes. Mas se resume nisto: ou servimos ao pecado, ou servimos a Deus. O pecado reina ou Deus reina. Por isso, Rm 6 descreve a conversão em termos de uma mudança de senhor de escravo. “Graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado... fostes feitos servos da justiça... Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus” (Rm 6.17- 18, 22). Mas, cuidado! Não leve todas as implicações do servir ao pecado para o servir a Deus. Existem diferenças radicais. Considere estes versículos cruciais de Rm 6.20-23: VELHA ESCRAVIDÃO NOVA “ESCRAVIDÃO”. Todo o conceito de escravidão, conforme o conhecemos, é transformado quando Deus se torna o “Senhor do escravo”. O velho senhor do escravo (e pecado) paga salário (a morte), mas Deus, por sua vez, concede dom (a vida). “O salário do pecado... o dom gratuito de Deus...” Isto é muito importante! Não nos relacionamos com Deus como assalariados. Relacionamo-nos com Ele como recebedores de dom. Nosso “papel como escravo” não é trabalhar para receber salário, e sim andar em submissão onde os dons existem, e isto significa andar pela fé. Quando nos tornamos “escravos” de Deus, o fruto que obtemos é a santificação, e o “pagamento” de Deus para isso não é um salário, e sim um dom: a vida eterna. Portanto, nosso “novo Senhor de escravos” não exige “obras”; Ele produz fruto. Ele não paga salário pelas obras; Ele concede dons em recompensa de seu próprio fruto. E o dom é a vida eterna, enquanto o único salário que um pecador pode receber é a morte. Acautele-se de um relacionamento com Deus que envolva o pagamento de salário. Não existe tal coisa. O “senhor de escravos” nos relacionamentos espirituais que envolvem o pagamento de salário é sempre o pecado; e o salário é sempre a morte. Em vista desta liberdade (manumissão) magnificente, exorto-o a fazer aquilo que é óbvio: “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). (Adaptado de “Provai e Vede”, de John Piper)




“NÃO DESANIMADOS” – 2Co 4:8


Ainda sobre a leitura do livro “Venha o Teu Reino – Meditações à luz do Pai-nosso” de José Neivaldo de Souza (Edit Nossa Missão) agora, porém, pra tratar, adaptando-a a esta pastoral, sobre o mal do DESÂNIMO.
A palavra latina anima quer dizer: alma ou vida. O prefixo “des” é usado como negação, portanto, desânimo diz respeito a uma situação onde “não há alma”. O desânimo paralisa a vida ofuscando sua dinâmica. Ele aponta para um cansaço e, aqueles que estão nesta situação, dependendo do grau, sem veem sem forças para lutar, podendo até desistir de tudo. O desânimo pode vir de fora ou do interior de cada pessoal.
1) O desânimo que vem de fora. Carmem Seib, em seu livro “Histórias da sabedoria do povo” conta sobre “a competição dos sapos”. Eles tinham que subir ao topo de uma torre e, para animá-los, havia uma torcida. Dada a largada, começar a subir. Vendo a dificuldade dos competidores, a torcida os vaiou. Desanimados, foram aos poucos abandonando a prova, exceto um que chegou ao final. Quando lhe perguntaram como havia terminado a competição, viram que ele era surdo. Moral: palavras negativas e sem esperança podem levar ao desânimo. Ainda, o muito empenho, o muito esforço sem os devidos resultados, também podem levar ao desânimo.
2) O desânimo que vem de dentro. É a batalha invisível que se trava no interior, na alma de cada um: é a pessoa consigo mesma, com seus pensamentos, suas ideias, seus ideais e os seus sonhos e o que diz, quando diz e como diz de si para si mesma. É preciso vencer nas derrotas. A vitória está em saber que apesar da derrota, vergonhoso é não ter enfrentado a luta.
Não podemos sucumbir ao desânimo. A batalha contra nossos medos é a 1ª a ser vencida em nós mesmos. Medo de não ser aceito pelos outros; medo de não conseguir vencer pelas próprias forças. (2Co 4:8)




“PERSEVERAR NA COMUNHÃO - At 2:42


Ainda sobre a leitura do livro “Venha o Teu Reino – Meditações à luz do Pai-nosso” de José Neivaldo de Souza (Edit Nossa Missão) agora, para falar sobre COMUNHÂO.
A etimologia da palavra comunhão é grega, koinonia que quer dizer “comum” (koinon). Na antiga Grécia, esse termo foi utilizado para desigmar “comunidade” ou, “comum-unidade”, lugar onde cidadãos vivem em sintonia de pensamento, sentimento e ação. Três “mundos” de atenção:
1) Na política grega, independente da diferença de classes, todos os cidadãos eram convocados à ajuda mútua, em favor do bem comum, Todos, em momento de paz ou guerra, de prosperidade ou carência, eram responsáveis uns pelos outros. Platão (A República) entendeu que a comunhão é a base do relacionamento. Sem comunhão, sequer q amizade perdura. Aristóteles entendeu a koinonia não é só comunhão de ideias e pensamentos, mas de ação e participação na vida-comum, pois evita que o cidadão se torne um ser solitário e sem rumo.
2) No sentido religioso, no NT aparece + de 19x, à partir de At 2:42, os fiéis era tementes a Deus e todos criam nas maravilhas e sinais manifestos pelos apóstolos. Todos eram fiéis na fé e no conhecimento, mantendo-se unidos e apoiando-se mutuamente, ainda que consistisse em vender bens e distribuir a renda conforme a necessidade dos seus membros.
3) No sentido evangélico, quando se trata de comunhão, a matemática tem outra lógica: dividir é somar, multiplicar. Mas o que se divide e multiplica ao mesmo tempo? De forma vertical, ou de cima para baixo, o amor é caridade, é o Ágape inundando os corações, tornando-se solidário. De forma horizontal, ou frente a frente, o amor é Phileo zelando pelo próximo e principalmente por aqueles mais necessitados de cuidado.
Comunhão é ação em favor de ter o mesmo ideal em serviço mútuo.




“O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ - Rm 1:17


Meses ai pra trás, li o livro “Venha o Teu Reino – Meditações à luz do Pai-nosso” de José Neivaldo de Souza (Edit Nossa Missão) quando, lá pelas tantas, me deparei com alguns dizeres sobre a fé que considerei importantes e decidi adaptá-los para este artigo como segue.
Há, no ocidente, pelo menos 03 origens para a palavra fé:
1) Origem hebraica: EMUNAH. Significa não só acreditar no testemunho oral ou escrito de alguém, investido de autoridade, mas obedecer aos mandamentos inspirados por Deus a fim de viver dignamente neste mundo. Vida aqui não se reduz à prosperidade financeira ou longevidade, ainda que estas coisas sejam importantes, mas de entrega Deus que promove justiça à Sua criatura.
2) Origem grega: PISTIA. Não indica simplesmente “crer”, mas é uma atitude inteligente. Noutras palavras, é preciso compreender de forma clara e objetiva o objeto da crença para que possa ser defendido e testemunhado como verdade. A prática da justiça e do amor dependem dessa verdade.
3) Origem no Latim: FIDES (2º Jerônimo, também conhecido por Jerônimo de Estridão, foi um sacerdote católico ilírio, destacado como teólogo e historiador e considerado confessor e Doutor da Igreja pela Igreja Católica) indica fidelidade ou assentimento a uma certeza irrefutável. Não basta “acreditar”, é preciso ser fiel ao objeto crido ou àquilo que Deus revela.
4) A Fé tomada em sentido comum: É a crença ou convicção e isso depende da razão. Nesse sentido falamos de uma postura natural ao ser humano, independente de doutrinas religiosas.
Resumo da obra: Fé, em hebraico, grego, latim ou no sentido comum envolve necessariamente a razão, ou fé não é crer cegamente, sem pensar, sem entendimento, sem compreensão, sem o saber em que ou quem ter fé.




Por que ir à Escola Dominical? 2Tm 3:16,17 e Fp 3:15


2Tm 3:16,17 'NAA': "16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" e Fp 3:15 "Todos, pois, que somos maduros, tenhamos este modo de pensar; e, se em alguma coisa vocês pensam de modo diferente, também isto Deus revelará para vocês"
O imperativo bíblico de fazer discípulos seguramente inclui a educação cristã. Enquanto caminhamos nessa vida o processo discipular muda de etapas, atinge níveis mais profundos, todavia, não têm fim. Digamos que a formatura se dá no dia em que o discípulo ouvir: “O senhor respondeu: Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e entre na alegria (no repouso) do seu senhor” (Mt 25.21). Até que esse bem-aventurado dia chegue, o nosso crescimento deve acontecer: “Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso” (1 Tm 4.15). Há ainda um imperativo bíblico mais claro: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18).
Há uma forma preciosa e muito eficaz de desenvolver o discipulado e o conhecimento da Palavra que é a Escola Bíblica Dominical. Não se trata apenas de um estudo formal das Escrituras e das Doutrinas. A Escola Dominical oferece espaço e oportunidade para a mutualidade cristã, o compartilhamento da Palavra, a troca de experiências, a leitura da Bíblia e o desenvolvimento da amizade e do companheirismo, marcas essenciais do discipulado cristão.
A Escola Dominical imprime um caráter indelével na alma daqueles que são seus frequentadores assíduos. As lições ali aprendidas com os irmãos mais velhos, mais sábios ou mesmo jovens que possuam o dom de ensinar, nos acompanham a vida inteira.
Um cristão que não valoriza e nem participa da Escola Dominical empobrece uma parte importante de seu caminhar com Cristo e renuncia não sem prejuízos uma parte preciosa para a formação de sua piedade, ética e aprimoramento ministerial. A Escola Dominical tem a missão de nos oferecer ‘proteção’ pelo estudo criterioso e piedoso das Escrituras e das Doutrinas para o nosso viver. Fp 1:11 'NAA': "cheios do fruto de justiça que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus."; 2:12,13 "12Assim, meus amados, como vocês sempre obedeceram, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvam a sua salvação com temor e tremor, 13porque Deus é quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade."




Por que é importante ir à Igreja? Hb 10:25


Hb 10:25 (NAA) "Não deixemos de nos congregar, como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima."

O que é a igreja? Alguém definiu a Igreja como: “o conjunto de todas as pessoas que amam e seguem Jesus. A Bíblia chama a Igreja de corpo de Cristo. Cada crente é uma parte desse corpo. Em Cristo todos os crentes estão unidos e não podem ser separados (Rm 12:5 'NAA': "assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros"). Se você é salvo, está unido a toda a Igreja. A igreja também é qualquer lugar onde os membros da Igreja de Cristo se reúnem para adorar a Deus em comunhão”.
Antes da igreja, havia lugares onde os judeus se reuniam para louvar a Deus e aprender mais sobre as Escrituras, as sinagogas. Jesus frequentou as sinagogas com seus discípulos. Depois da ressurreição e ascensão de Jesus, os discípulos passaram a se reunir regularmente para louvar a Deus e aprender como antes tinham feito nas sinagogas. Começaram por se reunir no pátio do templo e em casas, depois em lugares maiores quando tinham muitos membros (At 2:46 'NAA': "Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração"). Surgiu assim a igreja como a conhecemos hoje.
Por que ir à igreja hoje? A Igreja é o Corpo de Cristo. Nenhum membro de um corpo pode subsistir sozinho, sem o resto do corpo (1Co 12:21,22 'NAA': "21Os olhos não podem dizer à mão: “Não precisamos de você.” E a cabeça não pode dizer aos pés: “Não preciso de vocês.” 22Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários"). Quer gostemos, quer não, as pessoas na igreja são nossa família e temos de aprender a conviver com elas (até porque vamos passar a eternidade juntos). Ninguém na igreja é perfeito. A igreja nunca foi um lugar de pessoas perfeitas. Deus ordenou que a Igreja se reunisse para juntos tratarmos de nossas imperfeições.
Ir à igreja é importante porque é um mandamento de Deus para nossa edificação (Hb 10:25). Na igreja aprendemos mais sobre a palavra de Deus, nos encorajamos, nos ajudamos, nos confortamos uns aos outros (Cl 3:15,16 'NAA': "Que a paz de Cristo seja o árbitro no coração de vocês, pois foi para essa paz que vocês foram chamados em um só corpo. E sejam agradecidos. 16Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração"). Se isolar não é bom. A igreja é o lugar perfeito para aprender amor, paciência e respeito pelos irmãos. Crescemos muito mais espiritualmente quando estamos juntos como igreja do que cada um ficando isolado (Ef 4:15,16 'NAA': "5Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16de quem todo o corpo, bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio crescimento para a edificação de si mesmo em amor").




Os Cristãos Devem Celebrar o Natal? (John MacArthur)


As Escrituras não ordenam especificamente que os crentes celebrem o Natal. Não há “Dias Sagrados” prescritos que a igreja deva celebrar. De fato, o Natal não era observado como uma festividade até muito após o período bíblico. Não foi antes de meados do século V que o Natal recebeu algum reconhecimento oficial.
Nós cremos que o celebrar o Natal não é uma questão de certo ou errado, visto que Rm 14:5-6 “Alguns pensam que certos dias são mais importantes do que os demais, mas outros pensam que todos os dias são iguais. Cada um tenha opinião bem-definida em sua própria mente. 6Quem pensa que certos dias são mais importantes faz isso para o Senhor. Quem come de tudo faz isso para o Senhor, porque dá graças a Deus. E quem não come de tudo é para o Senhor que não come e dá graças a Deus” nos fornece a liberdade para decidir se observaremos ou não dias especiais:
De acordo com esses versos, um cristão pode, legitimamente, separar qualquer dia, incluindo o Natal, como um dia para o Senhor. Cremos que o Natal proporciona aos crentes uma grande oportunidade para exaltar Jesus Cristo.
Primeiro, a temporada de Natal nos lembra das grandes verdades da Encarnação. Recordar as verdades importantes sobre Cristo e o evangelho é um tema prevalecente no NT (ler: 1Co 11:25; 2Pe 1:12-15; 2Ts 2:5). A verdade necessita de repetição, pois nós facilmente a esquecemos. Assim, devemos celebrar o Natal para recordar o nascimento de Cristo e nos maravilhar ante o mistério da Encarnação.
Segundo, o Natal também pode ser um tempo para adoração reverente. Os pastores glorificaram e louvaram a Deus pelo nascimento de Jesus, o Messias. Eles se regozijaram quando os anjos proclamaram que em Belém havia nascido um Salvador, Cristo o Senhor (Lc 2:11). O bebê deitado na manjedoura naquele dia é nosso Senhor, o “Senhor dos senhores e Rei dos reis” (ler: Mt 1:21; Ap 17:14).
Finalmente, as pessoas tendem a serem mais abertas ao evangelho durante as festividades de Natal. Devemos aproveitar desta abertura para testemunhar a eles da graça salvadora de Deus, através de Jesus Cristo. O Natal é principalmente sobre o Messias prometido, que veio para salvar Seu povo dos seus pecados (Mt 1:21). A festividade nos fornece uma maravilhosa oportunidade para compartilhar esta verdade.
Embora nossa sociedade tenha deturpado a mensagem do Natal através do consumismo, dos ritos, mitos e das tradições vazias, não devemos deixar que estas coisas nos atrapalhem de apreciar o real significado do Natal. Aproveitemo-nos desta oportunidade para lembrar dEle, adorá-Lo e fielmente testemunhar dEle.




PRECISAMOS ENTENDER QUEM SOMOS EM CRISTO - Ef 1:3-14


TESE: PARA CRESCER ESPIRITUALMENTE POR FORA, PRIMEIRO É PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE POR DENTRO.
Lendo o livro: “Muito mais do que números” do Dr. Paul Yonggi Cho (Edit Vida), deparai-me com essas duas citações acima que despertaram em mim a necessidade de compartilhar com os queridos sobre quem somos em Cristo e ai o Dr. Cho baseia-se em Ef 1:3-14 para dizer-nos os seguintes:
1º Escolhidos (v.4) Não somos cristãos porque escolhemos a Cristo, mas sim, porque Ele nos escolheu;
2º Santos (v.4) A intenção divina é que sejamos um povo santo, o que significa sermos separados para o serviço divino;
3º Irrepreensíveis (v.4) Por causa da cruz, estamos livres de toda culpa diante de Deus;
4º Predestinados (v.5) Fomos predestinados s ser conforme a imagem de Cristo;
5º Favorecidos (v.6) Nossa união com Cristo levou-nos ao favor divino;
6º Herança de Cristo (v.11) Somos a herança que Cristo recebeu depois de morrer e ressuscitar dos mortos;
7º Preordenados (v.4) Deus quis que pertencêssemos a Cristo antes da criação do mundo;
8º Louvor (v.12) A intenção é que sejamos um louvor que traga glória ao Pai;
9º Selados (v.13) O Espírito Santo selou-nos com segurança;
10º Propriedade de Deus (v.14) Já não somos de nós mesmos, mas fomos comprados por preço de sangue, o sangue de Jesus vertida na cruz do Calvário.
Por que saber isso é importante? Bem: (1) porque sabendo quem somos, teremos mais ciência do que não somos; (2) cada um desses privilégios de saber quem somos é um fato que não está em nós, não depende de nós, não vem de nossos esforços ou merecimentos, antes, esses privilégios nos foram dados por Deus como resultado da Obra de Cristo, então somos quem somos por Cristo e só estando em Cristo.




Trabalhando nosso andar com Deus (1) – 2Co 3:18; 4:18


A coisa mais importante para um crente deve ser conhecer a Deus, pois, nisso, têm-se uma vida mais abundante, mais forte, mais cheia de amor, sabendo apreciar e amar dinamicamente ao próximo.
Um problema para isso é o que a maioria dos crentes não encara seus erros com seriedade, não os admite e muito menos trabalha para os corrigir. E por que agem assim? Porque num autoexame ou numa auto avaliação realista da vida, produzirá confusão em relação ao que vemos em nós e à nossa volta; (2) as deixará desiludidas com pessoas, muitas vezes em momentos críticos, quando precisavam muito de uma palavra agradável e (3) trará convicção de pecados em relação às atitudes pelas quais transgridem o mandamento do amor.
As desilusões paralisam pelo medo. Evita-se ter um relacionamento mais chegado com outros por temer sofrer como já aconteceu antes. Quando irmãos tratam mal, quando filhos estão prontos a errar e serem destruídos por isso, quando igrejas e outras organização cristãs acham-se por demais ocupadas com a obra de Deus para se preocuparem com as pessoas, há uma forte tentação para se abandonar todo tipo de relacionamento.
Parece tão difícil cultivar uma amizade profunda com alguém, que se prefere se manter a uma certa distância dos outros, recusando-se a modificar a maneira de ser.
Mas as desilusões podem levar a ter esperança. Se a pessoa permanecer consciente dos anseios do seu coração, mesmo nos momentos em que mais sofre, a certeza de que um dia estará com Cristo ganha um novo encanto, torna-se uma âncora firme que a sustenta fortemente mesmo em meio às piores tormentas da rejeição.
Para vencer, lembremo-nos: (1) a perplexidade e a confusão podem produzir fé; (2) as desilusões podem nos conduzir à esperança e (3) a convicção e confissão sinceras de pecados podem nos levar ao amor e à maturidade espiritual.




Aprendendo com o sofrimento de Jó (2) – Jó 1:21


(Concluindo assunto da postagem anterior).
Jó recebe a visita de 3 “amigos”, 2:11. Durante 7 dias (2:13) permaneceram em silencia só observando tudo o que acontecia com Jó. Depois falaram:
1º Elifaz. Sugere que Jó faça sua defesa perante Deus (5:8). Na palavra de Larry Crabb no livro “De Dentro para Fora”, “Elifaz queria encontrar uma explicação plausível para o sofrimento do amigo. Tinha de haver uma razão para as tragédias repentinas que lhe sobrevieram. Se conseguisse descobrir que razão era essa, talvez encontrasse a forma de reverter a situação e restaurar-lhe o conforto.
2º Bildade. Bateu na mesmo tecla que Elifaz. Disse a Jó que suplicasse a Deus de coração puro, o Senhor se levantaria em sua defesa e tudo voltaria a ser como antes (8:5,6).
3º Zofar. Acusou Jé de guardar alguma iniquidade no coração e afirmou que se lançasse fora seu pecado e reconsagrasse sua vida a Deus, este certamente removeria aquele vexame (11:11-15).
Grande parte do que esses “amigos” disseram estava correto, mas nenhum deles percebeu o problema real: sofrer faz parte da vida e, necessariamente não é nem pecado, nem é a mão de Deus pesando e muito menos é obra do inimigo de nossas almas.
Todos os 3 “amigos” procuravam ansiosamente um meio de ajudar Jó, mas não tiveram o cuidado de evitar criar nele uma ideia de que: “se fizesse isso, Deus lhe daria aquilo”.
Jó pensou um pouco sobre tudo o que ouvir dos amigos e rejeitou a tudo (9:3) e seu sofrimento continuou (10:1,2). Quando vemos que o tempo passa e “Deus não atende nossas orações”, nossa confiança às vezes fica abalada, isso porque, quando nosso sofrimento se agrava, somos fortemente tentados a deixar a Deus dizendo algo ± assim. “Como é que Deus pôde fazer tal coisa comigo e me deixar sofrer assim?” Como Jó tratou isso tudo? 42:3,5,6.




Aprendendo com o sofrimento de Jó (1) – Jó 1:21


Sendo seres caídos de seu estado original e sempre se esforçando para obter a satisfação de seus anseios, temos em Jó e o seu sofrimento alguma informações significativas para nosso relacionamento de vida com Deus.
Conforma a narrativa bíblica, Jó sofreu uma série de reveses que quase o destruíram: (1) Alguns bandidos mataram seus bois e jumentas bem como os servos que deles cuidavam, 1:14,15; (2) Um raio caíra sobre as ovelhas e seus pastores, matando-os, 1:16; (3) Um bando de ladrões roubou seus camelos e mateou os servos que os vigiavam, 1:17; (4) A casa onde os filhos dele estavam veio abaixo e matou a todos, 1:18,19; e, “a cereja do bolo”, (5) um conflito conjugal, 2:9,10.
Muitas vezes é isso que acontece conosco. Nos primeiros momentos após uma tragédia, conseguimos arranjar forças e nos agarrar a Deus para viver. Parece que à medida que o tempo passa e não recebemos o alívio que tanto desejamos, fica mais difícil acreditar na bondade de Deus. Em muitos casos, o que parece ser fé, nada mais é que uma confiante expectativa de que voltaremos a desfrutar das ricas bênçãos divinas dispensadas a nós.
Depois de 7 dias calado, Jó rompeu o silêncio externando a angústia que lhe ia na alma, 2:12,13, 3:1. É bom desabafar com outrem a tristeza que nos oprime, o sofrimento profundo de nossa alma. Os salmistas externaram seus lamentos com sinceridade (Sl 42:5,6). O Senhor Jesus mesmo, no jardim do Getsêmani, experimentou uma angústia tão intensa que o sangue lhe saiu pela pele, Lc 22:39-45
Jó desabafou seu sofrimenti dizendo que sua vida era tão horrível que teria sido melhos não ter nascido, Jó 3:3-9. Sofria terrivelmente. Aqui, vale lembrar as palavras de Çarry Crabb no livro “De Dentro para Fora: ‘Quando tudo vai mal, e principalmente quando a situação se prolonga por muito tempo, quando nosso coração experimenta mais dor do que alegria, somos fortemente tentados a deixar que nossa ânsia de alívio se transforme em cobrança. E, quanto maior o sofrimento, maior, maior a tentação (Conclui na próxima poslagem)




PODEMOS NOS LIBERTAR DO PODER DO PECADO Rm 7:15-25 (III)


TESE: O CRESCIMENTO ESPIRITUAL COMO “MECANISMO” PARA DIMINUIR OS EFEITOS DO PECADO” (base: 1Jo 2:12-14)
(Ainda sobre a leitura que fiz do livro: “Quebrando Correntes – Como vencer a guerra espiritual” de Neil T. Anderson, Edit Mundo Cristão).
No texto de 1Jo, temos “três níveis de crescimento cristão”, que, uma vez desenvolvidos em nossas vidas, nos ajudarão a opormo-nos ao pecado e diminuir seus efeitos em nossas relações com Deus, entre nós e com o mundo.
O 1º “Nível de crescimento cristão”: “FILHINHOS” (v.12) Esses se caracterizam pelo fato de terem seus pecados perdoados, possuindo o conhecimento de Deus. Eles estão na família de Deus e sobrepujaram a penalidade do pecado, mas não cresceram ainda até a maturidade completa (Ef 4:13, ler)
O 2º “Nível de crescimento cristão”: “JOVENS” (v.13). Esses são aqueles crentes que são fortes porque a Palavra de Deus habita neles. Conhecem a verdade e como usá-la a fim de resistir ao diabo. Já não estão em “cadeias espirituais”, presos a hábitos incontroláveis, e resolveram os conflitos pessoais e espirituais que impedem muitos de experimentar liberdade em Cristo. São livres e sabem como permanecer assim (Ef 4:14,15, ler)
O 3º “Nível de crescimento cristão”: “PAIS” (v.13,14) Esses são aqueles que desenvolveram um conhecimento pessoal, profundo, de Deus. Tem uma fé solidamente baseada num relacionamento íntimo, aconchegante e amoroso com Deus, que deve ser o principal objetivo de nosso crescimento espiritual.
Olhando para os dizeres acima, qual é o osso atual “nível de crescimento espiritual?”.
Se, ainda com respeito à maturidade de nossa espiritualidade não atingimos o “nível: PAIS”, precisamos nos esforçar com esmero para atingir esse nível e com isso e por isso, diminuir o impacto que o pecado causa e provoca em nós. “Cresçamos na maturidade cristã”.




PODEMOS NOS LIBERTAR DO PODER DO PECADO Rm 7:15-25 (II)


TESE: SEJA O QUE FOR QUE QUE HABITE EM NÓS, NÓS NÃO SOMOS ISSO” (base: Rm 7:17, continuidade da postagem anterior. Ainda sobre a leitura que fiz do livro: “Quebrando Correntes – Como vencer a guerra espiritual” de Neil T. Anderson, Edit Mundo Cristão).
À luz de Rm 7:15-25, entendemos que há uma verdadeira “batalha espiritual” que ocorre em nosso interior. Nossa nova natureza em Cristo quer fazer as coisas certas, mas, nosso velho homem, inclinado para a carne (Rm 5:8) quer continuar a satisfazer seus desejos (carnais, lógicos) e manter-se escravo do diabo. Se o diabo levar-nos a pensar que lutamos sozinhos contra nós mesmos, nós nos revoltaremos contra nós mesmo ou contra Deus quando pecarmos.
Uma ilustração sobre como trabalhar essa questão: Se um cachorro se aproximasse de nós e nos mordesse a perna, nós resistiríamos ao cachorro e o espantaríamos ou bateríamos na nossa perna? Agora, transportemos a ideia do cachorro para o pecado e o diabo. Nós resistiríamos ao pecado e ao diabo espantando-os, ou batemos em nosso ser interior?
Ora, Ef 4:7 é enfático ao dizer: “...e não deis lugar ao Diabo”, e Tg 4:7 é acrescenta: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”
Paulo já declarou em Ef 6:12 “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. Então quando não damos lugar ao diabo, antes, resistimos às suas investidas contra nossa carne, ou nosso velho homem, vencemos, triunfamos, conquistamos.
Como novo homem, tendo uma nova natureza em Cristo e por Cristo, quando erramos, falhamos, pecamos, nós não somos esse erro, essa falha, esse pecado. Erramos, falhamos, pecamos, mas não somos isso.
NÃO SOMOS SANTOS IMPECÁVEIS, INFALÍVEIS, INENARRÁVEIS. SOMOS SANTOS QUE OCASIONALMENTE PECAM, FALHAM E ERRAM.




PODEMOS NOS LIBERTAR DO PODER DO PECADO Rm 7:15-25 (I)


TESE: SEJA O QUE FOR QUE QUE HABITE EM NÓS, NÓS NÃO SOMOS ISSO” (base: Rm 7:17)
(Ainda sobre a leitura que fiz do livro: “Quebrando Correntes – Como vencer a guerra espiritual” de Neil T. Anderson, Edit Mundo Cristão).
O que temos em Rm 7:15-25 é uma declaração de Paulo no v.15 “... pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto” que expressa muitíssimo bem o que ocorre conosco. É frustrante saber o que queremos fazer, principalmente de bom, de correto, e por alguma razão não poder fazê-lo.
Voltemo-nos para a tese acima: “Seja o que for que habite em nós, nós não somos isso”. Peguemos por exemplo o caso de uma lasquinha num dos nossos dedos. Essa lasquinha não é um “bem nenhum” em nós. Contudo, esse “bem nenhum” não somos nós, é a lasquinha, pois, ela “habita” em nós, temporariamente.
Transportemos a ideia das lasquinha que “habita” temporariamente em nosso dedo, para o pecado, como descrito nos vs. 17-21: “Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim”.
O que identificamos, nessa passagem, como o “bem nenhum” que em nós habita, é o pecado. O pecado é o “bem nenhum”, ou, objetivamente, o mal presente dentro de nós, entretanto, nõs não somos o mal em si, o que não nos exime da culpa do pecado (v.12).
No v.23, temos que, ao agirmos de forma bem diferente de nosso verdadeiro novo caráter, ou nova natureza em Cristo, o Espírito Santo imediatamente nos traz a convicção de pecado e ai, nós confessamos e, Deus, através de Cristo Jesus, nos purifica de todo pecado (continua na próxima pastoral)




CANAIS DA TENTAÇÃO – 1Jo 2:15-17 (ler o texto)


(Ainda sobre a leitura que fiz do livro: “Quebrando Correntes – Como vencer a guerra espiritual” de Neil T. Anderson, Edit Mundo Cristão).
Nós nos prepararemos bem para resistir à tentação contra nossas vidas ao entendermos que, de acordo com as Escrituras existem, à luz de 1Jo 2, “três canais” no que diz respeito ao nosso relacionamento com o mundo, através dos quais o diabo nos seduz para que ajamos independentemente de Deus:
O 1º “Canal de Tentação: A CONCUPISCÊNCIA DA CARNE” (v.16) ou, na Bíblia na Linguagem de Hoje: “Os maus desejos da natureza humana”. Este tipo de concupiscência é aquela que se alimenta de nossos apetites, desejos e paixões físicas e suas gratificações neste mundo. Essa concupiscência nos separa, nos afasta da vontade de Deus (Gl 5:16, ler) e destrói nossa dependência de Deus (Jo 15:5, ler)
O 2º “Canal de Tentação: A CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS” (v.16), ou na Bíblia na Linguagem de hoje: “a vontade de ter o que agrada aos olhos”. Este tipo de concupiscência é aquela que apela ao interesse pessoal egoístico, e põe à prova a Palavra de Deus em nossas vidas, pois nos separa, nos afasta das suas verdades (Mt 16:24, ler), ela destrói nossa confiança no Senhor (João 15:7).
O 3º “Canal de Tentação: SOBERBA DA VIDA” (v.16), ou na Bíblia na Linguagem de hoje: “o orgulho pelas coisas da vida”. Este tipo de concupiscência é aquela que apela à autopromoção, a auto exaltação. Ela nos separa, nos afasta da nossa adoração a Deus (1Pe 5:5-11, ler) e destrói nossa obediência ao Senhor (Jo 15:8-10, ler).
Para não cairmos nesses “canais da tentação” além de orar, confiar e depender de Deus, (Lc 11:4), precisamos enfrentar e resistir às tentações com determinação para vencê-las.
Aqui vale lembrar que: uma coisa inevitável é ser tentado e isso ainda não é pecado, mas, ceder, cair na tentação, isso sim é pecado.




VENCENDO O PECADO - Rm 6:1-11 (I – Ler o Texto)


Lendo o livro: “Quebrando Correntes – Como vencer a guerra espiritual” de Neil T. Anderson (Edit Mundo Cristão), deparei-me com certos dizeres muito significativos para o dia-a-dia da vida cristã e, como fui edificado, entendi ser oportuno adaptá-los para alguns Artigos, como este que ora segue:
Quando encontramos uma promessa na Bíblia, apossamo-nos dela, não como um “tomar posse da bênção”, e sim, pela fé, com temor e tremor.
Quando encontramos um mandamento, uma ordenança, obedecemos. Rm 6:1-11 (ler o texto) registra verdades bíblicas disponíveis para serem cridas.
Cristo já morreu para o pecado e, uma vez em Cristo, nós também já morremos para o pecado.
Nós não podemos morrer para o pecado porque já morremos, é uma questão de, pela fé, crer, confiar nessa verdade.
Observemos o texto! Paulo emprega o tempo grego pretérito, ou, situado no passado: v.2 “Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?”; v.3 “Fomos, pois, sepultados com Ele”, v.4 “todos os que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte”; v.6 “foi crucificado como Ele o nosso velho homem, para que o corpo seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”; v.7 “porquanto quem morreu, justificado está do pecado” e, v.8 “se já morremos com Cristo, cremos que também como Ele viveremos”. Todos esses versículos expressam, indicam, fatos verdadeiros já acontecidos, já ocorridos a nosso respeito, só nos resta crer, acreditar, confiar nas verdades Bíblicas.
Como “cereja do bolo” em Rm 6:1-11, temos o verso 11 que diz expressamente: “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”. Não importa se nos sentimos mortos para o pecado, ou não, devemos nos considerar (definir-se sobre - determinada coisa - julgar, acreditar) mortos para o pecado, porque nós já estamos mortos para o pecado, em Cristo e por Cristo.




REPENSANDO A IGREJA (II)


Ef 4:16 (ARA) "16de quem todo o corpo, bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amo". Ainda sobre a leitura que fiz do livro “Evangélicos em Crise: Decadência doutrinária na igreja brasileira” do Pr. Paulo Romero, (Edit Mundo Cristão) deparando-me com alguns dizeres do Pr. Assembleiano, norte-americano George Wood julgando-os, por concordar com eles, bastante oportunos e adaptá-los para o presente Artigo.
O que a Igreja faz para atrair as pessoas é o que ela terá que fazer para segura-las.
Se a Igreja está sempre se valendo da "última novidade", terá que manter as novidades para segurar as pessoas, afinal, ela a Igreja, novidade NA vida enquanto a Bíblia propõe novidade DE vida.
Se a Igreja prega a Palavra de Deus e faz de Cristo o centro, então isso é tudo o que ela tem que continuar fazendo para segurar as pessoas.
Observa-se frequentemente que líderes e igrejas que embarcam nas “ondas das novidades NA vida” tem a tendência de sempre embarcar nas próximas novidades que surgem, quando a anterior já passou.
Há um filtro contra isso e mesmo contra outros movimentos semelhantes? Sim, claro que há, aliás, filtros:
1) Jesus ensinou, falou, mandou falar ou ensinar?
2) Os Apóstolos ensinaram, falaram, mandaram falar ou ensinar?
3) Os “Pais da Igreja” que foram os discípulos dos Apóstolos ensinaram, falaram, mandaram falar ou ensinar?
4) Os Reformadores Calvino, Lutero, Zuinglio, John Huss, ensinaram, falaram, mandaram falar ou ensinar? Então, se nenhum desses “gigantes” da fé cristã, a começar pelo próprio Senhor Jesus, não falaram, ensinaram e nem mandaram falar ou ensinar, óbvio que nós também não devemos.




REPENSANDO A IGREJA (1) – Ef 4:16 (ler o texto)


Lendo o livro “Evangélicos em Crise: Decadência doutrinária na igreja brasileira” do Pr. Paulo Romero, (Edit Mundo Cristão) deparei-me com alguns dizeres do Pr. Assembleiano, norte-americano George Wood que julguei, por importantes que são e por concordar com os mesmos, adaptá-los para o presente Artigo e publicá-lo aqui neste espaço no site da Igreja.
No fim da era apostólica, nos primeiros séculos da Igreja primitiva, uma heresia chamada gnosticismo (gnosis, grego: conhecimento) se desenvolveu dentro do cristianismo. Os gnósticos diziam ter revelação extrabíblica e eram profundamente fascinados com o mundo invisível e com hierarquias de anjos. Você não seria considerado “espiritual” a menos que aceitasse o seu tão chamado conhecimento secreto, cuja revelação só eles detinham.
Esse movimento sempre reapareceu na igreja com outros títulos, mas com o mesmo fundo: o conhecimento é necessário para a salvação, mas o conhecimento proposto pelos gnosticistas.
Wood acrescenta que a igreja atual, precisa se precaver sobre o reaparecimento de um novo gnosticismo que leva as pessoas além do sólido fundamento das Escrituras para a órbita de personalidades persuasivas que promovem e vendem suas próprias ideias e experiências. Os tais não obedecem a admoestação apostólica de 2Tm 4:2 “prega a Palavra”, preferindo, ao invés disso, impor sobre o corpo de Cristo, por amor ao dinheiro ou fama, o seu “próprio e pessoas novo elixir espiritual secreto”.




A SANTIDADE QUE O EVANGELHO REQUER (II)– 1Ts 4:3


(Ainda adaptando alguns dizeres do livro: “Apostasia do Evangelho”). O que faz pessoas se sentirem “mais seguras” em seus pecados do que assegura-las de que estão e serão justificadas por e com boas obras?
Para alguns segmentos religiosos cristãos, se houvessem pessoas que sentiram as setas da convicção e da culpa ferindo-lhes as mentes e as consciências e perturbando-as, então as confissões, penitências e boas obras pacificaram esses sentimentos. E se esses atos não foram suficientes para aliviá-las de sentimentos de culpa, então "um estado intermediário" faria isso. E, com essas vis doutrinas, a maioria da humanidade cristã é levada a desprezar a verdadeira mensagem do evangelho de Jesus e a desrespeitar a verdadeira santidade do evangelho de Jesus; Não o entendem nem o desejam. Em lugar disso, uma devoção cega, deformada por múltiplas superstições, substituiu a santidade evangélica.
Os mandamentos do verdadeiro evangelho de Jesus são santíssimos, suas promessas são mui gloriosas e suas ameaças (sim, ameaças) são muito severas. Contudo, muita gente, enganada ao longo dos tempos, pensando professar submissão ao verdadeiro evangelho de Jesus, leva uma vida pior do que a de qualquer pagão que nunca conheceu o evangelho. Isso é uma apostasia, um desvio da verdade.
Toda essa apostasia surge do fato de que muita gente, cristã, diz que crê que, enquanto for membro de certa Igreja cristã, por exemplo, e permanecer assim, não importa o quanto sua vida seja vil, essa pessoa está “na arca” e nunca será levada pela enchente do julgamento eterno.
Isso é triste, mas é a realidade, afinal, para os tais, a “Igreja salva”. Essas pessoas se “tornaram” cristãs porque nasceram num certo lugar ou nação e, por ancestralidade, pertencem à igreja cristã.




A FAMÍLIA NOS PLANOS DE DEUS II – Gn 2:18-25


Ainda sobre Os princípios do lar do jardim:
7) Eram uma só carne. Essa intimidade maravilhosa removeu a solidão de Adão e proclamou a centralidade do casamento. O fato de serem homem e mulher, marido e esposa, dois numa só carne, exige um respeito mútuo, de forma que respeitar o outro é respeitar a nós mesmos;
8) Casamento significaria deixar pai e mãe. Adão e Eva seriam o pai e mãe de quem os filhos deveriam se separar para constituir seus próprios casamentos. Por meio desse processo, os relacionamentos ficariam fortalecidos, e a unidade das famílias ficaria preservada;
9) O homem estava unido à sua esposa. Essa é uma linguagem pactual, que reflete o compromisso de Deus para com os seus;
10) Havia nudez, mas não vergonha. Homem e mulher podiam estar nus, na intimidade, um diante do outro, porque refletiam mutuamente a glória de Deus;
11) Adão e Eva tinham responsabilidades. O Todas as responsabilidades de um para com o outro, e de ambos para com a criação, estavam em harmonia. Não havia egoísmo, vergonha, nem tristeza.
No NT o apóstolo Paulo inicia a carta aos Efésios expondo sobre a pessoa e obra da Trindade; a seguir, fala da união de judeus e gentios em Cristo pela graça; cuida da unidade e da fé e da união dos crentes em santidade de vida; por fim, Paulo trata do mistério da igreja, entremeando instruções às famílias individuais (Ef 5.1,2,21–6.4). Em todos esses temas há um sentido de comunidade do pacto, ou seja, de família da fé segundo os planos de Deus, de Família da Aliança. Assim entendemos que, sem lares cristãos sadios, as realidades profundas da fé cristã permanecem meras abstrações para os membros das famílias e não criam raízes na sociedade como um todo.
Os escritores apostólicos não exortavam as pessoas a se afastarem da sociedade, antes, a recuarem e renunciarem ao seu próprio eu. Ensinavam o princípio do sacrifício das prioridades pessoais em benefício das necessidades da pessoa amada. Quando vivemos um para o outro, encenamos a história do sacrifício de Jesus, o que nos leva a uma vida com propósito, a vida com Deus.
O empreendimento de nutrir uma família forte está acima do nosso alcance. Entretanto, esse empreendimento foi projetado para nos levar além da nossa capacidade e nos introduzir na esfera da graça. A graça de Deus nos capacita a viver acima da habilidade que possuímos, pensando nas pessoas de modo prático e pedindo graça ao Senhor para mostrarmos às pessoas a bondade de Deus.




A FAMÍLIA NOS PLANOS DE DEUS I – Gn 2:18-25


Lendo outro dia desses Artigos da revista cristã “Ultimato” (que reproduziu material da edit Cultura Cristã, ou nossa edit) deparei-me com este sobre os planos de Deus para a família e, face ao mês de maio que é tido como o “mês do lar, o mês da família”, decidi adaptá-lo para as 2 Pastorais que seguem.
A família é uma das áreas onde o amor de Deus pelos seus eleitos se demonstra mais intensamente. Na aliança de amor que Deus estabeleceu com a sua criação e o seu povo, a família recebe um cuidado todo especial.
O lar do jardim (Gn 1,2) Este era um lugar da graça. Deus criou o homem e a mulher à sua própria imagem (Gn 1:26 "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra" e 2:7 "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente") e, por isso, o homem teve a capacidade de viver em comunhão com Deus. Quando cria o homem diz: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Isso não foi um erro divino. Foi um projeto divino.
Não era bom que o homem estivesse só porque Deus o projetou para viver em companhia. Então Deus fez “uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18), ou uma auxiliadora que lhe fosse adequada. O lar criado por Deus recebeu uma incumbência cultural (Gn 1:28 "E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra") de governar a criação que lhe era submissa. Deus providenciou para ambos os recursos necessários para executarem suas responsabilidades, de forma que as espécies animais e vegetais lhes fossem por mantimento (Gn 1.29,30 "29 E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. 30 E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.").
Os princípios do lar do jardim:
1) “Deus” é o Criador soberano. “Senhor” é o seu nome pessoal; revela seu relacionamento pessoal e seu compromisso com o homem e a mulher;
2) Deus construiu o lar do jardim. Esse santuário foi edificado e abastecido por Deus. Era o lugar ao qual eles pertenciam;
3) Homem e mulher foram criados à imagem de Deus. Tinham capacidade para viver em comunhão íntima com Deus. Havia igualdade de posição, como portadores da imagem de Deus;
4) Foram criados macho e fêmea. A igualdade não excluía a diversidade de sexos. A igualdade permitia que essa distinção fosse perfeitamente complementar.
5) O homem foi criado primeiro e deu nome à mulher. A ordem da criação e o privilégio de dar nome à mulher conferiram ao homem a responsabilidade da liderança e autoridade na casa (1Tm 2.11-13 "A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. 12E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio. 13Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva");
6) A mulher foi planejada para ser auxiliadora. Isso não implicou inferioridade de posição ou de responsabilidade. A palavra hebraica para auxiliadora – ezer – muitas vezes é usada no AT para se referir a Deus como nosso ezer.
É a presença da mulher neste contexto que dá inteireza ao lar do jardim, tornando-o completo (continua na próxima Pastoral)




A SANTIDADE QUE O EVANGELHO REQUER (I)– 1Ts 4:3


(Ainda adaptando alguns dizeres do livro: “Apostasia do Evangelho”). A santidade Bíblica requer contínua batalha espiritual para que seja mantida, pois os “agentes” da imoralidade que provocam em nós o pecar: o diabo, a carne e o mundo (entenda-se: sistema) lutam e lutarão para nos afastar da verdadeira santidade do evangelho para algo inferior, mas inaceitável a Deus.
Somos instruídos a “resistir” ao diabo (1Pe 5:8,9 "8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.") e, para fazer isso, precisamos nos revestir de toda a armadura de Deus (Ef 6:12,13 "12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis").
Devemos “fugir” ou “abster-nos” das paixões carnais que fazem guerra contra a alma (1Pe 2:11 "Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma") e, ainda, compete-nos “não amar o mundo nem as coisas que há no mundo” (1Jo 2:15 "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;"), mas, compete-nos vencer o mundo pela fé que crê que Jesus é o Filho de Deus (1Jo 5:4,5 "4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?")
Deus não aceitará o desempenho indolente, desanimado de algumas obrigações com a abstinência de alguns pecados, pois, algumas pessoas procuram “entrar no reino de Deus sem serem regeneradas” e, por isso, não tem forças para lutar contra os “agentes” provocadores, em nós, do pecado.
A nós, servos do Senhor, cabe “aperfeiçoar a santidade no temor de Deus” (2Co 7:1) Nenhuma provisão será feita para a carne satisfazer suas cobiças (Rm 13:14 "mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências"). Esses são os “termos” do evangelho no que diz respeito à relacionamentos com Deus.
Satisfazer o desejo de um só pecado abre a porta para mais pecados. Satisfazer o desejo de um pecado desvia a alma de usar aqueles meios pelos quais todos os outros pecados devem ser resistidos. Lembremo-nos do aviso de Tiago: “Um pecado faz o homem culpado de toda a lei” de Deus (Tg 2:10 "ois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos").
O salmista disse que se ele contemplasse no coração a iniquidade, o Senhor não o ouviria (Sl 66:18 "Se eu no coração contemplara a vaidade,
o Senhor não me teria ouvido"), porque, a vontade de Deus para Seus servos não é que pequem, que satisfaçam e realizem os desejos e paixões carnais e se tornem escravos do diabo, antes, a vontade de Deus é a santificação dos Seus (1Ts 4:3 "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição").
Esse é o nosso desafio se queremos viver e agradar a Deus: Nossa santificação




CHAVES PARA TRANSFORMAR ERROS EM ACERTOS III - Pv 24:16


Concluindo o assunto dos boletins anteriores: os nossos erros e fracassos pessoais e familiares de ontem podem tornar-se, à partir dos nossos posicionamentos, hoje, catalisadores para nossos acertos, sucessos, prosperidades e crescimento, amanhã. Para isso:
10 – Aprendamos a celebrar e valorizar nossas pequenas conquistas opu nossos primeiros passos na correção e acertos de erros e fracassos. Precisamos aprender a apreciar pequenas bênçãos e cultivar a gratidão, reconhecendo nossas pequenas realizações e conquistas, não importando o “quão insignificantes” elas pareçam. São nossas. Mt 25:21 "O senhor disse: “Muito bem, servo bom e fiel; você foi fiel no pouco, sobre o muito o colocarei; venha participar da alegria do seu senhor.”
11 – Recomeçemos nesse exato momento. Sabem aquela máxima “não deixamos para o amanhã o que podemos fazer hoje”, então, essa é a ideia, recomecemos e retomemos a caminhada hoje e não amanhã, depois e depois, afinal, o Deus com quem nos relacionamos é o Deus do agora, o Deus do já, o Deus do nesse memento.
12 – Não desistamos de reerguer-nos, de recomeçarmos e não desistamos de recomeçar e de reerguer-nos na prática e não apenas na ideia, na vontade. O que e quando começarmos no processo de nos reerguermos, deve ser continuado e não interrompido. Muitas vezes voltamos a errar e fracassar de pois de um recomeço, porque paramos, desistimos, deixamos pra lá, adiamos, cedemos, nos conformamos com o erro e fracasso. Sl 145:14 "O Senhor sustém todos os que vacilam e levanta todos os que estão prostrado-se" e Fp 4:13 "Tudo posso naquele que me fortalece."




CHAVES PARA TRANSFORMAR ERROS EM ACERTOS II - Pv 24:16


Continuando o assunto do boletim anterior: os nossos erros e fracassos pessoais e familiares de ontem podem tornar-se, à partir dos nossos posicionamentos, hoje, catalisadores para nossos acertos, sucessos, prosperidades e crescimento, amanhã. Para isso:
5 – Estejamos dispostos a enfrentar a dor por nossos erros e fracassos. Um ditado nosso, antigo, diz: “Quem pariu Mateus que o balançe”, ou seja, fizemos a meleca, temos que enfrentar as consequências e as dores que isso provoca. A dor, pode ser apenas uma passagem, um caminho, um meio de aprendizado e crescimento. Jó 23:10; Sl 119:71.
6 – Paremos de contar a todos sobre nossos erros e fracassos. Salvo se isso for ajudar quem nos ouve, calemo-nos, afinal, muitas vezes, o passado deve ficar no passado, mesmo (Is 43:18,19). Sl 34:4; 138:3; Pv 9:9; 17:27; Fp 3:13-15
7 – Esforcemo-nos para que, na medida em que isso for possível e permitido, restituirmos aqueles que foram fraudados ou machucados por nossos erros e fracassos. O verdadeiro arrependimento envolve restituição e restauração de coisas ou relacionamentos, pois, a restituição é um princípio de liberação de fé e purifica a nossa consciência. Êx 22:1; Lc 19:8
8 – Permitamos um tempo, um período para nossa recuperação. Sabem aquela ideia de se retirar para “lamber as férias”, pois é, precisamos aprender que reerguer-nos, retomarmos a vida depois de erros ou fracassos, nem sempre, ou na maioria das vezes, é imediato, antes, leva tempo e nem sempre é fácil. Ec 3:1; Gl 6:9
9 – Disponibilizemo-nos a ajudarmos mais alguém a receber a ser transformado depois de seus erros e fracassos. Uma vez que superamos nossos erros e fracassos e nos reerguemos, ai sim, DEPOIS disso, podemos ajudar aos outros. Não podemos dar o que e do que não temos.




CHAVES PARA TRANSFORMAR ERROS EM ACERTOS I - Pv 24:16


Os nossos erros e fracassos pessoais e familiares de ontem podem tornar-se, à partir dos nossos posicionamentos, hoje, catalisadores para nossos acertos, sucessos, prosperidades e crescimento, amanhã. Para isso:
1 – Aceitemos nossa humanidade. Não somos Deus, ou anjos que não caíram por isso as possibilidades de errarmos e fracassarmos é de cem por cento. A natureza de nossos ressoe fracassos e o que fazemos a respeito deles determinará nosso sucesso, nosso crescimento e nossa conquista. Sl 103:13,14
2 – Admitamos nossos erros e fracassos. Precisamos reconhecer, a nós mesmos, que erramos e fracassamos sem nos justificar. Pv 28:13; 1Jo 1:9. Também precisamos aprender a confessar a Deus e, na medida do possível, para não causar ainda um dano maior, confessar nossos erros àqueles que foram prejudicados com eles e por eles. Mc 11:25; Pv 10:19.
3 – Atribuamos as responsabilidades de nossos erros e fracassos aos que foram realmente, de fato e em verdade, os responsáveis por eles. Se outras pessoas estiverem envolvidas, devemos permitir-lhes aceitar parte da culpa e não somente nós assumirmos. O erro e o fracasso são nossos, mas, algumas (ou muitas) vezes porque fomos incisivamente influenciados por outros. Pv 19:18
4 – Precisamos rever outras possíveis alternativas que estavam disponíveis antes dos nosso erros e fracassos. Precisamos parar para avaliar e reavaliar outros caminhos que tínhamos e podíamos ter percorrido; outras portas que poderiam ter sido abertas; outras opções que tínhamos. Lc 14:28.
Mas também precisamos ser honestos em refletir que, às vezes, o que parece ter sido um erro ou fracasso, era a única decisão possível no momento e ai não devemos desperdiçar tempo valioso em circunstâncias inevitáveis do passado.




Por que algumas pessoas nunca conseguem definir objetivos? Lc 14:28-30


1 – Porque algumas pessoas simplesmente não sabem definir seus objetivos com clareza, afinal, definir objetivos requer, exige, tempo, disciplina, coragem e paciência e algumas pessoas simplesmente não querem dedicar-se a nada disso ou, não querem parar para planejar.
2 – Porque algumas pessoas têm medo de um possível fracasso e ai pensam que, se não definirem uma meta, se não definirem um objetivo, não haverá culpa ou sentimentos negativos por não alcançar.
3 – Porque algumas pessoas não conseguem estabelecer objetivos hoje, em função de experiências mal sucedidas anteriormente e ai, criou-se um bloqueio, um trauma por memórias amargas, por falhas anteriores que as intimidam, porque, talvez, seus objetivos não fossem razoáveis á época.
O que fazer, então, para alcançar nossos objetivos:
1 – Sempre buscar a Deus em oração ANTES de planejar qualquer objetivo a ser atingido ou uma meta a ser traçada. Coloquemos diante de Deus tudo o que pensamos sobre o assunto: desejos, razões, necessidades.
2 - Podemos e devemos nos aconselhar com pessoas mais experientes e de nossa confiança, mas nós é que definimos, por nós mesmos e para nós mesmos, nossos objetivos e não permitir ou deixar que outras os estabeleçam, ainda que tenham as mais ouras e belas intenções. Nossa vida, nossos objetivos, nós é que os definimos.
3 – Registremos numa folha ou agenda (papel ou eletrônica) cada um dos objetivos ou metas. Pode ser algo na área espiritual, física, financeira, familiar, profissional, estudantil ou acadêmica, relacional, eclesiástica. É importante não deixar apenas em nossa mente, mas anotar mesmo e, especifiquemos ao menos cinco ações que podemos empreender para atingir os objetivos ou alcançar as metas.




NOVOS PRINCÍPIOS PARA O SUCESSO PESSOAL NO ANO III - Pv 18:6-8


Ainda trabalhando ideias da leitura do livro “Sabedoria para Vencer” à partir de Pv 18:6-8, reflitamos sobre o seguinte: “Ouvimos uma história e reagimos a ela sorrindo ou chorando ou ficando indiferentes, ou temos raiva. O que ouvimos nos faz pensar; o que pensamos, nos faz sentir; o que sentimos nos faz agir; o que fazemos e como fazemos, pode tornar-se um hábito que dizem muito sobre nossa vida hoje e no futuro”.
Muitas vezes não chegamos a lugar algum no ideal de alcançar nossas metas porque nos dispomos a falar mais de escassez e obstáculos, mais de lutas e problemas, mais de adversidade e contrariedades, mais de derrotas e fracassos do que em possibilidades e oportunidades diante de um Deus que nos fez, em Cristo e por Cristo, mais que vencedores, sem contudo deixar que isso nos provoque sensações e sentimentos de grandeza, de autossuficiência, de arrogância, de prepotência.
Precisamos aprender a falar sobre as bênçãos de Deus dispensadas a nós diariamente e não apenas nos sonhos ainda não realizados e por isso nos desanimar, ou nos decepcionar.
Precisamos aprender a celebrar pequenas vitórias e conquistas e não apenas lamentar o que não conseguimos e, por isso, nos desvalorizar, ou nos menosprezar.
Precisamos aprender a dar glória a Deus pelo que Ele nos deu e nos dá e não apenas esperar o que Ele nos dará. Um exemplo, Quem crer em Jesus, Jo 3:36, Tem a vida eterna. Verdade que desfrutará de sua totalidade na eternidade, mas já a tem hoje, aqui e agora.




PRINCÍPIOS PARA O SUCESSO PESSOAL NO NOVO ANO II- Fp 3:13,14


Depois de pensarmos um pouco e avaliarmos alguns possíveis obstáculos (boletim passado) agora é hora de pensarmos sobre como alcançar nossos objetivos, como realizar nossos sonhos, à medida, óbvio, da vontade de Deus. Ainda, sobre o livro “Sabedoria para Vencer” de Mike Murdock, vão ai algumas dicas, adaptadas:
1 – Defina o objetivo específico que você quer alcançar, Fp 3:13,14, evite distrações e lute por esse objetivo sempre tendo a certeza da aprovação de Deus.
2 – Traça um mapa detalhado e estabeleça prazos, Ef 5:16. Escreva uma lista detalhada de atividades. Relacione pontos a serem conferidos. Organize seu tempo. A vida muda, quando as prioridades diárias mudam
3 – Informe-se. Obtenha todas as informações importantes a respeito de seu objetivo. Plante para colher. Planeje com antecedência. Durante todo trabalho, reveja pontos principais, etapas concluídas, o que ainda resta por fazer.
4 – Cultive um clima de confiança em todas as circunstâncias. Fale sobre suas expectativas de sucesso e não apenas sobre as experiências de fracasso. Sua suficiência vem e está em Deus, 1Co 3:5; Ef 3:12.
5 – Ajude outros a tornarem-se bem-sucedidos descobrindo seus dons, talentos, habilidades, capacitações para a realização de seus sonhos, ideais e planos.
6 – Valorize acima de tudo o seu relacionamento de vida com Deus, Sl 35:27 Deus nunca nos traz desvantagens quando, humildes, dependentes dEle, O buscamos, O procuramos e seguimos Suas orientações para nossas vidas.




PRINCÍPIOS PARA O SUCESSO PESSOAL NO NOVO ANO I - Fp 3:13,14


Iniciamos um novo ano. Muito provavelmente trouxemos de 2020 alguns sonhos, ideais e projetos não realizados, não concluídos; algumas metas não alcançadas. É possível que conquistemos alguns desses sonhos, ideais, mas o que fazer? Lendo o livro “Sabedoria para Vencer” de Mike Murdock, tenho algumas dicas, adaptadas. Antes, porém, pensemos sobre quais obstáculos nos impediram de que alcançássemos nossos objetivos? Talvez:
1 – Um espírito (motivação) que se recusa a aprender porque demonstra indisposição para mudar. Imaginemos médicos, advogados, etc... recusando-se a atualizarem-se nas suas áreas de atuação? Pois é, talvez, para não mudarmos, não quisemos aprender. Isso é impeditivo. Os 4:6; Pv 2:3-5. Temos, em tese, “duas fontes” de conhecimento”; (a) A Sabedoria, que implica aprendermos com os erros dos outros e (b) A Experiência, que implica em aprendermos com nossos próprios erros. Ousemos aceitar mudar em direção à vontade santa e soberana de Deus. Atrevamo-nos a ouvir novas ideias e conceitos firmados na Palavra do Senhor. Sejamos mais bíblicos.
2 – Compromissos não cumpridos, Ec 5:4,5. A ideia do voto aqui é a da promessa, do compromisso assumido diante de Deus e de pessoas, mas não cumprido. O importante é honrar a Deus e às demais pessoas com a honestidade e a integridade de nossas palavras e ações comportamentais.
3 – Ofensas não perdoadas, Mc 11:25. O perdão não é uma sugestão, uma ideia, um conceito, antes, é um requisito, uma exigência divina. Deus tem que ter o direito de julgar e Ele punir os outros pelos erros deles. Deixemos Deus julgar e agendar a punição.
4 – Associações imprudentes, Pv 13:20; 1Co 15:33. Amizades e associações imprudentes corrompem e até destroem o nosso potencial e a nossa capacidade de realizar, de fazer, de construir, de avançar, de vencer.




Qual nosso Presente a Jesus neste Natal?



Estamos na quinzena do Natal e, para muita gente, esta é uma época de preocupação com viagens a serem feitas para encontros familiares, ou a recepção de familiares em suas casas visando comemorar o Natal e, em particular, a preocupação com a compra de presentes e?ou, de lembranças para manter o “espirito natalino” q, nesse contexto, nada + é do q o consumismo, a ostentação e coisas do gênero.
Pessoal e sincera?te, não vejo nada de errado em presentear ou receber presentes nesta época, desde q, esse não seja o sentido q damos e temos do Natal, mesmo pq, alguns personagens bíblicos tb trouxeram e?ou deram presentes a Jesus qdo de Seu nasci?to e, para cada um deles, isso tinha significado, relevância, sentido, pois, trazia algo de relacional com o evento:
* Mt 2:2,11, Os sábios do oriente: “... onde está o recém-nascido o Rei dos Judeus? Pq vimos a sua estrela no oriente e viemos para adora-lo! Entrando na casa, viram o menino com Maria, Sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os tesouros, entregaram-Lhe suas ofertas”;
* Lc 2:10,11, Os anjos: “... eis q vos trago boa-nova de gde alegria: é q hoje vos nasceu na ci?? de Davi, o Salvador, q é Cristo, o Senhor”;
* Lc 2:20, Os pastores: “então voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto”.
* Lc 2:29,30, Simeão: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo pq meus olhos já viram a Tua salvação”.
* Lc 2:38, Ana: dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos q esperavam a redenção de Jerusalém
Queridos, o q, de fato e em vdd, significa pra nós presentear alguém no Natal? Só uma questão cultural, de manter o ritual, de manter o costume?
Queridos nas comemorações natalinas, ao presentearmos alguém, qual é o real e significativo valor de nosso relaciona?to com Deus?
Que, pra nós, presentar alguém no Natal signifique presentear de nós mesmos, de nosso relaciona?to com Deus no presente a ser dado.




Cristo, Defendido


Antes de “escrever” este Artigo eu li o livro “Em defesa de Cristo” de Lee Strobel (editota Vida). Ele era um jornalista ateu cuja esposa se converte a Cristo. Incomodado e principalmente inconformado com a nova vida da esposa, Strobel realiza 13 entrevistas com autoridades e investiga as provas sobre a existência de Cristo e, para isso, usa suas “ferramentas” profissionais visando “provar”, segundo seu ateismo”, que Deus não existe e nem Cristo é quem disse ser: Deus que se encarnou, viveu entre nós, morreu e ressuscitou. O resultado disso tudo? Sua conversão.
Quase ao final de 600 dias de seu trabalho, Strobel diz: “Eu li, o que apóstolo Paulo disse: em 2Co 5:17: ‘Se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!’ e, Jo 1:12: 'Aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus’. Os verbos-chave neste último versículo exprimem com precisão matemática o que é preciso para ir além da mera concordância mental com a divindade de Jesus e entrar em um relacionamento permanente com ele, sendo adotado na família de Deus: crer + receber = tornar-se.
Tudo isso me levou à pergunta: "E daí?". Se isto é verdade, que diferença faz? Havia várias implicações óbvias.
• Se Jesus é o Filho de Deus, seus ensinos são mais que meras idéias corretas de um mestre sábio; são posições divinas sobre as quais posso com confiança edificar minha vida.
• Se Jesus estabelece o padrão da moralidade, posso agora ter um fundamento inabalável para minhas escolhas e decisões, em vez de baseá-las na areia movediça dos interesses próprios e do egocentrismo.
• Se Jesus ressuscitou, ele ainda está vivo hoje e disponível para que eu o encontre pessoalmente.
• Se Jesus derrotou a morte, ele pode abrir a porta da vida eterna para mim também.
• Se Jesus tem poder divino, ele tem a capacidade sobrenatural de me guiar, ajudar e transformar enquanto eu o sigo.
• Se Jesus conhece pessoalmente a dor da perda e do sofrimento, ele pode me consolar e encorajar em meio à turbulência que ele avisou que seria inevitável em um mundo corrompido pelo pecado.
• Se Jesus me ama como diz, ele tem meus melhores interesses em mente. Isso significa que nada tenho a perder e tudo a ganhar ao me confiar a ele e a seus propósitos.
• Se Jesus é quem afirma ser (e lembre-se de que nenhum líder de qualquer outra religião importante jamais disse ser Deus), como meu Criador ele merece por direito minha lealdade, obediência e adoração.
No dia 8 de novembro de 1981, minha tese da lenda, à qual eu me agarrara com força durante tantos anos, foi totalmente desmantelada. Além disso, meu ceticismo jornalístico diante do sobrenatural se dissolvera à luz das evidências históricas emocionantes de que a ressurreição de Jesus fora um evento real, histórico. De fato, minha mente não conseguiu recorrer a uma única explicação que atendesse às evidências históricas tão bem quanto a conclusão de que Jesus era quem afirmava ser: o único Filho de Deus.
Realmente, com o tempo, enquanto eu me dedicava a seguir os ensinos de Jesus e a me abrir ao seu poder transformador, minhas prioridades, meus valores e meu caráter foram (e continuam a ser) gradualmente transformados. Cada vez mais quero que a motivação e a perspectiva de Jesus sejam também a minha. Parafraseando Martin Luther King Jr., ‘posso ainda não ser o homem que deveria ser ou o homem que, com a ajuda de Cristo, um dia serei — mas, graças a Deus, não sou mais o homem que eu era’!




Livres em Cristo II – Jo 8:31,32


Na Enciclopédia Barsa, a palavra carnaval etmologicamente origina-se do baixo latim “carnelevamen”, cuja tradução é “festa da carne”. Tem sua origem atribuída a evolução e a sobrevivência do culto à deusa pagã Isis, no antigo Egito. Carnaval é portanto, uma festa de origem pagã e cultua ísis, deusa egípcia, pelos prazeres da carne.
O dicionário da língua portuguesa da Enciclopédia Britânica do Brasil diz que o carnaval é a “folia que precede à quarta-feira de cinzas, durante a qual existe o afrouxamento das normas morais”.
As primeiras referências se relacionam a festas agrárias, atribuídas aos cultos de agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela colheita, na Grécia durante o séc 7 a.C. A festividade incluía orgias sexuais e bebidas, e os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.
As folias do carnaval também estão ligadas às festas pagãs romanas, marcadas pela licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música, conhecidas como bacanais (em homenagem a baco, o deus do vinho e da orgia), lupercais (em homenagem ao deus obsceno pã, também chamado de luperco) e saturnais (em homenagem ao deus saturno, que, segundo a mitologia grega, devorou seus próprios filhos).
O Supremo Concílio da IPB ao logo dos tempos sempre se posicionou sobre o assunto. Em 2010 foi assim: “SC-E – 2010 (22-24/Nov./2010) - Considerando: 1) Que não devemos e nem podemos exigir dos membros de nossas igrejas nada que vá além do evangelho de Cristo. 2) Que "todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém" (1Co 6.12), tudo o que transgride a regra de moderação é pecado (Fp 4.5) e toda forma de mundanismo é contrária à santidade cristã (1Jo 2.15-17); 3) Que o amor para com os de consciência mais fraca deve ser levado a sério, a ponto dos fortes evitarem escandalizar àqueles (Rm 14.1-23); 4) Que a Igreja deve atentar para os aspectos culturais da sociedade na qual está
inserida, a fim de testemunhar eficazmente o evangelho de Cristo, sendo cuidadosa tanto com a forma quanto com o conteúdo de seu discurso e prática (1Co 9.19-27); 5) Que "tudo o que destrói o corpo, que é o Templo do Espírito Santo, é pecado e deve ser evitado; não obstante, reconhece que a Igreja é constituída de crentes que estão caminhando em santificação, uns mais e outros menos, devendo os conselhos esforçarem-se por conseguir o melhoramento espiritual de maneira amistosa e fraternal”; 6) Que toda prática pecaminosa, seja de membros seja de oficiais da Igreja, deve ser corrigida nos termos da Escritura, conforme Mt 18.15-20, e do CD/IPB. O SC-E/IPB - 2010 RESOLVE:
Vícios Sociais - Todos os obreiros da IPB devem combater com insistência os vícios, os exageros da moda e tudo quanto rebaixe o nível da espiritualidade.
Os vícios sociais, tais como o fumo, o álcool, o jogo, inclusive a loteria esportiva, também, a frequência a bailes, reconhecidamente contribuem para a deterioração da pessoa humana, cristã ou não; É dever das igrejas, lutar por todos os meios e modos, continuamente contra vícios; O SC resolve: Recomendar vigilância redobrada, em todos os seus concílios, instituições e igrejas contra os males acima referidos.
1Jo 2:16: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”, ou, a Bíblia desaprova o que é carnal porque se constitui inimizade contra Deus, Rm 8:7.
Na vida de relacionamento que eu digo ter com Deus ou eu O agrado ou desagrado. Agora, como posso me relacionar com que eu desagrado?
O Carnaval (festa da carne, ou em louvor a entidades pagãs) não é uma festa que agrada a Deus, que agrada a Deus, então, não é uma festa pra nós. Simples assim.




Livres em Cristo I – Jo 8:31,32


Esses dias ai pra trás, li o livro “Quando ser bom não basta”, do Rev. Stephen Brown, Pastor Presbiteriano em Key Biscayne, Miami, EUA e me deparei com algumas ideias que julguei interessantes e decidi adaptá-las, neste 1º momento, para o Artigo do Boletim como segue:
Ao lermos Jo 8:31,32 “Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sereis meus discípulos. Então conhecereis a verdade e a verdade dos libertará”, (1) Sou discípulo de Jesus na medida e proporção que permaneço no Seu ensino, ou, aprendo de, sobre e com Jesus; (2) Sou liberto na medida em que conheço a Jesus. Agora, o que significa ser livre em Jesus? De acordo com o Rev. Brown em seu livro já citado significa que somos livres das regras por nós imaginadas, e que nos escravizam a Deus; significa que somos livres da manipulação que outros cristãos usam para nos tornar como eles – libres para não precisar nos moldar ao mundo. Livres para sermos diferentes.
Somos livres, continua o Rev. Brown, da escravidão da religião e do medo da rejeição, da alienação e da culpa. Somos livres do medo da morte; livres das máscaras, do fingimento e da aparência; livres para arriscar, para questionar; significa que somos livres em todos os momentos e, principalmente, somos livres para seguir a Cristo, não porque precisamos, mas porque queremos, gostamos, temos prazer.
Herdamos um conceito: “a lei leva à culpa; a culpa leva à luta, a luta leva ao fracasso, o este produz mais culpa que leva ao antinomianismo (doutrina luterana de João Agrícola 1494-1566 que, em nome da supremacia da fé e da graça divina, prega a indiferença para com a lei; anti = contra e nomianismo = lei, ou, contra a lei), este leva à apostasia e a apostasia produz raiva e dureza de coração”. Assim, a dureza de coração é o resultado de um processo que se inicia na lei que gera culpa.
Uma vez, libertos por e em Cristo, Seu amor nos torna livres, que nos leva à culpa, que produz nossa confissão, que nos leva à ainda mais do Seu perdão; o perdão de Deus produz em nós adoração, que nos leva à fidelidade. Assim, a nossa fidelidade a Deus é o resultado de um processo que tem início no amor e na liberdade que Cristo nos oferece.
Temos, pelo menos em tese, “dois conceitos” sobre religião: (1) aquele pregado por pessoas, a religião estruturada com funções organizadas do entendimento humano a respeito de Deus e nossos esforços para agradá-Lo, cujo resultado, via de regra é o que lemos em Jr 6:20: “Para que me vem o incenso de Sabá, ou a melhor cana aromática de terras remotas? Vossos holocautos não me agradam, nem os vossos sacrifícios me são suaves”, ou ainda, Am 5:21-23: “Aborreço, desprezo as vossas festas e as vossas assembleias solenes não me dão prazer. Ainda que me ofereçais holocaustos juntamente com as ofertas de cereais, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados”. Neste tipo de religião a forma externa, aparente ocupa o lugar as realidade interior. Vale lembrar que, tendências extremistas frequentemente são a causa de desmoronamento de religiosidades, pois, tbm se confunde normais culturais, rituais e doutrinárias com verdades bíblicas. A religião para estes é sinónimo de algo bom, puro, gentil e compassivo. São pessoas que falam como cristãos, frequentam igrejas cristãs, oram como cristãos, cantam hinos cristãos, mas, não são cristãos.
Nesta modalidade de religião, as pessoas expressam suas crenças religiosas conforme suas predisposições psicológicas, expressões de suas próprias neuroses ou psicoses, isto é, distante do “normal” e muito “misterioso”. Ex.: “Deus me mostrou” (só mostrou a ele?a); “Deus me revelou” (só revelou a ele?a); “Deus me falou” (só falou a ele?a). Não afirmou que Deus não fale, revele ou mostre, hoje, algo a alguém, mas do jeito que algumas pessoas se expressam, pregam, ensinam, é muito “mostrar”, “revelar” e “falar” pra pouco ou nenhum conteúdo bíblico.
(2) a religião no sentido bíblico é, na verdade um relacionamento de alegria, de obediência e de adoração Deus, o Criador por sermos Suas criaturas remidas e termos sido transformados em Seus filhos (Jo 1:12) e mais, amigos (Jo 15:15). Simples assim.




Jesus Cristo, o maior recrutador de todos os tempos.


A Bíblia mostra, em várias passagens, a ação de Jesus chamando ou recrutando seus seguidores. Assim é que, no início de seu ministério na Galiléia, Cristo convidou dois pescadores (Pedro e André) e os fez “pescadores de homens” (Mt 4:19). Depois, recrutou outros dois (Tiago e João), também pescadores e irmãos (Mt 4:21,22).
Nesses quatro primeiros chamados de Cristo registrados no NT, fica a pergunta: Por que Jesus chamou pescadores como candidatos a discípulos? Um pescador, no tempo de Jesus e de hoje, precisa:
1 – Ser paciente (leia: Rm 12:12; 1Co 13:4; 2Tm 2:24). O Bom pescador sabe esperar pacientemente até que o peixe morda a isca. Se for uma pessoa inquieta, nunca será um pescador de sucesso. Fazendo um paralelo bíblico, leia: 1Co 13:7; Hb 11:1; Sl 71:14.
2 – Ser perseverante (Leia: Lc 21:19; Rm 5:3; Ef 6:18). O pescador experiente que conhece seu ofício aprende a não desanimar nunca, e sempre volta à pescaria e tenta maia uma vez.
3 – Ser corajoso (Leia: Dt 31:6; Mt 14:27; Jo 16:33). Ernest Hemingway (1898-1961), consagrado romancista norte-americano dos anos 30 a 50, escreveu “O Velho e o Mar”, tido como o seu trabalho mais amadurecido e com o qual ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Nele, Hemingway retrata a extraordinária coragem e perseverança de um velho pescador tentando pescar um grande peixe. Nos momentos de maior solidão desse combate, dizia para consigo: “Meu barco é tão pequeno e frágil e o mar tão grande, bravio e desafiador...!”. Foi sua enorme coragem que fez com que levasse o peixe grande, ou o que restou dele, até a aldeia onde vivia.
4 – Noção de oportunidade (leia: 2Co 6:1-3; Cl 4:5). O bom pescador sabe que há momentos em que precisa recolher as redes e ir para casa. O discípulo de Jesus deve saber escolher o momento adequado para sua pesca.
5 – Saber adaptar a isca ao tipo de peixe (leia: 1Co 9:19-23). Você não precisa ser um grande pescador para saber que cada peixe responde a um determinado tipo de isca. Fazendo um paralelo bíblico, leia: Jo 3:1-15; 7:14-24; Mt 11:28-30; 16:1-4)
6 – Ser discreto (leia Mt 3:11; Ef 6:5-8) Se a presença do pescador for muito barulhenta, com certeza os peixes irão embora, por melhores que tenham sido a isca e o equipamento empregados.
(extraído de “Manual de Administração: Formação dos Recursos Humanos da Igreja” de Antpinio Vieira de Carvalho, Editora Eclesia, pgs3-5)




O Verbo de Jesus, Jesus, e o Natal – Gn 3:15 e Jo 1:1-14


Quando lemos o Jo 1:1-14 (v.14), vemos uma afirmação que aponta para o cumprimento da promessa de Gn 3:15. A encarnação do verbo, aponta para a vinda do Filho de Deus como um homem, nascido de uma virgem, mas também para uma outra realidade. O mesmo logos é registrado nas Escrituras como sendo aquele agente da ação criadora (v.3). O cumprimento da promessa do AT, inclui não somente o fato da vinda, mas que este ato incorpora em si a ação restauradora mencionada em Gn 3:15, consumada com a morte e ressurreição de Cristo Jesus.
O natal aponta para este fato: O mundo não pode salvar a si mesmo. Essa é a mensagem do natal (Timothy Keller). A encarnação de Cristo é um ato de salvação. O Filho de Deus veio ao mundo em carne, e sua vinda expõe nossa fragilidade. Bem como ocorreu com Adão, o homem não pode salvar a si mesmo.
A encarnação do verbo era necessária, pois, tal como Adão era um homem que representava a humanidade, e a “derrubou” em seu pecado, Cristo viria como representante do povo escolhido de Deus no objetivo de salvá-lo, (Rm 5:17-19)
Jesus veio como um homem que exerceu o ofício profético, anunciando ao mundo as palavras de Deus, o Pai. Um homem que ofereceu sacrifício perfeito como sacerdote (Hb 4:14,15) Jesus deveria ser um homem que reinasse no trono de Davi e governasse para sempre, Lc 1:32.
Portanto, nosso natal não é comemorado em ceias fartas ou festas exuberantes, nem é festejado com presentes ou luzes, mas é prestigiado quando nosso coração se curva ante o trono de Deus, reconhecendo sua intervenção maravilhosa: o envio de seu próprio Filho ao mundo, para que por sua vida, muitos fossem vivificados. O natal encerra uma verdade grandiosa e poderosa, pois o nascimento de Cristo é a mensagem do evangelho encenada: Um menino nasce e sua vinda é o brado de vitória, pois aquele acerca de quem falaram os profetas é chegado, a apoteose da história da redenção é finalmente vinda, Ele veio para nos resgatar. O menino-pastor veio para recolher para seu Pai suas ovelhas, para arrebanhar-nos para si. Jesus, nasceu para salvar o mundo. Feliz Natal.




Entendendo Hb 6:4-6 (IV)


(Ainda sobre livro: “Apostasia do Evangelho.”) A doutrina do evangelho é uma doutrina que conduz à santidade. E isso é importante por pelo menos 2 principais razões bíblicas muito diretas:
1) Porque 1Ts 4:3 afirma expressamente que a vontade de Deus é a nossa santificação e
2) Porque Hb 12:14 afirma que “sem santificação, ninguém verá ao Senhor”. A doutrina do Evangelho ensina, exige e ordena a santidade.
A santidade exigida pelo evangelho é uma obediência de espécie e natureza bem diferente da obediência exigida por qualquer outra doutrina ou ensino.
A lei natural sugere muitos deveres importantes para com Deus, para consigo mesmo e para com outras pessoas. A lei escrita apresenta-nos todos aqueles deveres morais que Deus exigiu do homem quando ele foi criado. Mas há uma santidade requerida pelo evangelho que, embora inclua todas as exigências da lei moral, é ao mesmo tempo diferente da natureza da obediência exigida e nas motivações dessa obediência santa. A obediência santa que o evangelho requer surge da gratidão pela salvação recebida, e não é aquela obediência servil que surge de se buscar mérito.
Onde existe a verdadeira santidade, e o poder dela é visto pelos seus frutos, ai, e somente ai, Cristo é glorificado e honrado no mundo.
Onde as igrejas e as pessoas que professam o evangelho são mudadas, transformadas e renovadas na imagem de Deus; onde o coração delas é purificado e seu proceder exterior é frutífero, onde elas estão sob o controle de um espírito (motivação interior) de paz, amor, mansidão, bondade, domínio próprio e ótica (visão) celeste e são frutuosas em boas obras, as quais coisas são a substância da santidade verdadeira, ali elas realmente manifestam ao mundo a glória do evangelho e de seu amor.




Entendendo Hb 6:4-6 (III)


A 3ª estrofe do hino 132 do Hinário "Novo Cântico" (da IPB) diz assim: “Quantos que corriam bem, de ti longe agora vão”, numa cristalina referência à pessoas que um dia abraçaram o evangelho, mas que, com o tempo, se distanciaram e ainda não voltaram e talvez, nunca voltem. Porque? Qual?is razão?ões?
Ainda sobre livro: “Apostasia do Evangelho”, algumas ideias como respostas:
1º Por causa da ignorância da necessidade de ter Jesus Cristo e da graça dEle para a vida e salvação. Isso fez com que perdessem o interesse nEle. Tais pessoas nunca tiveram uma experiência profunda de sua necessidade pessoal de Cristo.
2º Por falta de uma visão espiritual da glória de Cristo em Sua Pessoa e em Seus Ofícios de: Pastor, Rei, Salvador, Sacerdote (intermediário), único Caminho a Deus.
3º Por falta de experiência pessoas do poder do Espírito e da graça de Cristo para a mortificação do pecado. A mortificação do pecado é uma obrigação cristã contra a qual a natureza corrompida se opõe (Rm 8:13). O raciocínio não-iluminado não consegue ver nem entender nada do assunto. Na verdade, aos olhos da razão, esse e todos os outros mistérios do evangelho são tolices.
4º Por ignorância da justiça de Deus (Rm 10:3). São pessoas que NÃO confiaram verdadeiramente em Cristo como sendo aquele que cumpriu, em seu favor, toda a lei e libertou-as de todas as exigências dela (a lei) de justificação perante Deus.
5º Por relutância em submeter-se à soberania de Deus. A soberana e infinita sabedoria e graça de Deus é o único fundamento do pacto de graça no qual Deis promete eterna salvação a todos os que colocam sua fé em Jesus Cristo para a salvação. A eleição eterna surge da soberania da sabedoria e graça de Deus (Rm 9:11,18). Mas à mente carnal, não espiritual, não-convertida, nada disso agrada; ela se levanta contra tudo isso; não tolera a ideia de que a vontade, a sabedoria e o prazer de Deus deva ter nossa submissão e adoração, mesmo quando não pode ser, por nós, entendida.
6º Por falta de evidência neles mesmos da autoridade divina das Escrituras. Aquele que não experimentou por si as divinas evidências que Deus colocou na Bíblia como provas de Sua origem divina não ficará firme quando a perseguição ou dificuldades surgirem.




ENTENDENDO Hb 6:4-6 (II)


Ainda sobre livro: “Apostasia do Evangelho”. No boletim anterior dissemos que as pessoas para quem o escritor de Hb 6:4-6 se dirigiu tiveram grandes privilégios e vantagens. Quais privilégios? (Lembrando que não se tratam de desviados)
1º Iluminação (v.4a). Eles foram instruídos no evangelho, ou, na doutrina do evangelho em contraste com o “mundo tenebroso” (2Pe 1:19) em que viviam. Não é um conhecimento natural, mas conhecimento espiritual, dado pelo Espírito Santo.
2º Provar o dom celestial (v.4b) Isso significa o fato do Espírito Santo ter sido mandado do céu (ou dado) por Cristo após sua ascensão e exaltação, especialmente para introduzir um novo estado de verdade e culto.
“Provar” é “experimentar”. Então, o privilégio que esses leitores (Hb 6:4-6) tiveram foi o de experimentar o Espírito Santo como dádiva de Deus ofertada no evangelho.
3º Se tornaram participantes do Espírito Santo (v.4c) Significa as pessoas compartilharem dos dons dele (o Espírito Santo) e experimentarem algo de suas ação sobre elas e por elas sem que sejam participantes de suas graças salvadoras.
4º Provar a boa Palavra de Deus (v.5a), significa palavra falada, ou, o que esses apóstatas provaram foi o evangelho conforme pregado ou anunciado e não a Cristo, como verbo ou como a Palavra.
5º E os poderes do mundo vindouro (v.5b), ou, as operações poderosas, grandes, miraculosas do Espírito Santo, preditas pelos profetas (Jl 2:28-32 e At 2:16-21). É provável que estes apóstatas experimentaram as operalizações extraordinárias e especiais do Espírito Santo e ai, negligenciar o Espírito Santo que lhes tinha concedido essas operalizações tornava muito grave os seus pecados, redundando em blasfêmia contra o Espírito, o que tornaria impossível suas recuperações.
Do que vimos até e no boletim anterior, o “cair” de que trata Hb 6:4-6 NÃO é:
1 – cair neste ou naquele pecado verdadeiro, seja de que natureza for;
2 – cair em alguma tentação, pois temos muitos exemplos daqueles que caíram em várias tentações e depois foram restaurados ao arrependimento. Esse cair em tentação não é premeditado e não acontece por escolha proposital.
3) uma queda que signifique renunciar a algum princípio importante e essencial da vida cristã de relacionamento com Deus.
Esse “cair” de Hb 6:4-6 de ser entendido como uma renúncia plena de todos os princípios e doutrinas importantes do evangelho de Jesus que anuncia Sua morte na cruz e ressurreição no poder do Espírito Santo.




ENTENDENDO Hb 6:4-6 (I)


Lendo outro dia desses o livro: “Apostasia do Evangelho” (John Owen, Edit ‘Os Puritanos’ – tem na Bíbliovideoteca da IPFA) deparei-me com uma exposição muitíssimo interessante sobre Hb 6:4-6 (ler o texto) e quero compartilhá-las nalguns boletins.
Esse texto tem sido compreendido por alguns como um texto que trata da impossibilidade de desviados voltarem pro evangelho. Será? É disso que o texto trata? Aonde mais se vê isso na Bíblia? Podemos adiantar que não se trata de desviados e em nenhum momento, na Bíblia, isso se aplica a desviados. Então do que se trata?
Não crescer no conhecimento do evangelho e na obediência às obrigações compreendidas é estar em perigo de retroceder àquela posição de descrença e ignorância da qual cada um foi resgatado e é rejeitar o evangelho completamente.
Para adverti-los, o escritor de Hebreus lhes dá uma descrição do estado infeliz e miserável daqueles que pareciam ter começado bem quando reconheceram publicamente sua aceitação do evangelho, e que depois, por ociosidade e negligência, escorregaram e recaíram na velha situação e nas antigas práticas, para terminarem na apostasia.
As pessoas descritas em Hb 6:4-6, tiveram, por meio do evangelho, grandes privilégios e vantagens. Os privilégios que tinham eram quanto às obras especiais do Espírito Santo, obras específicas para a época do evangelho. Esses privilégios testificavam que essas pessoas foram libertas da servidão da lei por uma participação naquele Espírito que era o grande privilégio do evangelho.
Mais tarde, quando o escritor de Hebreus declara que espera e está mesmo persuadido de que seus leitores não faziam parte daquelas pessoas a respeito de quem ele havia descrito, nem eram dos tais que cairiam na perdição, ele faz isso com base em 3 fundamentos:
1 – Crentes verdadeiros possuem características que sempre acompanham a salvação, porque são coisas imprescindíveis à salvação;
2 – Crentes verdadeiros são conhecidos por sua obediência e pelos frutos da fé em suas vidas;
3 – Crentes verdadeiros vivem sob os cuidados e a fidelidade de Deus que prometeu preservá-los eternamente. Mas Deus só prometeu guardar de perecer eternamente aqueles que estão no pacto da graça e nada disso é suposto com respeito à pessoas descritas no texto.




Alguns tipos de Anseios, Mt 6:25,27,28,31-34


Quando Jesus nos prometeu água viva fluindo do nosso interior (Jo 7:38) a ideia é a de que Ele atenderia as necessidades reais e básicas de nossas almas, mas isso não garante que Ele satisfá-las-ia, aqui na terra. Pensemos:
1) Temos os anseios básicos mais profundos do coração que precisam ser satisfeitos para que nós sintamos que a vida tem sentido. Fomos criados com a necessidade de nos relacionar com um Ser amoroso e firmemente forte que nos atribui certas tarefas e nos capacita para realiza-las. Sem esse relacionamento e sem a possibilidade de deixar sua marca no mundo, a vida humana é horrivelmente vazia. NADA: nem amigos, emoções, prazeres, profissão prestigiosa, dinheiro, pode preencher esse vazio, salvo nosso relacionamento de vida com Deus.
(2) Todos temos consciência de outras reais necessidades de fundamentais importâncias: o desejo de ser amado e respeitado pelo outro (família, cônjuge, trabalho, estudos, saciedade); esperança de que outros se “liguem”, se unam a nós; queremos ter amigos; queremos ser felizes, enfim, desejos de desfrutar de bons relacionamentos humanos, e que, satisfeitos, contribuam para nosso prazer de viver;
(3) Todos temos anseios casuais ou, necessidades que não sejam lá tão fundamentais assim: que não chova quando saímos para um passeio; que o lazer se concretize; que o carro não quebre no final do mês; que o bolo asse; que a comida esteja pronta quando chegarmos, etc. Estes são anseios que não necessariamente se baseiem em relacionamentos.
O anseio por relacionamentos de natureza profunda e básica, somente Deus pode satisfazer e preencher. NADA FORA DE UMA VIDA QUE SE RELACIONE SINCERA E VERDADEIRAMENTE COM DEUS saciará as reais necessidades que o ser humano tem.




Como não ser um fariseu? Os 7:9 com Mt 23:25,26


Oséias ironizou seus contemporâneos dizendo que estavam em cabelo brancos, mas não se davam conta disso. Geralmente, nós somos os 1os a perceber as evidências do envelhecimento e do declínio físico. Mas da mesma forma, somos os últimos a notar os indícios da deterioração espiritual É bem possível que estejamos enganados e pensemos que estamos melhor do que na verdade estamos.
As mais duras críticas de Jesus foram dirigidas a pessoas cuja principal caraterística era a própria negação da realidade. Os fariseus (Mt 23:25,26) eram: (1) especialistas em exibir uma bela aparência e, para apresentar à sociedade uma boa imagem, (2) eles reinterpretaram e sentido de pecado, definindo-o em termos de práticas exteriores. Depois, (3) passaram a observar escrupulosamente as regras por eles estabelecidas.
Jesus compara os fariseus desfavoravelmente dizendo que suas vidas eram como “sepulcro caiado” e, que se alguém olhasse embaixo daquela bela aparência de retidão, perceberia o mau cheiro da podridão e decomposição, e se alguém retirasse a pedra do sepulcro veria a carne podre de cadáveres em deterioração.
Recriminando os fariseus, Jesus expressou um princípio que deve servir de orientação para nós na busca do cre4scimento espiritual. Ele deixou bem claro que não é possível continuar a fachada falsa. Temos de encarar tudo que se passa por baixo dessa superfície caiada. Parece que Jesus quer dizer que se nós, seus seguidores, não nos dispusermos a enxergar como somos realmente, não conseguiremos nada.
Para não sermos fariseus devemos:
1) encarar a realidade de todas as coisas que nos dizem respeito;
2) tratar o pecado como ele de fato é, ou, pecado;
3) observar a Palavra de Deus e não nossas regras espirituais;
4) Temos de tomar a decisão de fazer o que é certo à luz da Palavra de Deus.




Que Culto Prestamos e a quem o Prestamos? Hb 10:19-22


O acesso ao Santo dos Santos, no NT, se dá pelo sangue de Jesus. Ele é o nosso sum-sacerdote sobre a casa de Deus. Quem nos conduz à presença do Pai para adorá-Lo é o Filho que, pela sai carne, abriu um novo caminho para a adoração que prestamos a Deus. A fórmula trinitária do culto cristão é adorar om Pai, pela mediação do Filho, no poder do Espírito Santo.
Para muitos hoje, o que nos conduz à presença de Deus para adorar são as músicas, o dirigente do louvor, o ambiente criado pelos “experts” em liturgia É comum ouvir alguém dizer que em determinada situação sentiu-se mais perto de Deus do que em outras. Que o louvor em determinadas igrejas nos induz mais a adorar do que em outras, e que o dirigente da música exerce um papel quase que insubstituível na condução do povo para adorar a Deus.
A mediação de Cristo foi transferida para a música, o ministro do louvor, ou um ambiente mais adequado para o ato do culto. Não é mais Cristo que pelo seu sacrifício vicário e expiatório na cruz nos conduz à presença do Pai, mas o clima que nós mesmos criamos. Se estamos dentro daquele clima propício, adoramos. Se não, o culto foi frio e desinteressante.
Reconheço a importância de uma liturgia bem planejada, de cânticos e hinos inspirativos e ambientes adequados para o culto que prestamos a Deus. O que me preocupa é a substituição da natureza mediadora de Cristo no ato do culto por elementos, muitas vezes, manipuladores das emoções.
A satisfação humana tornou-se central nas celebrações da Igreja. São as nossas sensações que determinam o significado do culto e não a glória de Deus.
Se me sinto bem, se acho que fui abençoado (mesmo que esta expressão não signifique mais do que uma sensação de bem-estar), se de alguma forma acho que foi válido ter gasto aquelas horas naquele lugar, então significa que o culto foi bom.
O objetivo bíblico do culto, não é o culto, nem mesmo nós, mas Deus.




ABAIXO DA TEOLOGIA DA RETRIBUIÇÃO (Hc 3:17,19)


Eu terminei, dias desses ai pra trás, a leitura do livro: “O caminho do Coração – Ensaios sobre a Trindade e a Espiritualidade Cristã” do Rev. Ricardo Barbosa, Pr Presbiteriano em Brasília, DF (Edit. Encontrão. Tem na Bibliovideoteca da IPFA) e me deparei com assuntos significativamente interessantes e decidi adaptar para alguns boletins ai pela frente.
O que é “Teologia da Retribuição?”. Segundo o Rev. Barbosa, também conhecida como “Teologia da Barganha”, é a teologia que os amigos de Jó criaram, ou, uma teologia que leva o homem a buscar e a servir a Deus pela recompensa que pode receber, e não pelo amor e afeto desinteressado que tem pelo Senhor. É uma espiritualidade de interesse, de troca, barganha.
A “Teologia da Retribuição” é a política do “é dando que se recebe”, como são feitos quase todos os tipos de apelos em nossas igrejas: “Se eu contribuir com fidelidade e participar fielmente das atividades da igreja, Deus me fará próspero e me abençoará. Se for honesto, íntegro, correto, Deus haverá de me abençoar e retribuir, geralmente com muito mais dividendos, para que o negócio seja de fato vantajoso”.
A Retribuição é um conceito universalmente aceito como base para as relações humanas. Basta observar as relações familiares em que o princípio da troca é uma constante desde muito cedo: “Se somos obedientes e bondosos, ganhamos a recompensa; se desobedecemos, somos castigados; se tiramos boas notas e somos aprovados, recebemos os prêmios, mas, se reprovados e fracassamos, sofremos as consequências e punições por isso”.
O ponto central que envolve o dilema de Jó, na nossa espiritualidade, é o de se somos capazes de fazer tudo o que normalmente fazemos para Deus mesmo quando Ele não nos recompensa com as bênçãos materiais e?ou espirituais. “Sou capaz de contribuir generosamente, mesmo quando não recebo de Deus nenhuma recompensa pela minha generosidade e fidelidade?” Sou capaz de amar a Deus e servi-Lo com integridade e temor, mesmo quando estou passando pelo vale árido da minha alma?” Sou capaz de orar, mesmo quando não ouço mais a voz do Senhor?” Este é o ponto central que envolve a doutrina da retribuição. “Que testemunho eu teria a dar sobre Deus, seu amor, graça, bondade e misericórdia, quando não há nada de concreto para contar ou afirmar?” “Quando não há nenhum carro novo, nenhuma promoção no trabalho, nenhuma cura, nenhuma revelação, nada, apenas Deus?”




A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO – 1Jo 5:14 (VI)


Para “finalizar”, ainda sobre a indagação: “Se Deus predestinou tudo qto sucede e regula todos os aconteci?os, não será a oração um exercício sem nenhum proveito?”. Qual é a relação entre a soberania divina e a oração feita por um crente?
Embora tenha determinado, provido e prometido as bênçãos, Deus deseja que essas, as bênçãos, Lhe sejam solicitadas; é nosso dever e privilégio pedi-las.
Talvez nada há que deixe os crentes tão perplexos como o problema das orações não respondidas. Eles pediram algo da parte de Deus; segundo a sua capaci??e de discernir as coisas, acham que pediram com fé, crendo que receberiam aquilo que era alvo de suas súplicas ao Senhor; pediram com serie??e, por repetidas vezes, mas a resposta não veio. Em muitos casos, o resultado é que vai diminuindo a confiança na eficácia da oração, até que a esperança termina por ceder lugar ao desespero, quando, então, já não buscam + o trono da graça. Não é assim que acontece?
Sem hesitar afirmamos: “cada oração confiante e verdadeira, apresentada a Deus já foi respondida. Recapitulando: Orar é vir perante Deus, contando-Lhe a nossa necessi?? (ou a necessi??e de outrem), entregando-Lhe os nossos caminhos, deixando-O agir conforme melhor Lhe aprouver. Isso deixa nas mãos de Deus o responder à oração do modo que Lhe agrade; e, por muitas vezes, sua resposta pode ser exata?e o oposto daquilo que seria + aceitável à carne. Porém, se real?e tivermos deixado nas mãos de Deus a nossa necessi??e, não deixará de haver resposta da parte dEle.
A verdadeira oração é a comunhão com Deus, de tal maneira que surgem pensa?os comuns à mente dEle e à nossa. O que necessitamos é que Ele nos encha o coração com os pensa?os dEle; e então os desejos dEle serão nossos, a fluir em direção a Ele. Aqui, pois, está o ponto de encontro entre a soberania de Deus e a oração cristã: se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve (1Jo 5:14) mas, se não Lhe pedirmos assim, não nos ouve. E, conforme disse Tiago: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.3).




A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO – 1Jo 5:14 (V)


Ainda sobre a indagação: “Se Deus predestinou tudo qto sucede e regula todos os aconteci?os, não será a oração um exercício sem nenhum proveito?”. Qual é a relação entre a soberania divina e a oração feita por um crente?
1º A oração não tem a finali??e de alterar os desígnios de Deus e nem de movê-Lo a formular novos propósitos. Deus já decretou que certas coisas hão de suceder, mas tbm decretou que sucederão através dos meios que Ele mesmo determinou para levá-las a efeito. Deus escolheu certas pessoas para a salvação, mas tbm decretou que sejam salvas através da pregação do evangelho.
As Escrituras ensinam clara?e que as orações em favor das coisas decretadas por Deus não são destituídas de significado (ler: Dn 9.2,3; Jr 29.11,12; Ez 37:36; Jo 17:5,11 e Jr 15:1)
2º Nossos pontos de vista sobre a oração carecem de revisão para se harmonizarem com os ensinos das Escrituras, qto a esse aspecto. Parece que a ideia que atual? prevalece é esta: “apresento-me a Deus para pedir algo que quero e passo a ter a certeza de que Ele me dará aquilo que Lhe pedi”.
Essa é uma ideia que avilta e degrada a Deus. As crenças populares reduzem Deus à função de servo, nosso servo (cumprindo nossas ordens, executando nossa vontade, atendendo nossos desejos). Não! Orar é vir a Deus, contando-Lhe a minha necessi??e, entregando-Lhe os meus caminhos, deixando-0 agir conforme melhor Lhe aprouver.Isto torna minha vontade sujeita à dEle, ao invés de, como no caso anterior, procurar que a vontade dEle se sujeite à minha. Nenhuma oração agradará a Deus se não for movida pelo espírito que diz: “Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua” (Lc 22.42).Quando Deus concede bênçãos àqueles que oram, não o faz por causa das orações deles, como se Ele tivesse sido influenciado e mudado por elas; é por causa de Si mesmo, por sua própria vontade e beneplácito soberanos. Se alguém perguntar: Qual, pois, é o propósito da oração?, a resposta deve ser: esse é o meio e o método que Deus ordenou para transmitir a seu povo as bênçãos de sua própria bondade.




A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO – 1Jo 5:14 (IV)


Sobre a oração, podem surgir algumas dificuldades, como por exemplo: Se Deus predestinou tudo qto acontece na história, desde antes da fundação do mundo, qual é a utili?? da oração? Se é vdd que “dele, e por meio dele, e para ele são todas as cousas” (Rm 11.36), então, por que orar? Qual é a utili?? de chegar-se alguém a Deus para dizer-Lhe aquilo que Ele já sabe? Para que eu Lhe apresentaria a minha necessi??, se Ele já tem conheci?o do que preciso? Qual é o valor da oração por alguma coisa, se tudo já foi predestinado por Deus? Em respostas a tais indagações, legítimas, diga-se de passagem:
1º A oração não tem o propósito de dar informações a Deus, como se Ele ignorasse as coisas, “Porque Deus, vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mt 6.8). A finali?? da oração é expressar a Deus nosso reconheci?o pelo fato que Ele já sabe aquilo que necessitamos. A oração jamais se destinou a proporcionar a Deus o conheci?o daquilo que precisamos; antes, visa a ser o meio de Lhe confessarmos nosso senso da necessidade que temos. Seu desígnio é ser Ele honrado através de nossas petições e ser Ele o alvo de nossa gratidão, depois de haver concedido as bênçãos que buscávamos.
2º Deus nos manda orar: “Orai sem cessar” (1 Ts5.17). E tbm temos “o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18.1). E mais ainda, as Escrituras declaram que “a oração da fé salvará o enfermo”, e tbm: 'Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.15,16). E o Senhor Jesus Cristo, nosso perfeito exemplo em todas as coisas, foi, preeminente?e, um homem de oração.
Então, mesmo não sabendo exata?e qual é a vontade de Deus, ainda que saibamos que essa vontade jamais sofrerá qq tipo de alteração ou variação quer oremos ou não, a Bíblia nos diz, como expressa ordem de Deus, que devemos sim orar em todo o tempo.




A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO – 1Jo 5:14 (III)


Ainda sobre ser óbvio que pouco ou nenhum consolo se pode alcançar em orar a um Deus que é como um camaleão, que muda diaria? de cor, de vontade, de humor, de propósito. Examinemos, portanto, algumas das razões por que Deus nos mandou que orássemos:
1º A oração foi instituída para que o próprio Senhor Deus seja honrado. Deus requer que reconheçamos que Ele é, de fato, “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade” (Is 57.15) e, “ao Senhor pertence a salvação!” (Jn 2.9). Deus requer que reconheçamos o seu domínio universal.
Além disso, Deus requer que O adoremos. A oração, a verdadeira oração, é um ato de adoração. A oração consiste em prostrar-se a alma perante Deus; a oração é o invocar o grandioso e santo nome de Deus; a oração é o reconheci?o da bondade, do poder, da imutabili?? e da graça de Deus; tbm é o reconheci?o da soberania divina, confessada qdo nossa vontade se submete à dEle.
2º A oração foi designada por Deus a fim de ser uma bênção espiritual para nós, um meio para o nosso cresci?o na graça. A oração autêntica consiste em chegarmos à presença de Deus, tendo consciência de Sua sublime majestade, o que deve produzir em nós o reconheci?o de nossa insignificância e indignidade.
3º A oração foi designada por Deus para nos ensinar o valor das bênçãos que procuramos da parte dEle, o que nos dá ainda maior regozijo, quando Ele nos concede aquilo que pedimos.
4º A oração foi designada por Deus a fim de que procuremos, da parte dEle, as coisas de que precisamos.




A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO – 1Jo 5:14 (II)


Há pessoas, sinceras na fé, que real?e acreditam que “a oração muda as coisas” e, nós temos de persuadir Deus a mudar o seu propósito pela oração, e, ainda, há quem afirme que: “se não orarmos, Deus não cumprirá o seu eterno propósito”. Queridos, isso é incorrer em gde erro, pq o mesmo Deus que decretou os fins tbm decretou os meios pelos quais suas finali??s serão alcançadas; e um desses meios é a oração. Qdo Deus determina conceder uma bênção, tbm outorga o espírito de súplica que Lhe solicita essa mesma bênção.
Cito um trecho de um dos últimos livros publicados nos EUA sobre a oração, no qual o autor declara: “As possibilidades e a necessi?? da oração, seu poder e seus resultados se manifestam no refrear e alterar os propósitos de Deus e no aliviar o impacto do seu poder”. E, ainda: “As orações dos santos de Deus são o patrimônio, no céu, por meio do qual Cristo leva adiante a sua gde obra sobre a terra. Os gdes espasmos e as poderosas convulsões que há na terra resultam dessas orações. O mundo é alterado, revolucionado; os anjos se movimentam com vôos + poderosos e + rápidos; a política de Deus é moldada na medida em que as orações se tornam + numerosas, + eficientes”. Isso é um absurdo teológico e principal?e!!!!
1º pq nega direta? Ef 3.11, que se refere ao “eterno propósito” de Deus. Se o propósito de Deus é eterno, segue-se que sua “política” não está sendo “moldada” em nossos dias.
2º contradiz o trecho de Ef 1.11, o qual declara expressa? que Deus “faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade”. Segue-se, pois, que a “política de Deus” não está sendo “moldada” pelas orações dos homens.
3ª uma asserção como essa dá posição de supremacia à vontade da criatura humana, pq, se as nossas orações moldam a política de Deus, então o Altíssimo está subordinado aos vermes da terra. Com exatidão perguntou o Espírito Santo, através do apóstolo: “Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” (Rm 11.34).
Deve ser óbvio que pouco ou nenhum consolo se pode alcançar em orar a um Deus que é como um camaleão, que muda diaria? de cor, de vontade, de humor, de propósito.




A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO – 1Jo 5:14 (I)


Quem frequenta as nossas reuniões às 3ªs e 5ªs ouve-me dizer da preocupação que tenho sobre orarmos e “nada de espetacular, de extraordinário, de fora do comum” acontecer seja imediata?e ou dias, semanas, tempos depois, e o qto isso, pode (se não o faz mesmo, de fato) interferir na fé, na confiança, no compromisso que manifestamos com Deus e principal?e, interferir em nossa espiritualidade. Preocupado e inquieto com isso, decidi dedicar alguns artigos nos próximos boletins para tratar desse assunto à partir da leitura que fiz do livro “Deus Soberano” (A. W. Pink, edit Fiel – tem na biblioteca da IPFA).
Um semanário religioso norte-americano apresentou em seu editorial, as seguintes palavras: “Deus, em sua soberania, ordenou que os destinos dos homens possam ser modificados e moldados pela vontade do homem. Este é o âmago da verdade de que a oração muda as coisas, ou seja, que Deus muda as coisas quando os homens oram. Alguém expressou isso de maneira admirável, nos seguintes termos: Há certas coisas que sucederão na vida de um homem, quer ele ore, quer não. Há outras coisas que acontecerão se ele orar e que não acontecerão se ele não orar”.
Dizer que “os destinos dos homens podem ser mudados e moldados pela vontade do homem” é uma aberração. Também, dizer que “Deus ordenou que os destinos dos homens podem ser mudados e moldados pela vontade do homem” é algo completamente falso, pois se trata de um antropocentrismo (o homem no centro). O destino humano é decidido, não pela “vontade do homem”, e, sim, pela vontade de Deus.
O que determina o destino do homem é se o homem nasceu de novo ou não, porquanto está escrito: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). E qualquer dúvida, se é a vontade de Deus ou a vontade do homem a responsável pelo novo nascimento, é esclarecida, de forma inequívoca, em João 1.13: “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Dizer que o destino humano pode ser mudado pela vontade do homem é tomar suprema a vontade da criatura, o que virtualmente significa destronar a Deus. Mas, que dizem as Escrituras? Que elas respondam: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir. O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória” (1 Sm 2.6-8).




As Falsas Esperanças do Cristianismo Moderno IV Gl 1:6-9 (Ler)


Pensemos nalguns tipos bem específicos de crentes gerados pelo cristianismo moderno:
a) Os que se esforçam ao máximo para fazer tudo o que a Bíblia ordena, mas apesar disso, ainda se sentes frustrados, derrotados, fracos, prostrados; são sinceros e fazem tudo que sabem ser seu dever. Deus não está transformando sua vida ou então não está mudando as circunstâncias, como eles desejam. Têm preocupações com dinheiro ou com os filhos; têm mágoas causadas por amigos, ou cônjuge ou parentes; temem não ser capazes de solucionar os problemas que podem surgir amanhã, e isso tudo lhes tira o sono.
b) os que se sentem bem, se sentem felizes e satisfeitos quase o tempo todo. Amam mesmo ao Senhor e, por experiência, sabem que Ele é fiel. A oração não é um rito religioso; apreciam muito sua igreja; tem a alegria de possuir bons amigos e familiares amados. Pela graça de Deus levam uma boa vida.
c) os que se acham endurecidos. Parece que nada saiu como queriam. As promessas de Deus não se concretizaram, pelo menos para eles e, por isso, sentem-se desanimados, indiferentes, frios.
4) os líderes nas igrejas. A necessidade de ser um exemplo de maturidade cristã pode leva-los ao orgulho ou a um colapso nervoso. Eles sabem que os outros os veem como seres perfeitos, o que não é verdade. E é muito trabalhoso preservar essa imagem.
Quando pensamos numa vida verdadeiramente transformada por Jesus, precisamos aprender que, uma verdadeira transformação de vida e na vida, exige, necessariamente, um exame interior, um olhar pra dentro de si mesmo Sl 139:1,23,24; Jr 17:10; Rm 8:27




As Falsas Esperanças do Cristianismo Moderno 1 Gl 1:6-9 (Ler)


Lendo o livro “De Dentro para Fora” de Larry Crabb (Edit Betânia), deparei-me com “teses” desenvolvidas por ele que, diga-se de passagem, concordo plenamente, e por isso, quero trabalhar nalguns boletins sobre mudarmos de vida pra valer estando dispostos.
Em desastroso contrate com o cristianismo bíblico, o cristianismo de hoje promete ao homem aliviar-lhe o sofrimento existencial em meio a um mundo que perdeu seu estado original. Sua mensagem quase sempre é a mesma – quer seja fundamentalista: apresenta ao ser humano um código de ética, ou por carismáticos: apela que façamos uma rendição total ao poder do Espírito. Todos prometem satisfação na vida presente. Podemos gozar felicidade total aqui na terra, afirmam.
Seja lá quem proclama, o alvo da vida cristã já de muito, deixou de ser conhecer mais a Cristo e servi-Lo até que volte, e, sim, aliviar os sofrimentos da alma ou pelo menos aprender a ignorá-los.
Dizem-nos, algumas vezes de forma explícita, e frequentemente pelo exemplo, que não precisamos sofrer nem com os conflitos familiares, as ameaças aterradoras ou notícias desagradáveis. Podemos gozar de uma alegria inexprimível que não apenas nos dá forças para atravessarmos os momentos difíceis, mas pode até eliminar os problemas, as preocupações e o sofrimento.
O objetivo de tal ensino é tentar suavizar a dolorosa experiência de viver numa sociedade imperfeita e algumas vezes maligna. Então aprendemos a fingir que estamos experimentando algo que na realidade só experimentaremos quando estivermos no céu”.
Não há nada de errado em sofrermos, em enfrentarmos a dor: Rm 8:18; 2Co 4:17




As Falsas Esperanças do Cristianismo Moderno III Gl 1:6-9 (Ler)


Não fomos criador para a dor. Ninguém gosta de sofrer. Para o homem caído não existe sofrimento pior do que ter de encarar um vazio que não consegue preencher. Acreditamos que a finalidade das sensações físicas e emocionais que Deus nos deu é proporcionar-nos prazeres como o de gozar boa saúde, e ter relacionamentos de amor e amizade. Se isso não acontece, se temos dor de cabeça devido aos conflitos e tensões, e nos sentimos magoados por atos de rejeição, logo procuramos alívio. Desejamos ansiosamente experimentar esse prazer que por natureza devíamos desfrutar.
Em meio a toda turbulência da alma, o cristianismo moderno vem com sua mensagem tranquilizadora: Tudo isso tem solução. E a solução apresentada é a seguinte: ou exercitamos mais fé e assim esses problemas são solucionados, ou então buscamos um nível mais alto de espiritualidade pelo qual se obtém uma plenitude de alma que toma o lugar da luta interior.
Ou, melhor ainda: nós mesmos podemos buscar o alívio que tanto desejamos. Podemos aprender a nos apropriar das promessas de Deus com mais fé.
Podemos dar novos rótulos aos pecados, dividindo-os em certas categorias e depois esforçar-nos para evita-los, conseguindo desse modo as bênçãos que desejamos. Podemos praticar novas formas de meditação. Podemos nos envolver mais nos trabalhos da Igreja, estudar mais a Bíblia.
No cristianismo moderno, diferentemente do bíblico, há sempre o que fazer para atingir o nível de espiritualidade que elimina a dor do sofrimento e a luta com realidades constantes, profundamente sentidas. Se termos alma sedente, podemos nós mesmos cavarmos nossa cisterna. A “tentação” é forte queremos solução agora. Nossa confiança não está mais depositada num Cristo de mãos traspassadas e que voltará para um povo que O espera sofrendo. Hoje nossa esperança dirige-se para um Cristo atencioso, que satisfaz os anseios do seu povo sofredor, dando-lhe alívio imediato.




As Falsas Esperanças do Cristianismo Moderno II Gl 1:6-9 (Ler)


No “evangelho da saúde e da riqueza”, a fé deixa de ser um meio para ficarmos contentes em toda a qualquer situação e passa a ser um recurso para modificarmos as circunstâncias e termos mais conforto.
Dizem-nos que se tivermos mais conhecimento bíblico, se nos consagrarmos mais, se orarmos e contribuirmos mais, isto é, se praticarmos todas as disciplinas espirituais, poderemos eliminar a necessidade de lutar contra as duras realidades da vida. Mas a verdade é que não podemos escapar desse sofrimento interior; apenas negá-lo. Porque, a única esperança que o crente pode ter de livrar-se dele está na promessa divina de que um dia ele irá morar com Jesus no mundo perfeito. Enquanto estivermos aqui, ou gememos ou fazemos de conta que não gememos.
Isso é o que especialistas chamam de “ignorar os efeitos da realidade” que só conseguimos manter evitando analisar-nos profundamente ou nos entregando ao emocionalismo. Ambos os posicionamentos tem sido desastrosos para a igreja.
Posicionamo-nos assim porque achamos que se tivermos de encarar a realidade não conseguiremos sobreviver. Preferimos enganar-nos dizendo que as coisas não vão tão mal assim, embora, intuitivamente saibamos que vão.
Não existe nada mais aterrador do que enfrentar um problema um problema cuja solução não está em nossas mãos. Talvez a decisão mais difícil que o cristianismo exige de nós seja a de confiar. Detestamos ser dependentes de outros porque nos acostumamos a não confiar em ninguém, ou pelo menos a não confiar totalmente. Todas as pessoas em quem confiamos, de uma forma ou de outra, nos decepcionaram. Concluímos: Confiar plenamente em alguém é “cometer suicídio”. Sl 9:10; 18:2; 22:4; 84:12;




A FAMÍLIA NOS PLANOS DE DEUS II – Gn 2:18-25


Ainda sobre Os princípios do lar do jardim: (7) Eram uma só carne. Essa intimidade maravilhosa removeu a solidão de Adão e proclamou a centralidade do casamento. O fato de serem homem e mulher, marido e esposa, dois numa só carne, exige um respeito mútuo, de forma que respeitar o outro é respeitar a nós mesmos; (8) Casamento significaria deixar pai e mãe. Adão e Eva seriam o pai e mãe de quem os filhos deveriam se separar para constituir seus próprios casamentos. Por meio desse processo, os relacionamentos ficariam fortalecidos, e a unidade das famílias ficaria preservada; (9) O homem estava unido à sua esposa. Essa é uma linguagem pactual, que reflete o compromisso de Deus para com os seus; (11) Havia nudez, mas não vergonha. Homem e mulher podiam estar nus, na intimidade, um diante do outro, porque refletiam mutuamente a glória de Deus; (12) Adão e Eva tinham responsabilidades. O Todas as responsabilidades de um para com o outro, e de ambos para com a criação, estavam em harmonia. Não havia egoísmo, vergonha, nem tristeza.
No NT o apóstolo Paulo inicia a carta aos Efésios expondo sobre a pessoa e obra da Trindade; a seguir, fala da união de judeus e gentios em Cristo pela graça; cuida da unidade e da fé e da união dos crentes em santidade de vida; por fim, Paulo trata do mistério da igreja, entremeando instruções às famílias individuais (Ef 5.1,2,21–6.4). Em todos esses temas há um sentido de comunidade do pacto, ou seja, de família da fé segundo os planos de Deus, de Família da Aliança. Assim entendemos que, sem lares cristãos sadios, as realidades profundas da fé cristã permanecem meras abstrações para os membros das famílias e não criam raízes na sociedade como um todo.
Os escritores apostólicos não exortavam as pessoas a se afastarem da sociedade, antes, a recuarem e renunciarem ao seu próprio eu. Ensinavam o princípio do sacrifício das prioridades pessoais em benefício das necessidades da pessoa amada. Quando vivemos um para o outro, encenamos a história do sacrifício de Jesus, o que nos leva a uma vida com propósito, a vida com Deus.
O empreendimento de nutrir uma família forte está acima do nosso alcance. Entretanto, esse empreendimento foi projetado para nos levar além da nossa capacidade e nos introduzir na esfera da graça. A graça de Deus nos capacita a viver acima da habilidade que possuímos, pensando nas pessoas de modo prático e pedindo graça ao Senhor para mostrarmos às pessoas a bondade de Deus.




Nossa espiritualidade “moderna” – Cl 1:24 (Ler)


Ainda sobre “teses” do livro “O caminho do Coração”. Algumas características da espiritualidade moderna: (1) é pragmática, ou, tudo precisa ter um sentido prático e produtivo; (2) tem a necessidade de preencher todo espaço vazio, ou, não se pode deixar lacunas na agenda, no diálogo ou na convivência; (3) é consumista, ou, determina o sentido, valor e realização no homem: ter é + do que ser.
Ao longo de tempo, desenvolvemos uma espiritualidade marcada pela busca da realização pessoal e profissional onde um lema é: “eu preciso ser feliz”; o uso do marketing na propaganda religiosa; a definição de sucesso a partir das estatísticas; a busca de uma liderança do tipo “Lair Ribeiro”, ou, de autoajuda, do uso de técnicas de reprogramação da vida e potencialidades.
Admiramos, e muito, líderes bem-sucedidos, com suas mega-igrejas, mas aqueles líderes ou mesmo crentes que trilham o caminho da humildade e renúncia, da autonegação e piedade, da oração como caminho para a amizade com Deus e compreensão de Sua santa e soberana vontade não tem nos inspirado na mesma medida e proporção.
Um fato sobre essa “espiritualidade moderna”: antigamente, quando um crente se encontrava triste, angustiado e deprimido, procurava uma igreja e buscava, no Cristo o alívio de suas dores na alma. Hoje, esse mesmo crente quando triste, procura um “shopping” e, se tem dinheiro, faz alguma compra pra aliviar o “stress”, a angústia e a depressão, e, se não tem dinheiro, contenta-se apenas em ver as vitrines.
O que falta? Falta uma volta à Deus, uma vida séria, de verdadeiro compromisso e comprometimento com Deus, uma vida de oração em que se busque ao Senhor sempre e por toda e qualquer coisa na vida. Pode-se ir ao shopping, mas é Deus quem alivia a alma do crente.




Nossa espiritualidade e a questão social – Gl 3:28 (Ler)


Nós vivemos num sistema econômico neoliberal (doutrina socioeconômica que preconiza a mínima intervenção do Estado na economia através de sua retirada do mercado; defendem o desaparelhamento do Estado, ou as privatizações; defendem também a máxima desregulamentação da força de trabalho, com a diminuição da renda e a flexibilização do processo produtivo; a função do Estado é apenas garantir a infraestrutura básica para o bom funcionamento e escoamento da produção de mercadorias, bem como a intervenção na economia em tempos de eventuais crises).
Impera o individualismo consumista e utilitário, a secularização, o poder em detrimento do amor; o marketing religioso ao invés da santidade; os tesouros efêmeros e passageiros ao invés do que tesouro eterno; optou-se, ainda, pelo exterior, pelo público e não pelo interior e privado.
Dentro desse sistema neoliberal, 2º o Rev. Ricardo Barbosa (livro: “O caminho do coração”), só tem valor e é reconhecido como gente quem tem acesso ao mercado consumidor. Ser pessoa numa economia de mercado implica estar dentro deste mercado. Aqueles que estão fora desse mercado: pobres, índios, enfermos, velhos, tornam-se um “peso” na sociedade porque “não participam do mercado, não são seres produtivos, não contribuem para a riqueza do pais”.
Uma triste consequência dessa “fatia de ideal socioeconômico” é a de que as relações humanas tornam-se muitos mais vinculadas a coisas do que a pessoas; enfrenta-se gdes dificuldades para se relacionar com aqueles considerados desiguais social-econômica-intelectual-ideologicamente. Em “tese”, não nos aproximamos dos outros pelo que são, pelo mistério e beleza que carregam, mas pelo que pensam, defendem ou possuem. E dai?
Dai que, entre nós salvos em Cristo, feitos filhos de Deus, coerdeiros com Cristo, devemos ser um, ou, vivermos sempre, Jo 17:21.




Porque pedir quando Deus já sabe? Mt 6:18 (Ler)


Essa talvez seja uma das mais intrigantes questões com a qual convivemos: porque orar a Deus, porque pedir a Deus se o texto, de Jesus, afirma que Ele, Deus sabe do que necessitamos, antes de Lhe pedirmos?
De novo, utilizando-nos do livro “O caminho do coração”: qual é o nosso conceito e percepção sobre a oração? Pra muita gente, crente lógico, a oração é um “instrumento que Deus coloca à nossa disposição para “fazermos as coisas acontecerem”. Essas “coisas” podem ser desde gdes milagres atpe uma “forcinha do Espírito Santo” para passar na prova (o que, nalguns casos, não deixa de ser um gde milagre mesmo). A imagem que se tem de Deus é a de que
Deus está por ai, “dando sopa” com Seu poder, e a oração é o recurso de que dispomos para ativar essa inesgotável fonte de recursos, poder e bênçãos e, ai, precisamos para “tirar o máximo de Deus” e usufruir daquilo que Ele pode nos dar.
Como Pai que conhece cada uma de nossas reais necessidades, Deus “busca” filhos que O procurem, humildemente, admitindo que precisam dEle, em oração, súplica, clamor, não pelo que Ele pode e tem para oferecer, mas por quem Ele é e pelo prazer de estar, andar, viver e conviver com Ele em profunda e íntima comunhão e, é na oração, que isso pode acontecer.
Então, oramos, não por que Deus nos humilha, fazendo-nos pedir o que Ele já sabe, mas para que, humildemente, apresentemos a Ele nossa dependência de Sua intervenção, afinal, não somos autossuficientes.
Em Mt 6:18, 2º o Rev. Barbosa, Jesus demonstra que nossas reais necessidades fazem parte da “agenda” e cuidado de Deus antes mesmo que tenhamos consciência delas. A “pauta” de nossas oração, então, devem ser, não mais as nossas necessidades, mas Deus e a nossa comunhão com Ele. Oramos, não para reivindicar nossas necessidades, mas para demonstrar nosso amor e afeto ao nosso Deus e Pai.




Com qual espiritualidade nos relacionamos com Deus? 1Pe 2:1-3


Lendo o livro “O Caminho do Coração” do Rev. Ricardo Barbosa (Edit Encontrão), Pr. Presbiteriano na IP de Brasília, DF, deparei-me com “teses” desenvolvidas por ele que, diga-se de passagem, concordo plenamente, e no início deste novo ano, quero trabalhar nalguns boletins sobre espiritualidade, começando por: com qual espiritualidade nos relacionamos com Deus, pois, segundo o Rev. Barbosa, há pelo menos 2 modelos ou movimentos de espiritualidade na igreja contemporânea:
1) A espiritualidade protestante de tradição reformada ou histórica centralizada na relação cognitiva (de conhecimento, aprendizado) com Deus cuja ênfase está na formação bíblico-teológica-doutrinária e na compreensão ou no entendimento, na racionalização.
2) a espiritualidade pentecostal e?ou neopentecostal cuja ênfase está na experiência carismática proporcionada pela ação do Espírito Santo para que se sinta a realidade divina, ou, se tenha uma experiência emocional.
Mas e ai, qual é a certa, a correta, se é que há uma? Bem, ambos os modelos tem os seus valores e ao logo dos tempos, servem as igrejas e denominações nas mais variadas áreas de relacionamento com Deus: dons, ensino, fé, etc.
Muitos líderes (eu me incluo entre os tais) preocupam-se em unir os 2 modelos, ou, termos, desenvolvermos, vivenciarmos uma espiritualidade que não abra mão da herança bíblico-teológica-doutrinária para que se filtre o que se prega, o que se canta, como se adora a Deus e, também, não se abra mão da emoção, ou do “derramar o coração na presença de Deus”, afinal, somos seres afetivos e não robôs, ou não só racionais; somos seres que amam e sentem necessidades de manifestar esse amor, o afeto e se emocionar.
Com qual espiritualidade, tendo uma, adoramos, oramos, servimos e nos relacionamos com Deus?




A Família nos |Planos de Deus (1) Gn 2:18-25


A FAMÍLIA NOS PLANOS DE DEUS I – Gn 2:18-25
Lendo outro dia desses Artigos da “Ultimato” (que reproduziu material da edit Cultura Cristã, ou nossa edit) deparei-me com este sobre os planos de Deus para a família e, face ao mês de maio que é tido como o “mês do lar, o mês da família”, decidi adaptá-lo para os 2 boletins que seguem.
A família é uma das áreas onde o amor de Deus pelos seus eleitos se demonstra mais intensamente. Na aliança de amor que Deus estabeleceu com a sua criação e o seu povo, a família recebe um cuidado todo especial.
O lar do jardim (Gn 1,2) Este era um lugar da graça. Deus criou o homem e a mulher à sua própria imagem (Gn 1.26; 2.7) e, por isso, o homem teve a capacidade de viver em comunhão com Deus. Quando cria o homem diz: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Isso não foi um erro divino. Foi um projeto divino. Não era bom que o homem estivesse só porque Deus o projetou para viver em companhia. Então Deus fez “uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18), ou uma auxiliadora que lhe fosse adequada. O lar criado por Deus recebeu uma incumbência cultural (Gn 1.28) de governar a criação que lhe era submissa. Deus providenciou para ambos os recursos necessários para executarem suas responsabilidades, de forma que as espécies animais e vegetais lhes fossem por mantimento (Gn 1.29,30).
Os princípios do lar do jardim: (1) “Deus” é o Criador soberano. “Senhor” é o seu nome pessoal; revela seu relacionamento pessoal e seu compromisso com o homem e a mulher; (2) Deus construiu o lar do jardim. Esse santuário foi edificado e abastecido por Deus. Era o lugar ao qual eles pertenciam; (3) Homem e mulher foram criados à imagem de Deus. Tinham capacidade para viver em comunhão íntima com Deus. Havia igualdade de posição, como portadores da imagem de Deus; (4) Foram criados macho e fêmea. A igualdade não excluía a diversidade de sexos. A igualdade permitia que essa distinção fosse perfeitamente complementar. (5) O homem foi criado primeiro e deu nome à mulher. A ordem da criação e o privilégio de dar nome à mulher conferiram ao homem a responsabilidade da liderança e autoridade na casa (1Tm 2.11-13); (6) A mulher foi planejada para ser auxiliadora. Isso não implicou inferioridade de posição ou de responsabilidade. A palavra hebraica para auxiliadora – ezer – muitas vezes é usada no AT para se referir a Deus como nosso ezer. É a presença da mulher neste contexto que dá inteireza ao lar do jardim, tornando-o completo (continua no próximo)




Qual Nosso Presente para Jesus neste ano?


Estamos na quinzena do Natal e, para muita gente, esta é uma época de preocupação com viagens a serem feitas para encontros familiares, ou a recepção de familiares em suas casas visando comemorar o Natal e, em particular, a preocupação com a compra de presentes e?ou, de lembranças para manter o “espirito natalino” que, nesse contexto, nada mais é do que o o consumismo, a ostentação e coisas do gênero.
Pessoal e sinceramente, não vejo nada de errado em presentear ou receber presentes nesta época, desde que, esse não seja o sentido que damos e temos do Natal, mesmo porque, alguns personagens bíblicos também trouxeram e?ou deram presentes a Jesus quando de Seu nascimento e, para cada um deles, isso tinha significado, relevância, sentido, pois, trazia algo de relacional com o evento:
* Mt 2:2,11, Os sábios do oriente: “... onde está o recém-nascido o Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente e viemos para adora-lo! Entrando na casa, viram o menino com Maria, Sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os tesouros, entregaram-Lhe suas ofertas”;
* Lc 2:10,11, Os anjos: “... eis que vos trago boa-nova de grande alegria: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”;
* Lc 2:20, Os pastores: “então voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto”.
* Lc 2:29,30, Simeão: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo porque meus olhos já viram a Tua salvação”.
* Lc 2:38, Ana: “dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos que esperavam a redenção de Jerusalém”.
Queridos, o quê, de fato e em verdade, significa pra nós presentear alguém no Natal? Só uma questão cultural, de manter o ritual, de manter o costume?
Queridos: nas comemorações natalinas, ao presentearmos alguém, qual é o real e significativo valor de nosso relacionamento com Deus?
Que, pra nós, presentar alguém no Natal signifique presentear de nós mesmos, de nosso relacionamento com Deus no presente a ser dado.




Somos íntimos de Deus? Sl 25:14


O apóstolo Paulo afirma em Rm 12:2 que a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita”. Sempre respeitando quem pensa diferente, conhecer a vontade de Deus é um dos maiores mistérios na vida de relacionamento com Ele, mesmo porque, não há vida de relacionamento com Deus sem que se conheça Sua vontade. Como conhece-la? O Sl 25:14 nos dá duas importantes e significativas dicas:
1) Ter temor de Deus “A intimidade do Senhor é para os que o temem”. Por intimidade entenda-se à partir do termo hebraico “sod” que pode referir-se a um “conselho privado”, reunido para tomar alguma deliberação. Nesse caso, o homem bom é “participante das reuniões secretas de Deus”, ou seja, é alguém que compreende a mente e os planos divinos. Ou então essa pessoa é “amiga de Deus, alguém aceito no conselho secreto de Deus”.
Para Francis Bacon palavra “segredo” é literalmente “conselho secreto” e sugere a comunicação íntima de uma amizade próxima. De qualquer forma, só é amigo de Deus, ou, só participa do “conselho secreto de Deus”, quem o teme, ou, conforme Moody, só aquele que entra num relacionamento reverente e confiante em Deus, desfruta de Sua intimidade.
2) Aprendizado e Conhecimento: “Aos quais ele dará a conhecer”. Conforme Mathew Henry, Aqueles que recebem a verdade no Seu amor e experimentam o Seu poder, entendem melhor o Seu mistério. Eles aprendem sabem o significado da Sua providência, e o que Deus está fazendo com eles, melhor do que os outros. Eles conhecem por experiência as bênçãos da aliança e o prazer daquela comunhão que as almas graciosas têm com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. Todos os santos têm essa honra
Resumindo: Não há como conhecer a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita sem que se tenha um relacionamento, ou, sem que se ande, que se viva e que se conviva constantemente com Deus. Durante este 2019 que quase de encerra temos desfrutado dessa intimidade com Deus?




Como Jesus nos Ensina a Lutar contra a Depressão?


Afirmar que um personagem bíblico experimentou depressão seria anacronismo, pois o conceito contemporâneo de depressão não pertencia à época das Escrituras. Nesse sentido, é seguro afirmar que a Bíblia não fala sobre esse assunto. O que as Escrituras fazem, porém, é descrever a tristeza e angústia de alma humana por meio de vários outros termos, ou seja: abatimento (Sl 42.5, 6 e 11, 44.25 e 57.6), aflição (Sl 38.8 e 88.15), angústia (Is 61.3 e Jo 12.27), tristeza profunda (Mt 26.38) e muitas outras. Consequentemente, é possível extrair lições e princípios inspirados para a luta contra a depressão a partir da observação de como os personagens bíblicos lidaram com suas persistentes sensações de tristeza e perda de interesse pela vida, principalmente para os pastores que lutam contra esse mal.

Para um pastor, o combate à depressão pode ser uma das experiências mais duras da vida. Em certo sentido, o ministro foi chamado para ser um “colaborador da alegria” dos membros da igreja de Cristo (cf. 2Co 1.24 e Fp 1.25). Como ele pode fazer isso se sua tristeza é persistente? A situação fica mais séria ainda quando se observa que somente quando feito com alegria é que o trabalho dos líderes é proveitoso ao rebanho (cf. Hb 13.17). Todavia, o episódio de Jesus no Getsêmani é extremamente benéfico a esse respeito, pois descreve Jesus sofrendo angústia e abatimento de alma. O pastor que luta contra depressão pode extrair dali princípios seguros para sustentá-lo e ajudá-lo a dar o próximo passo, seguindo o exemplo do Redentor. Dessa forma, qualquer líder aflito pela dor da alma angustiada poderá confessar que, ainda que abatido, nunca será derrotado.

Mateus 26.37-38 afirma que, quando no Getsêmani, o Senhor foi “tomado de tristeza e angústia” e disse aos seus discípulos: “a minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.37-38). As atitudes de Jesus naqueles momentos de aflição apontam passos importantes na luta que qualquer cristão contemporâneo trava contra a depressão. Em um artigo devocional sobre esse texto, John Piper esboça, mas não desenvolve, alguns pontos dignos de serem observados na ação do Senhor Jesus.[1] Tomando as sugestões de Piper, procurei desenvolver melhor o assunto e passo a ressaltar cinco princípios encontrados diretamente no texto de Mateus e um sexto retirado de Hebreus.